terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

ANOS 60 e 70 !!!

Responda uma coisa:
Você que teve sua infância durante os anos 60 e 70, como pode sobreviver?
.
Afinal de contas os carros não tinham cinto de segurança, apoio de cabeça, nem air-bag!
.
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Não havia travas de segurança nas portas dos carros, chaves nos armários de medicamentos, detergentes ou químicos domésticos.
.
A gente andava de bicicleta pra lá e pra cá. Sem capacete, joelheira, caneleiras e cotoveleiras.
.

Bebíamos água de filtro de barro, da torneira, de uma mangueira, ou de uma fonte e não águas minerais em garrafas ditas “esterilizadas”.

Construíamos aqueles famosos carrinhos de rolimã e aqueles que tinham a sorte de morar perto de uma ladeira asfaltada, podiam tentar bater records de velocidade e até verificar do meio do caminho que tinham economizado a sola dos sapatos, que eram usados como freios e estavam descalços. Depois de alguns acidentes todos os problemas estavam resolvidos.

Íamos brincar na rua com uma única condição: voltar para casa ao anoitecer.Não havia celulares e nossos pais não sabiam onde estávamos.Era incrível!

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As camas tinham grades e os brinquedos eram multicores com pecinhas que se soltavam ou no mínimo pintados com umas tintas “duvidosas” contendo chumbo ou outro veneno qualquer.
.

Tínhamos aulas só de manhã, e íamos almoçar em casa.Quando tínhamos piolho usávamos Neocide em pó.

Braço no gesso, dentes partidos, joelhos ralados, cabeça lascada.Alguém se queixava disso?

Todos tinham razão, menos nós.Comíamos doces, à vontade, pão com manteiga, bebidas, o (perigoso) açúcar. Não se falava de obesidade, brincávamos sempre na rua e éramos super ativos.

Dividíamos com nossos amigos, um Grapete comprado naquela vendinha (bodega) da esquina, gole a gole e nunca ninguém morreu por isso.


Nada de Playstations, Nitendo 64 X Boxes, jogos de vídeo.Internet por satélite, vídeo cassete e DVD, Dolby Surround, celular com câmera, computadores e chats na internet.

Só amigos!

Quem não teve um cachorro Rin Tin Tin?Nada de ração. Comiam a mesma comida que nós, (muitas vezes os restos), e sem problema algum! Banho quente! Xampu! Que nada! No quintal um segurava o cão e o outro com a mangueira (fria) ia jogando água e esfregando-o com (acreditem se quiserem) sabão (em barra) de lavar roupa.

Algum cachorro morreu ou adoeceu por causa disso?

.
A pé ou de bicicleta, íamos a casa dos nossos amigos, mesmo que morassem a kms de nossa casa, entravamos sem bater e íamos brincar.
.
É verdade! Lá fora nesse mundo, cinzento e sem segurança! Como era possível?
Jogávamos futebol na rua, com a trave sinalizada por duas pedras, e mesmo que não fossemos escalados, ninguém ficava frustrado e nem era o “FIM DO MUNDO”.
.

Na escola tinha bons e maus alunos. Uns passavam e outros eram reprovados. Ninguém ia por isso a um psicólogo ou psicoterapeuta. Não havia a moda dos super dotados, nem se falava em dislexia, problemas de concentração, hiperatividade. Quem não passava, simplesmente repetia de ano e tentava de novo no ano seguinte.

As nossas festas eram animadas, por radiolas com agulhas de diamantes, deslizando sobre os discos de vinil, luz negra e um delicioso coquetel feito de groselha e maçã em cubinhos.

Tínhamos liberdade, fracassos, sucessos e deveres.E aprendíamos a lidar com cada um deles.

A única verdadeira questão é:

Como a gente conseguiu sobreviver?

E acima de tudo, como conseguimos desenvolver a nossa personalidade?

Você também é dessa geração?

Se sim, então mostre isso aos seus amigos daquele tempo, e também aos seus filhos e sobrinhos, para que eles saibam como era no “NOSSO TEMPO”.

Sem dúvida vão dizer que era uma chatice.Mas como éramos FELIZES!!!

3 comentários:

Unknown disse...

Guilhon!
É verdade! O carrinho de rolimã arrancava fagulhas do asfalto da rua de fronte a minha casa. E realmente eu só chegava em casa á noite e brincava a valer de polícia e ladrão.
Feliz... imposssível não ser feliz desse jeito. Emocionei só ver o pacotinho de mini chicletes, o cigarrinho de chocolates pan (impensável hj em dia!) e o baton, que até hj como escondida dos meus filhos (ó egoísmo infantil!). Tive uma monark, pois a Caloi era muito cara pro orçamento do meu pai, e jamais usei joelheira, capacete e cotoveleira. E água era dum filtro de porcelana verde, que até hj funciona na casa de uma velhinha conhecida nossa. A velha num morre por nada!
Como sobrevivi? Sei lá deve ser o filtro de barro...

Unknown disse...

Caramba, muito massa como se diz hoje.
adorei essas colocações onde compara o passado com a atualidade.
Eu sou feliz hoje nos meus 50 anos, mas fui muito, muito, muito na minha adolecencia.
Um abraço e Parabéns.
Ilso/Curitiba/Paraná.

Unknown disse...

De carrinho de rolimã,ou patinete,confesso:"fui uma criança muito,muito traquina e feliz nos anos 60.E concordo com cada palavra desse blog.Sobrevivemos!adorei...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007 às 1:49:00 AM |  
Responda uma coisa:
Você que teve sua infância durante os anos 60 e 70, como pode sobreviver?
.
Afinal de contas os carros não tinham cinto de segurança, apoio de cabeça, nem air-bag!
.
.
Não havia travas de segurança nas portas dos carros, chaves nos armários de medicamentos, detergentes ou químicos domésticos.
.
A gente andava de bicicleta pra lá e pra cá. Sem capacete, joelheira, caneleiras e cotoveleiras.
.

Bebíamos água de filtro de barro, da torneira, de uma mangueira, ou de uma fonte e não águas minerais em garrafas ditas “esterilizadas”.

Construíamos aqueles famosos carrinhos de rolimã e aqueles que tinham a sorte de morar perto de uma ladeira asfaltada, podiam tentar bater records de velocidade e até verificar do meio do caminho que tinham economizado a sola dos sapatos, que eram usados como freios e estavam descalços. Depois de alguns acidentes todos os problemas estavam resolvidos.

Íamos brincar na rua com uma única condição: voltar para casa ao anoitecer.Não havia celulares e nossos pais não sabiam onde estávamos.Era incrível!

.
As camas tinham grades e os brinquedos eram multicores com pecinhas que se soltavam ou no mínimo pintados com umas tintas “duvidosas” contendo chumbo ou outro veneno qualquer.
.

Tínhamos aulas só de manhã, e íamos almoçar em casa.Quando tínhamos piolho usávamos Neocide em pó.

Braço no gesso, dentes partidos, joelhos ralados, cabeça lascada.Alguém se queixava disso?

Todos tinham razão, menos nós.Comíamos doces, à vontade, pão com manteiga, bebidas, o (perigoso) açúcar. Não se falava de obesidade, brincávamos sempre na rua e éramos super ativos.

Dividíamos com nossos amigos, um Grapete comprado naquela vendinha (bodega) da esquina, gole a gole e nunca ninguém morreu por isso.


Nada de Playstations, Nitendo 64 X Boxes, jogos de vídeo.Internet por satélite, vídeo cassete e DVD, Dolby Surround, celular com câmera, computadores e chats na internet.

Só amigos!

Quem não teve um cachorro Rin Tin Tin?Nada de ração. Comiam a mesma comida que nós, (muitas vezes os restos), e sem problema algum! Banho quente! Xampu! Que nada! No quintal um segurava o cão e o outro com a mangueira (fria) ia jogando água e esfregando-o com (acreditem se quiserem) sabão (em barra) de lavar roupa.

Algum cachorro morreu ou adoeceu por causa disso?

.
A pé ou de bicicleta, íamos a casa dos nossos amigos, mesmo que morassem a kms de nossa casa, entravamos sem bater e íamos brincar.
.
É verdade! Lá fora nesse mundo, cinzento e sem segurança! Como era possível?
Jogávamos futebol na rua, com a trave sinalizada por duas pedras, e mesmo que não fossemos escalados, ninguém ficava frustrado e nem era o “FIM DO MUNDO”.
.

Na escola tinha bons e maus alunos. Uns passavam e outros eram reprovados. Ninguém ia por isso a um psicólogo ou psicoterapeuta. Não havia a moda dos super dotados, nem se falava em dislexia, problemas de concentração, hiperatividade. Quem não passava, simplesmente repetia de ano e tentava de novo no ano seguinte.

As nossas festas eram animadas, por radiolas com agulhas de diamantes, deslizando sobre os discos de vinil, luz negra e um delicioso coquetel feito de groselha e maçã em cubinhos.

Tínhamos liberdade, fracassos, sucessos e deveres.E aprendíamos a lidar com cada um deles.

A única verdadeira questão é:

Como a gente conseguiu sobreviver?

E acima de tudo, como conseguimos desenvolver a nossa personalidade?

Você também é dessa geração?

Se sim, então mostre isso aos seus amigos daquele tempo, e também aos seus filhos e sobrinhos, para que eles saibam como era no “NOSSO TEMPO”.

Sem dúvida vão dizer que era uma chatice.Mas como éramos FELIZES!!!

Postado por Igor Viana

3 comentários:

Unknown disse...

Guilhon!
É verdade! O carrinho de rolimã arrancava fagulhas do asfalto da rua de fronte a minha casa. E realmente eu só chegava em casa á noite e brincava a valer de polícia e ladrão.
Feliz... imposssível não ser feliz desse jeito. Emocionei só ver o pacotinho de mini chicletes, o cigarrinho de chocolates pan (impensável hj em dia!) e o baton, que até hj como escondida dos meus filhos (ó egoísmo infantil!). Tive uma monark, pois a Caloi era muito cara pro orçamento do meu pai, e jamais usei joelheira, capacete e cotoveleira. E água era dum filtro de porcelana verde, que até hj funciona na casa de uma velhinha conhecida nossa. A velha num morre por nada!
Como sobrevivi? Sei lá deve ser o filtro de barro...

20 de fevereiro de 2008 às 22:34  
Unknown disse...

Caramba, muito massa como se diz hoje.
adorei essas colocações onde compara o passado com a atualidade.
Eu sou feliz hoje nos meus 50 anos, mas fui muito, muito, muito na minha adolecencia.
Um abraço e Parabéns.
Ilso/Curitiba/Paraná.

26 de março de 2010 às 20:40  
Unknown disse...

De carrinho de rolimã,ou patinete,confesso:"fui uma criança muito,muito traquina e feliz nos anos 60.E concordo com cada palavra desse blog.Sobrevivemos!adorei...

20 de fevereiro de 2011 às 15:01