A TV digital estréia no próximo domingo (2) na grande São Paulo.
Para esclarecer as dúvidas relacionadas a essa nova forma de transmissão das emissoras abertas, elaboramos um tira-dúvidas da TV digital, com as principais questões sobre o tema.
Perguntas e respostas
Quando começa a TV digital?
A TV digital será lançada oficialmente na grande São Paulo no dia 2 de dezembro. Depois disso, essa nova tecnologia de transmissão vai se expandir para outras regiões do país. De acordo com o Fórum Brasileiro de TV Digital, até 2013 a novidade deve estar disponível em todo o Brasil. A previsão é que, no semestre que vem, esteja disponível também no Rio de Janeiro.
O que muda com a TV digital?
As principais mudanças trazidas por essa novidade são imagem e som de maior qualidade, além de mobilidade, portabilidade, multiprogramação e também a possibilidade de o telespectador interagir com os programas da TV. Saiba mais.
A TV digital é gratuita?
Sim, essa forma de transmissão é gratuita. Porém, para acessar os canais em alta definição, é necessário ter um conversor digital (set-top box) ou uma TV já adaptada e uma antena UHF. Para obter a melhor qualidade das imagens de alta definição, também é preciso ter um aparelho de TV com tecnologia Full HD (1.920 x 1.080).
Quanto se gasta para comprar esses equipamentos?
Depende do nível de qualidade desejado. O gasto pode ficar entre R$ 100 (se o governo atingir seu objetivo de reduzir os preços) e R$ 800, na compra do conversor digital. Se o usuário preferir qualidade digital em TV de plasma ou LCD, gastará de R$ 2 mil a R$ 270 mil. TVs modernas, com o receptor digital integrado, devem ter preço de 10% a 15% maior que os modelos correspondentes sem o receptor. Com o tempo, os preços devem diminuir.
Serei obrigado a migrar para a TV digital?
Não, pelo menos nos próximos anos. De acordo com o decreto 5.280 (29 de junho de 2006), a transmissão analógica só deve deixar de existir em 29 de junho de 2016. Até lá, os telespectadores poderão continuar assistindo à TV com transmissão analógica.
Vou poder gravar a programação?
Sim, mas o usuário estará sujeito às leis de direitos autorais e às regras dos detentores de conteúdo.
A TV digital também vai transmitir programas antigos?
Sim. Os canais transmitidos digitalmente terão exatamente a mesma grade de programação que as suas versões transmitidas de forma analógica -- a imagem das “velharias” também será melhor na TV digital, pois ela elimina sombras e interferências que ocorrem durante a transmissão da emissora para as residências. Os programas já produzidos para a TV de alta definição terão melhor qualidade que os demais.
Essa nova forma de transmissão está disponível para canais a cabo?
Não, porque tratam-se de meios diferentes: a TV digital trafega pelo ar, enquanto a outra trafega por cabos espalhados pela cidade.
Todas as funcionalidades da TV digital estarão disponíveis na estréia?
No início, a transmissão digital no Brasil terá como foco som e imagem digitais. Também na época da estréia, será possível assistir à TV em dispositivos portáteis, assim que colocados à venda no mercado. Depois, com o passar do tempo, a interatividade deve ganhar força.
O que é mobilidade?
Mobilidade é a transmissão digital para televisores portáteis, como por exemplo aqueles utilizados em veículos.
O que é portabilidade?
Portabilidade é a transmissão digital para dispositivos pessoais, como PDAS e celulares.
Como será a interatividade?
As possibilidades são inúmeras. Com o controle remoto, por exemplo, os usuários poderão votar, responder a testes, acessar mais informações sobre os programas e, futuramente, até comprar produtos anunciados na televisão. Tudo será feito por meio de um sistema desenvolvido no Brasil, o Ginga, que possivelmente não estará disponível nos primeiros conversores. Por isso, as possibilidades de interação devem estar disponíveis pouco depois da estréia da TV digital.
O que é multiprogramação?
É a possibilidade de as emissoras transmitirem mais de um programa simultaneamente - ou até mesmo ângulos de câmera diferentes em um jogo de futebol. Isso dá às emissoras flexibilidade para explorar desde alta definição até vários programas dentro de um mesmo canal.
Quais as especificidades do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T)?
O padrão brasileiro para a transmissão de imagens tem como base o padrão japonês, que viabiliza a mobilidade, portabilidade e alta definição. As principais adaptações do modelo nacional estão ligadas ao tipo de compressão dos arquivos (H264) e ao desenvolvimento de um sistema de interatividade próprio (Ginga).
A tecnologia de compressão de arquivos adotada pelo Brasil, chamada H264, consegue enviar maior quantidade de dados que o modelo japonês (MPEG2) sem aumentar o tamanho do arquivo. Isso resulta em conteúdo de maior qualidade com a mesma velocidade de transmissão de dados.
Outra mudança do padrão brasileiro é a adoção do Ginga, sistema de interatividade nacional desenvolvido em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Posso comprar no exterior um equipamento para assistir à TV digital no Brasil?
Não. O sistema de TV digital adotado será exclusivo do Brasil. Por isso, os equipamentos comprados no exterior não vão funcionar por aqui, a não ser que sejam fabricados no exterior de acordo com as especificações brasileiras. Essa restrição vale para televisores portáteis, telefones celulares, conversores digitais e aparelhos de TV com conversor integrado.
Como faço para acessar a TV digital?
É necessário adquirir um conversor digital e ter também uma antena UHF. As emissoras de São Paulo, que realizam a transmissão analógica em VHF, terão também canais UHF para a transmissão digital. Graças a uma função chamada “canal virtual”, não será necessário decorar novos números: ao digitar 5, por exemplo, o conversor sintonizará a TV Globo transmitida digitalmente (na realidade, correspondente ao canal 18 no UHF).
Vou precisar de um aparelho novo para ver a TV digital?
Provavelmente, não. Quase todos os aparelhos fabricados nos últimos anos têm entradas para áudio e vídeo, que são necessárias para o funcionamento do set-top box (conversor). No entanto, a qualidade das imagens varia. Se quiser tirar o melhor proveito da alta definição oferecida pela TV digital, é necessário ter uma televisão com tecnologia Full HD.
A TV digital muda o formato dos programas?
Sim. Isso acontece porque os programas gravados e transmitidos em alta definição têm formato 16:9 (relação entre largura e altura da tela), como acontece no cinema. Na transmissão analógica, o formato é mais quadrado: 4:3. Com a TV digital, será possível ver mais áreas de uma cena nos televisores modernos - assim, as emissoras terão de se preocupar com o que aparece nas áreas laterais, que antes não eram exibidas.
Como vou assistir a programas no formato 16:9 em telas 4:3 e vice-versa?
Se não quiser distorcer as imagens, a solução será o uso de faixas pretas nos cantos da tela, pois programas em alta definição (formato 16:9) terão como alvo os aparelhos de TV com “tela de cinema” (também 16:9). Quando um programa antigo (4:3) for exibido em uma TV moderna (16:9), as faixas pretas ficarão nas laterais. Quando um programa em alta definição (16:9) for exibido em uma TV antiga (4:3), as faixas aparecerão em cima e embaixo da tela. Todas essas opções dependerão das funções disponíveis no aparelho de TV utilizado para recepção.
Para esclarecer as dúvidas relacionadas a essa nova forma de transmissão das emissoras abertas, elaboramos um tira-dúvidas da TV digital, com as principais questões sobre o tema.
Perguntas e respostas
Quando começa a TV digital?
A TV digital será lançada oficialmente na grande São Paulo no dia 2 de dezembro. Depois disso, essa nova tecnologia de transmissão vai se expandir para outras regiões do país. De acordo com o Fórum Brasileiro de TV Digital, até 2013 a novidade deve estar disponível em todo o Brasil. A previsão é que, no semestre que vem, esteja disponível também no Rio de Janeiro.
O que muda com a TV digital?
As principais mudanças trazidas por essa novidade são imagem e som de maior qualidade, além de mobilidade, portabilidade, multiprogramação e também a possibilidade de o telespectador interagir com os programas da TV. Saiba mais.
A TV digital é gratuita?
Sim, essa forma de transmissão é gratuita. Porém, para acessar os canais em alta definição, é necessário ter um conversor digital (set-top box) ou uma TV já adaptada e uma antena UHF. Para obter a melhor qualidade das imagens de alta definição, também é preciso ter um aparelho de TV com tecnologia Full HD (1.920 x 1.080).
Quanto se gasta para comprar esses equipamentos?
Depende do nível de qualidade desejado. O gasto pode ficar entre R$ 100 (se o governo atingir seu objetivo de reduzir os preços) e R$ 800, na compra do conversor digital. Se o usuário preferir qualidade digital em TV de plasma ou LCD, gastará de R$ 2 mil a R$ 270 mil. TVs modernas, com o receptor digital integrado, devem ter preço de 10% a 15% maior que os modelos correspondentes sem o receptor. Com o tempo, os preços devem diminuir.
Serei obrigado a migrar para a TV digital?
Não, pelo menos nos próximos anos. De acordo com o decreto 5.280 (29 de junho de 2006), a transmissão analógica só deve deixar de existir em 29 de junho de 2016. Até lá, os telespectadores poderão continuar assistindo à TV com transmissão analógica.
Vou poder gravar a programação?
Sim, mas o usuário estará sujeito às leis de direitos autorais e às regras dos detentores de conteúdo.
A TV digital também vai transmitir programas antigos?
Sim. Os canais transmitidos digitalmente terão exatamente a mesma grade de programação que as suas versões transmitidas de forma analógica -- a imagem das “velharias” também será melhor na TV digital, pois ela elimina sombras e interferências que ocorrem durante a transmissão da emissora para as residências. Os programas já produzidos para a TV de alta definição terão melhor qualidade que os demais.
Essa nova forma de transmissão está disponível para canais a cabo?
Não, porque tratam-se de meios diferentes: a TV digital trafega pelo ar, enquanto a outra trafega por cabos espalhados pela cidade.
Todas as funcionalidades da TV digital estarão disponíveis na estréia?
No início, a transmissão digital no Brasil terá como foco som e imagem digitais. Também na época da estréia, será possível assistir à TV em dispositivos portáteis, assim que colocados à venda no mercado. Depois, com o passar do tempo, a interatividade deve ganhar força.
O que é mobilidade?
Mobilidade é a transmissão digital para televisores portáteis, como por exemplo aqueles utilizados em veículos.
O que é portabilidade?
Portabilidade é a transmissão digital para dispositivos pessoais, como PDAS e celulares.
Como será a interatividade?
As possibilidades são inúmeras. Com o controle remoto, por exemplo, os usuários poderão votar, responder a testes, acessar mais informações sobre os programas e, futuramente, até comprar produtos anunciados na televisão. Tudo será feito por meio de um sistema desenvolvido no Brasil, o Ginga, que possivelmente não estará disponível nos primeiros conversores. Por isso, as possibilidades de interação devem estar disponíveis pouco depois da estréia da TV digital.
O que é multiprogramação?
É a possibilidade de as emissoras transmitirem mais de um programa simultaneamente - ou até mesmo ângulos de câmera diferentes em um jogo de futebol. Isso dá às emissoras flexibilidade para explorar desde alta definição até vários programas dentro de um mesmo canal.
Quais as especificidades do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T)?
O padrão brasileiro para a transmissão de imagens tem como base o padrão japonês, que viabiliza a mobilidade, portabilidade e alta definição. As principais adaptações do modelo nacional estão ligadas ao tipo de compressão dos arquivos (H264) e ao desenvolvimento de um sistema de interatividade próprio (Ginga).
A tecnologia de compressão de arquivos adotada pelo Brasil, chamada H264, consegue enviar maior quantidade de dados que o modelo japonês (MPEG2) sem aumentar o tamanho do arquivo. Isso resulta em conteúdo de maior qualidade com a mesma velocidade de transmissão de dados.
Outra mudança do padrão brasileiro é a adoção do Ginga, sistema de interatividade nacional desenvolvido em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Posso comprar no exterior um equipamento para assistir à TV digital no Brasil?
Não. O sistema de TV digital adotado será exclusivo do Brasil. Por isso, os equipamentos comprados no exterior não vão funcionar por aqui, a não ser que sejam fabricados no exterior de acordo com as especificações brasileiras. Essa restrição vale para televisores portáteis, telefones celulares, conversores digitais e aparelhos de TV com conversor integrado.
Como faço para acessar a TV digital?
É necessário adquirir um conversor digital e ter também uma antena UHF. As emissoras de São Paulo, que realizam a transmissão analógica em VHF, terão também canais UHF para a transmissão digital. Graças a uma função chamada “canal virtual”, não será necessário decorar novos números: ao digitar 5, por exemplo, o conversor sintonizará a TV Globo transmitida digitalmente (na realidade, correspondente ao canal 18 no UHF).
Vou precisar de um aparelho novo para ver a TV digital?
Provavelmente, não. Quase todos os aparelhos fabricados nos últimos anos têm entradas para áudio e vídeo, que são necessárias para o funcionamento do set-top box (conversor). No entanto, a qualidade das imagens varia. Se quiser tirar o melhor proveito da alta definição oferecida pela TV digital, é necessário ter uma televisão com tecnologia Full HD.
A TV digital muda o formato dos programas?
Sim. Isso acontece porque os programas gravados e transmitidos em alta definição têm formato 16:9 (relação entre largura e altura da tela), como acontece no cinema. Na transmissão analógica, o formato é mais quadrado: 4:3. Com a TV digital, será possível ver mais áreas de uma cena nos televisores modernos - assim, as emissoras terão de se preocupar com o que aparece nas áreas laterais, que antes não eram exibidas.
Como vou assistir a programas no formato 16:9 em telas 4:3 e vice-versa?
Se não quiser distorcer as imagens, a solução será o uso de faixas pretas nos cantos da tela, pois programas em alta definição (formato 16:9) terão como alvo os aparelhos de TV com “tela de cinema” (também 16:9). Quando um programa antigo (4:3) for exibido em uma TV moderna (16:9), as faixas pretas ficarão nas laterais. Quando um programa em alta definição (16:9) for exibido em uma TV antiga (4:3), as faixas aparecerão em cima e embaixo da tela. Todas essas opções dependerão das funções disponíveis no aparelho de TV utilizado para recepção.
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