O aeroporto internacional Sky Harbor (Phoenix, EUA) iniciou testes com um polêmico sistema de raio-x que “elimina” as roupas dos passageiros e mostra o contorno de seus corpos. A novidade instalada nesta sexta-feira (23) será testada por 90 dias e tem como objetivo identificar armas, contrabando e explosivos presos junto ao corpo das pessoas que embarcam e desembarcam nesse aeroporto.
Muitos críticos dessa tecnologia afirmam que ela é extremamente invasiva. Por isso, antes de começar a ser utilizada, a Administração de Segurança do Transporte (TSA, na sigla em inglês) fez modificações para que a imagem de humanos exibida na tela fosse parecida com um desenho (veja na foto acima).
Durante os testes, a máquina será utilizada como uma alternativa aos sistemas tradicionais de raio-x. “É 100% voluntário. Se o passageiro não se sentir confortável, não terá de passar por esse detector”, afirmou Nico Melendez, porta-voz da TSA. Essa máquina produzida pela empresa American Science and Engineering custa cerca de US$ 100 mil.
Caso queira participar dos testes com a novidade, o passageiro deve ficar em frente a uma unidade de raio-x do tamanho de um armário com as palmas das mãos para frente. Depois, a pessoa deve se virar para o scanner capturar mais imagens. Todo o procedimento leva cerca de um minuto.
Barry Steinhardt, diretor de tecnologia da União Americana pela Liberdade Civil (Aclu, na sigla em inglês), é contra essa alternativa, já que as alterações feitas para preservar a privacidade dos passageiros tornam o equipamento ineficaz. “Quando mais obscura a imagem, mais fácil será carregar contrabandos, armas e explosivos”, disse à agência de notícias Associated Press. “Por outro lado, a imagem real mostra o corpo das pessoas. Milhões de americanos considerariam isso pornográfico.”
O agente de segurança que fala com os passageiros não tem acesso às fotos, que são visualizadas por outro oficial, este último não tem contato visual com aqueles que passam pelo raio-x. Além disso, as imagens não podem ser armazenadas: “depois que o passageiro é liberado, essa imagem desaparece”, disse Melendez.
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