quinta-feira, 17 de maio de 2007

Drama à francesa. Crise conjugal de vira novela política na França


O presidente-eleito da França, Nicolas Sarkozy, o assunto que domina as rodas de bate-papo e ruas de Paris parece ser um só: se sua mulher, Cecilia Sarkozy, será a primeira-dama por todo o mandato que começou nesta quarta-feira.

Nicolas Sarkozy, de 52 anos, transformou-se numa espécie de novela política real para os franceses - de seu longo desentendimento com o presidente Jacques Chirac às recentes ausências de Cecilia nas aparições públicas do marido.

A ex-modelo de 49 anos e mãe do filho mais novo de Sarkozy, Louis, de 10 anos, estava com o marido no discurso de vitória na Place de La Concorde, na noite de 6 de maio.

Mas, no mesmo domingo, à tarde, Sarkozy foi votar acompanhado apenas das duas filhas. Nas últimas semanas da campanha, Cecilia também estava ausente.

Conselheira

As recentes ausências de Cecilia intrigam os franceses, pois, por um longo tempo, ela foi uma das mais importantes conselheiras políticas de Sarkozy.

Em 2003, quando ele era ministro do Interior, o gabinete dos dois ficavam próximos, e ela era conhecida como uma influência calmante e decisiva nos bastidores.

Mas o casal teve uma separação pública quando Cecilia deixou Sarkozy em maio de 2005 durante vários meses, e passou a ser vista com o consultor em comunicações internacionais Richard Attias.

Quando a revista Paris Match publicou uma série de fotos de Cecilia com o "namorado" em Nova York, o editor Alain Genestar foi demitido.

O novo presidente da França é conhecido por ligar pessoalmente para editores, furioso, quando se sente atingido.

Cecilia voltou para Sarkozy em janeiro de 2006, e no último mês, poucas notícias saíram sobre suas ausências.


A imprensa mostrou os dois juntos depois da vitória e durante as curtas férias em Malta.

Encontro

Cecilia Maria Sara Isabel Ciganer-Albeniz é filha de um pianista de origem russa e de uma espanhola. Estudou direito e trabalhou no Parlamento francês.

Em 1984, aos 27 anos, casou-se com Jacques Martin, um apresentador de programas infantis 24 anos mais velho, no elegante bairro parisiense de Neuilly.

Quem celebrou a cerimônia foi o então administrador regional, Nicolas Sarkozy. Ele tinha 29 anos.

Três anos depois, os dois se encontraram novamente e se apaixonaram. Deixaram seus respectivos casamentos e se uniram formalmente em 1996.

Desde então, Cecilia e os filhos que cada um teve em seus primeiros casamentos, além de Louis, aparecem com Sarkozy em ensaios fotográficos.

Mas o futuro não é tão certo, já que Cecilia Sarkozy já afirmou que quer preservar sua independência.

"Não me vejo como uma primeira-dama - a idéia me entedia. Não sou politicamente correta", disse ela, em março de 2005.

Os franceses são tolerantes quanto à conduta de seus governantes. O falecido François Miterrand conseguiu manter em segredo uma amante e uma filha.

Jacques Chirac também admitiu ter amado muitas mulheres "da forma mais discreta possível" apesar de não ter esclarecido se a primeira-dama Bernadette concorda com esta avaliação.

"Mas, de certa forma, os franceses também são conservadores e acredito que se não existir uma primeira-dama tradicional para representá-los, eles ficarão bem preocupados", disse Jean-François Probst, um antigo conselheiro e ex-chefe de gabinete de Chirac.

Todos os sinais apontam para que Cecilia Sarkozy permaneça ao lado do marido e se transforme na primeira-dama, mas os franceses continuarão acompanhando esta novela.
.

BBC

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O presidente-eleito da França, Nicolas Sarkozy, o assunto que domina as rodas de bate-papo e ruas de Paris parece ser um só: se sua mulher, Cecilia Sarkozy, será a primeira-dama por todo o mandato que começou nesta quarta-feira.

Nicolas Sarkozy, de 52 anos, transformou-se numa espécie de novela política real para os franceses - de seu longo desentendimento com o presidente Jacques Chirac às recentes ausências de Cecilia nas aparições públicas do marido.

A ex-modelo de 49 anos e mãe do filho mais novo de Sarkozy, Louis, de 10 anos, estava com o marido no discurso de vitória na Place de La Concorde, na noite de 6 de maio.

Mas, no mesmo domingo, à tarde, Sarkozy foi votar acompanhado apenas das duas filhas. Nas últimas semanas da campanha, Cecilia também estava ausente.

Conselheira

As recentes ausências de Cecilia intrigam os franceses, pois, por um longo tempo, ela foi uma das mais importantes conselheiras políticas de Sarkozy.

Em 2003, quando ele era ministro do Interior, o gabinete dos dois ficavam próximos, e ela era conhecida como uma influência calmante e decisiva nos bastidores.

Mas o casal teve uma separação pública quando Cecilia deixou Sarkozy em maio de 2005 durante vários meses, e passou a ser vista com o consultor em comunicações internacionais Richard Attias.

Quando a revista Paris Match publicou uma série de fotos de Cecilia com o "namorado" em Nova York, o editor Alain Genestar foi demitido.

O novo presidente da França é conhecido por ligar pessoalmente para editores, furioso, quando se sente atingido.

Cecilia voltou para Sarkozy em janeiro de 2006, e no último mês, poucas notícias saíram sobre suas ausências.


A imprensa mostrou os dois juntos depois da vitória e durante as curtas férias em Malta.

Encontro

Cecilia Maria Sara Isabel Ciganer-Albeniz é filha de um pianista de origem russa e de uma espanhola. Estudou direito e trabalhou no Parlamento francês.

Em 1984, aos 27 anos, casou-se com Jacques Martin, um apresentador de programas infantis 24 anos mais velho, no elegante bairro parisiense de Neuilly.

Quem celebrou a cerimônia foi o então administrador regional, Nicolas Sarkozy. Ele tinha 29 anos.

Três anos depois, os dois se encontraram novamente e se apaixonaram. Deixaram seus respectivos casamentos e se uniram formalmente em 1996.

Desde então, Cecilia e os filhos que cada um teve em seus primeiros casamentos, além de Louis, aparecem com Sarkozy em ensaios fotográficos.

Mas o futuro não é tão certo, já que Cecilia Sarkozy já afirmou que quer preservar sua independência.

"Não me vejo como uma primeira-dama - a idéia me entedia. Não sou politicamente correta", disse ela, em março de 2005.

Os franceses são tolerantes quanto à conduta de seus governantes. O falecido François Miterrand conseguiu manter em segredo uma amante e uma filha.

Jacques Chirac também admitiu ter amado muitas mulheres "da forma mais discreta possível" apesar de não ter esclarecido se a primeira-dama Bernadette concorda com esta avaliação.

"Mas, de certa forma, os franceses também são conservadores e acredito que se não existir uma primeira-dama tradicional para representá-los, eles ficarão bem preocupados", disse Jean-François Probst, um antigo conselheiro e ex-chefe de gabinete de Chirac.

Todos os sinais apontam para que Cecilia Sarkozy permaneça ao lado do marido e se transforme na primeira-dama, mas os franceses continuarão acompanhando esta novela.
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BBC
Postado por Igor Viana Marcadores:

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