sábado, 26 de maio de 2007

Avalanche reúne o melhor de picape, sedã e utilitário


Ela é versátil. Feita no México, sua configuração é de dar um nó na cabeça dos mais puristas. Afinal traz porte, dirigibilidade e tração de uma picape, mas também pode ser considerada um sedã de luxo. Ou talvez até um utilitário esportivo. Assim é a Chevrolet Avalanche, modelo que a General Motors deve trazer ao país em versão reestilizada – apresentada no Salão do Automóvel, em outubro do ano passado.

Versão avaliada é mais antiga; nova não traz o farol dividido por barra

Avaliada em Buenos Aires – Argentina, onde já é vendida há algum tempo –, o modelo demonstrou que pretende superar a concorrência justamente pela versatilidade. Com requinte e conforto de um veículo sofisticado, peca um pouco pelo excesso de sobriedade. Seu painel todo escuro, sem diferença de tonalidade, dá impressão de se tratar de um veículo mais antigo do que de fato é.

Pegamos trechos urbanos e rodoviários, onde seu motor Vortec de terceira geração esbanjou agilidade. Trata-se de um 5.3 V8 (oito cilindros em “V”) de 295 cv (cavalos) de potência. O torque (força) condiz com esses números superlativos, chegando a 45,62 kgfm com o conta-giros marcando 4.000 rpm. Ajuda a otimizar a comodidade dos ocupantes do banco da frente a alavanca do câmbio (são quatro velocidades) integrada à coluna de direção, o que lembra um pouco veículos mais antigos vendidos no Brasil, como o clássico Opala.

No alto, traseira do modelo; acima, robustez é reforçada por estribos laterais

Fascinante é o quê de Lego que o modelo tem. A divisão entre o banco traseiro e a caçamba, chamada pela marca de Midgate, permite que os dois compartimentos “conversem” entre si. Há na traseira um vidro desmontável, que pode ser colocado em um suporte transversal. Tudo para carregar cargas compridas ou otimizar o espaço da caçamba.

Por falar em espaço, seu tamanho impressiona. São 5,63 metros de comprimento, 37 centímetros a mais do que a S10 de cabine dupla. A distância entreeixos é de 3,30 m – ou seja, não falta espaço interno (a da S10 mede 3,12 m). Não faltam itens de conforto, alguns inéditos no Brasil, caso da luz de seta integrada aos espelhos retrovisores externos. Não, não é integrada ao lado de fora. Ao acionar a seta, ela pisca dentro do espelho. O mesmo recurso permite que se visualize, ainda no retrovisor interno, temperatura e bússola, além de ter sistema anti-ofuscante.

No painel de instrumentos, é possível acionar, por meio de botões no painel, a 4x4 ou a 4x4 reduzida. Na ponta da alavanca de câmbio, um botão faz com que se otimize a força do motor caso seja preciso levar algo muito pesado ou mesmo transportar um trailer (algo pouco provável no Brasil, mas muito em voga no mercado norte-americano).

Traseira tem descansa-braço com porta copos e até som individual

Entre os clássicos itens de conforto e segurança, a Avalanche não faz feio. Tem ar-condicionado, teto solar elétrico, airbag duplo, sistema ABS (antitravamento) nas quatro rodas, controlador de velocidade, regulagem de altura dos pedais, volante de couro com regulagem de altura, entre outros.

Um item bastante curioso é a luz da caçamba, acionável no painel de instrumentos. Outro é o sistema de som individual, com direito a dois fones de ouvido para ocupantes do banco de trás. Seu rodar é macio e bastante suave. As molduras laterais em preto ressaltam a robustez.
.

Detalhe do painel (no alto); acima, uma das várias possibilidades dos bancos

Quase na hora de devolver a Avalanche à General Motors Argentina, que a cedeu para avaliação, me deparo com uma passeata de veteranos da guerra das Malvinas, bem no centro de Buenos Aires. Quando vejo, a rua está simplesmente vazia.

Desço da picape e começo a bater fotos. Quando termino e estou prestes a sair, um policial argentino bate em minha janela. “Você não pode fazer isso. Que isso não se repita”, diz. A essa altura, a imagem já havia sido feita. Prometi que aquilo não iria se repetir. Afinal, eram meus últimos minutos a bordo da picape. Ou será sedã? Ou será jipão? Você decide.

FICHA TÉCNICA

Chevrolet Avalanche

Motor: dianteiro, longitudinal, V8 (oito cilindros em “V”), gasolina, 5.328 cm³ de cilindrada

Tração: 4x4

Potência: 295 cv a 5.200 rpm

Torque: 45,62 kgfm a 4.000 rpm

Direção: hidráulica

Câmbio: automático, de quatro velocidades

Suspensão: dianteira independente com barras de torção; traseira multilink com molas helicoidais

Freios: a disco nas quatro rodas

Dimensões: 5,63 m de comprimento; 2,03 m de largura; 3,30 m de entreeixos

Peso: 2.567 kg

Capacidade de carga: 574 kg

Preço: 139 mil pesos

interpress

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Ela é versátil. Feita no México, sua configuração é de dar um nó na cabeça dos mais puristas. Afinal traz porte, dirigibilidade e tração de uma picape, mas também pode ser considerada um sedã de luxo. Ou talvez até um utilitário esportivo. Assim é a Chevrolet Avalanche, modelo que a General Motors deve trazer ao país em versão reestilizada – apresentada no Salão do Automóvel, em outubro do ano passado.

Versão avaliada é mais antiga; nova não traz o farol dividido por barra

Avaliada em Buenos Aires – Argentina, onde já é vendida há algum tempo –, o modelo demonstrou que pretende superar a concorrência justamente pela versatilidade. Com requinte e conforto de um veículo sofisticado, peca um pouco pelo excesso de sobriedade. Seu painel todo escuro, sem diferença de tonalidade, dá impressão de se tratar de um veículo mais antigo do que de fato é.

Pegamos trechos urbanos e rodoviários, onde seu motor Vortec de terceira geração esbanjou agilidade. Trata-se de um 5.3 V8 (oito cilindros em “V”) de 295 cv (cavalos) de potência. O torque (força) condiz com esses números superlativos, chegando a 45,62 kgfm com o conta-giros marcando 4.000 rpm. Ajuda a otimizar a comodidade dos ocupantes do banco da frente a alavanca do câmbio (são quatro velocidades) integrada à coluna de direção, o que lembra um pouco veículos mais antigos vendidos no Brasil, como o clássico Opala.

No alto, traseira do modelo; acima, robustez é reforçada por estribos laterais

Fascinante é o quê de Lego que o modelo tem. A divisão entre o banco traseiro e a caçamba, chamada pela marca de Midgate, permite que os dois compartimentos “conversem” entre si. Há na traseira um vidro desmontável, que pode ser colocado em um suporte transversal. Tudo para carregar cargas compridas ou otimizar o espaço da caçamba.

Por falar em espaço, seu tamanho impressiona. São 5,63 metros de comprimento, 37 centímetros a mais do que a S10 de cabine dupla. A distância entreeixos é de 3,30 m – ou seja, não falta espaço interno (a da S10 mede 3,12 m). Não faltam itens de conforto, alguns inéditos no Brasil, caso da luz de seta integrada aos espelhos retrovisores externos. Não, não é integrada ao lado de fora. Ao acionar a seta, ela pisca dentro do espelho. O mesmo recurso permite que se visualize, ainda no retrovisor interno, temperatura e bússola, além de ter sistema anti-ofuscante.

No painel de instrumentos, é possível acionar, por meio de botões no painel, a 4x4 ou a 4x4 reduzida. Na ponta da alavanca de câmbio, um botão faz com que se otimize a força do motor caso seja preciso levar algo muito pesado ou mesmo transportar um trailer (algo pouco provável no Brasil, mas muito em voga no mercado norte-americano).

Traseira tem descansa-braço com porta copos e até som individual

Entre os clássicos itens de conforto e segurança, a Avalanche não faz feio. Tem ar-condicionado, teto solar elétrico, airbag duplo, sistema ABS (antitravamento) nas quatro rodas, controlador de velocidade, regulagem de altura dos pedais, volante de couro com regulagem de altura, entre outros.

Um item bastante curioso é a luz da caçamba, acionável no painel de instrumentos. Outro é o sistema de som individual, com direito a dois fones de ouvido para ocupantes do banco de trás. Seu rodar é macio e bastante suave. As molduras laterais em preto ressaltam a robustez.
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Detalhe do painel (no alto); acima, uma das várias possibilidades dos bancos

Quase na hora de devolver a Avalanche à General Motors Argentina, que a cedeu para avaliação, me deparo com uma passeata de veteranos da guerra das Malvinas, bem no centro de Buenos Aires. Quando vejo, a rua está simplesmente vazia.

Desço da picape e começo a bater fotos. Quando termino e estou prestes a sair, um policial argentino bate em minha janela. “Você não pode fazer isso. Que isso não se repita”, diz. A essa altura, a imagem já havia sido feita. Prometi que aquilo não iria se repetir. Afinal, eram meus últimos minutos a bordo da picape. Ou será sedã? Ou será jipão? Você decide.

FICHA TÉCNICA

Chevrolet Avalanche

Motor: dianteiro, longitudinal, V8 (oito cilindros em “V”), gasolina, 5.328 cm³ de cilindrada

Tração: 4x4

Potência: 295 cv a 5.200 rpm

Torque: 45,62 kgfm a 4.000 rpm

Direção: hidráulica

Câmbio: automático, de quatro velocidades

Suspensão: dianteira independente com barras de torção; traseira multilink com molas helicoidais

Freios: a disco nas quatro rodas

Dimensões: 5,63 m de comprimento; 2,03 m de largura; 3,30 m de entreeixos

Peso: 2.567 kg

Capacidade de carga: 574 kg

Preço: 139 mil pesos

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Postado por Igor Viana Marcadores: , ,

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