sexta-feira, 9 de março de 2007

Comerciante paga conta de R$ 8 mil com 80 mil moedas


Aqui se faz, aqui se paga. E com moedas, divididas em três sacos de farinha, pesando no total 215 quilos.

Para dar o troco numa rixa que começou no início deste ano, quando a Distribuidora de Bebidas Real de São Gonçalo decidiu exigir o pagamento das faturas em dinheiro, o comerciante Floriano Macedo, dono do restaurante Casa do Caranguejo, na Praia de Charitas, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, resolveu pagar sua conta de R$ 8.219,70 em moedas. Macedo conta que sempre pagou a compra semanal de bebidas - cerveja, chope e refrigerante - em cheques, em dia.

Mas desde que instalou no letreiro do restaurante o anúncio de uma outra marca de cerveja - que tem distribuidor próprio - vem sofrendo retaliações da distribuidora.

"Ela é a única distribuidora de bebidas de Niterói e São Gonçalo, por isso, não tenho como mudar de distribuidora.

O pessoal sempre me atendeu muito bem, mas acho que ficaram com raiva porque passei a trabalhar também com uma cerveja de outra marca", calculou o comerciante, que há 11 anos trabalha com a Real. Macedo conta que de todos os comerciantes da orla de Niterói, é o único que fazia o pagamento em cheques, sem boleto bancário. E nunca teve problemas de abastecimento.

Desde outubro, no entanto, quando instalou a propaganda de outra cerveja, vem enfrentando problemas.

Em fevereiro, ele fez todos os pagamentos semanais - que variam de R$ 5 mil a R$ 8 mil - em espécie. Ia ao banco com segurança, pois temia ser assaltado.

Este mês, decidiu dar o troco.

Na segunda-feira passada, foi ao banco pediu ao gerente que separasse a quantia em moedas.

Teve de ir em dois carros para pegar as cerca de 80 mil moedas, de 25 centavos (130 quilos), 10 centavos (45 quilos) e 5 centavos (40 quilos).

"Antes, tínhamos uma boa relação e cheguei a pagar as faturas com cheques de terceiros. Agora, a distribuidora está com essa implicância.

É muito perigoso ficar andando com dinheiro por aí", ponderou Macedo, que promete repetir a dose na semana que vem, caso a distribuidora insista em receber o pagamento em dinheiro.

No início, o supervisor de segurança Carlos Maurício Santos não quis receber o pagamento em moedas. Mas depois de consultar a empresa, voltou atrás.

Foram necessários três homens e um carrinho para carregar o carro com as moedas.

Mais relaxado depois de contornada a situação ele revelou: "Já transportei até R$ 1.400 em moedas.

Mas nunca tive de andar com um valor tão alto e com tanto peso.

Ao menos, fico mais tranqüilo porque sei que não poderei ser assaltado por nenhum motoqueiro", brincou Santos.

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Aqui se faz, aqui se paga. E com moedas, divididas em três sacos de farinha, pesando no total 215 quilos.

Para dar o troco numa rixa que começou no início deste ano, quando a Distribuidora de Bebidas Real de São Gonçalo decidiu exigir o pagamento das faturas em dinheiro, o comerciante Floriano Macedo, dono do restaurante Casa do Caranguejo, na Praia de Charitas, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, resolveu pagar sua conta de R$ 8.219,70 em moedas. Macedo conta que sempre pagou a compra semanal de bebidas - cerveja, chope e refrigerante - em cheques, em dia.

Mas desde que instalou no letreiro do restaurante o anúncio de uma outra marca de cerveja - que tem distribuidor próprio - vem sofrendo retaliações da distribuidora.

"Ela é a única distribuidora de bebidas de Niterói e São Gonçalo, por isso, não tenho como mudar de distribuidora.

O pessoal sempre me atendeu muito bem, mas acho que ficaram com raiva porque passei a trabalhar também com uma cerveja de outra marca", calculou o comerciante, que há 11 anos trabalha com a Real. Macedo conta que de todos os comerciantes da orla de Niterói, é o único que fazia o pagamento em cheques, sem boleto bancário. E nunca teve problemas de abastecimento.

Desde outubro, no entanto, quando instalou a propaganda de outra cerveja, vem enfrentando problemas.

Em fevereiro, ele fez todos os pagamentos semanais - que variam de R$ 5 mil a R$ 8 mil - em espécie. Ia ao banco com segurança, pois temia ser assaltado.

Este mês, decidiu dar o troco.

Na segunda-feira passada, foi ao banco pediu ao gerente que separasse a quantia em moedas.

Teve de ir em dois carros para pegar as cerca de 80 mil moedas, de 25 centavos (130 quilos), 10 centavos (45 quilos) e 5 centavos (40 quilos).

"Antes, tínhamos uma boa relação e cheguei a pagar as faturas com cheques de terceiros. Agora, a distribuidora está com essa implicância.

É muito perigoso ficar andando com dinheiro por aí", ponderou Macedo, que promete repetir a dose na semana que vem, caso a distribuidora insista em receber o pagamento em dinheiro.

No início, o supervisor de segurança Carlos Maurício Santos não quis receber o pagamento em moedas. Mas depois de consultar a empresa, voltou atrás.

Foram necessários três homens e um carrinho para carregar o carro com as moedas.

Mais relaxado depois de contornada a situação ele revelou: "Já transportei até R$ 1.400 em moedas.

Mas nunca tive de andar com um valor tão alto e com tanto peso.

Ao menos, fico mais tranqüilo porque sei que não poderei ser assaltado por nenhum motoqueiro", brincou Santos.
Postado por Igor Viana Marcadores:

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