Balas de revólver poderiam até passar despercebidas numa vitrine, não fosse por um detalhe: tratam-se de doces que enfeitam uma loja de confeitos voltada para crianças e adolescentes. De diversas cores, as balas em forma de projéteis acabaram levando polêmica aos corredores de um shopping na Gávea, Zona Sul do Rio.
Segundo a gerente Andrea Macintyre, as “balas de revólver” não estão à venda e servem apenas para enfeitar a vitrine.
“Sou eu quem faço as compras para a loja e não temos esse tipo de bala para venda. Nunca tivemos nenhuma reclamação nesse sentido”, argumentou Andrea.
A estratégia de decoração, no entanto, pode ter sido um tiro no pé. Para pais como o engenheiro José Roberto e a decoradora Isabel Cristina Pereira, que acabavam de comprar balas para a filha Maria Alice, de 11 anos, essa iniciativa pode banalizar a violência.
“Isso é errado, ainda mais nesse sobressalto em que vivemos nos dias de hoje”, disse José Roberto. “E são iguaizinhas às balas normais, só que coloridas”, completou Isabel.
Estímulo é negativo, diz psiquiatra
A aposentada Carmem Lúcia dos Santos Ferreira, de 53 anos, acredita que a violência não deveria ser despertada nas crianças dessa forma.
“A gente já vê muita violência por aí. Deveriam optar por outro formato, venderiam até mais”, argumenta Carmem.
Para o psiquiatra e psicoterapeuta infantil Alfredo Castro Neto, o vínculo entre o doce e a bala de revólver é um estímulo negativo para a criança, que não tem capacidade de entender esse tipo de mensagem.
“Essa mensagem acaba incentivando a violência através de algo que a criança gosta, como a bala. Acostuma a criança a ver a bala como uma coisa normal”, explicou.
A dona da loja não quis se pronunciar, mas informou, por meio de sua gerente, que em 14 anos nunca houve motivos que manchassem a imagem do estabelecimento. Segundo a gerência, as balas foram retiradas da vitrine já na última quarta-feira (21).
Chocolate também gerou polêmica
Não é a primeira vez que produtos voltados para crianças geram polêmica. Em novembro de 2006, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça foi alvo de críticas do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) ao declarar inconstitucional a lei municipal 3.726/04, que proibia a venda e a publicidade de alimentos com formato de cigarros, cigarrilhas e charutos, em especial chocolates e doces, na cidade.
A lei acabou sendo revogada pelo prefeito Cesar Maia, no mesmo ano.
Segundo a gerente Andrea Macintyre, as “balas de revólver” não estão à venda e servem apenas para enfeitar a vitrine.
“Sou eu quem faço as compras para a loja e não temos esse tipo de bala para venda. Nunca tivemos nenhuma reclamação nesse sentido”, argumentou Andrea.
A estratégia de decoração, no entanto, pode ter sido um tiro no pé. Para pais como o engenheiro José Roberto e a decoradora Isabel Cristina Pereira, que acabavam de comprar balas para a filha Maria Alice, de 11 anos, essa iniciativa pode banalizar a violência.
“Isso é errado, ainda mais nesse sobressalto em que vivemos nos dias de hoje”, disse José Roberto. “E são iguaizinhas às balas normais, só que coloridas”, completou Isabel.
Estímulo é negativo, diz psiquiatra
A aposentada Carmem Lúcia dos Santos Ferreira, de 53 anos, acredita que a violência não deveria ser despertada nas crianças dessa forma.
“A gente já vê muita violência por aí. Deveriam optar por outro formato, venderiam até mais”, argumenta Carmem.
Para o psiquiatra e psicoterapeuta infantil Alfredo Castro Neto, o vínculo entre o doce e a bala de revólver é um estímulo negativo para a criança, que não tem capacidade de entender esse tipo de mensagem.
“Essa mensagem acaba incentivando a violência através de algo que a criança gosta, como a bala. Acostuma a criança a ver a bala como uma coisa normal”, explicou.
A dona da loja não quis se pronunciar, mas informou, por meio de sua gerente, que em 14 anos nunca houve motivos que manchassem a imagem do estabelecimento. Segundo a gerência, as balas foram retiradas da vitrine já na última quarta-feira (21).
Chocolate também gerou polêmica
Não é a primeira vez que produtos voltados para crianças geram polêmica. Em novembro de 2006, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça foi alvo de críticas do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) ao declarar inconstitucional a lei municipal 3.726/04, que proibia a venda e a publicidade de alimentos com formato de cigarros, cigarrilhas e charutos, em especial chocolates e doces, na cidade.
A lei acabou sendo revogada pelo prefeito Cesar Maia, no mesmo ano.
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