quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Celeiro de mentes brilhantes

Equipe da UNIFOR

Equipes do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Bahia estão entre as 70 inscritas, de 53 faculdades de 13 estados brasileiros, além de Brasília, e estarão no ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo), em Piracicaba, São Paulo e serão avaliadas em 18 provas. O objetivo da Competição visa simular uma situação real de desenvolvimento de um projeto de engenharia com todos os detalhes. Cada equipe deve ser capaz de projetar e construir um protótipo recreativo, off-road, monoposto, robusto, visando posterior comercialização para o público entusiasta. O veículo deve ser seguro, de fácil transporte, manutenção e operação.


Mangabaju é o nome da equipe da Unifor. Os alunos se inspiraram em duas frutas - manga e caju, e no baja para se auto batizar de Mangabaju Racing. Formado por seis alunos, o carro Baja feito pela turma prima pelos detalhes. Vamos aos criadores: Leonardo Sousa, Marcos Camargo, Thiago Holanda, Pedro Virgínio Filho, Márcio Matos e Leopoldo Braga. Os quatro primeiros fazem Engenharia Mecânica e os outros dois Engenharia Mecatrônica. O professor orientador é a coordenadora do curso, Lúcia Barbosa.


O projeto deles começou em setembro, com o início da definição do chassi, segundo o capitão, Leonardo Sousa. O motor deve ser padrão para todos, para evitar diferenciações entre as equipes: 10 cv de potência, com 3.800 rpm. No tanque, movido a gasolina, cabem 3,8 litros, com autonomia de 1h e 20 minutos de funcionamento. A transmissão é automática e a velocidade máxima é de 50 km/h. “A diferença de projetos dos mini-bajas diz respeito as soluções na transmissão, suspensão, frenagem, dentre outros detalhes para facilitar a manutenção”, explica Leonardo Sousa.


É a terceira vez que a equipe Mangabaju participa. A melhor colocação foi o 47° lugar, dentre 84 equipes, em 2004. Próximo dia 13 os seis embarcam, junto da orientadora. Eles estão confiantes: “Nossa meta este ano é de ficar entre os 20 primeiros”, conta Sousa. As melhorias na suspensão e frenagem podem garantir esse sonho. O investimento no projeto ficou em R$ 40 mil. Para viabilizar o sonho dos alunos, a viagem, hospedagem e alimentação, a equipe contou com o apoio da Fundação Edson Queiroz, Indaiá, Cascaju, Esmaltec, Nacional Gás e Unifor.


A orientadora está com a equipe desde a primeira participação, em 2004. “Vimos o desenvolvimento dos alunos em cada experiência; eles aprendem a trabalhar em equipe, recebem orientações também de professores de outras disciplinas e passam por uma rotina dura de aulas e trabalho nas oficinas”, diz a professora. Sobre as dificuldades, ela aponta que foram duas as maiores: a falta de especialistas na área automobilística e a dificuldade em conciliar o estudo com a prática.

Equipe da UFC



José Luciano, capitão interino do Siará - equipe com nove integrantes - afirma que o projeto é um protótipo off-road, “com foco para o carro em si, a estrutura completa, muito diferente do ano passado cuja prioridade era o sistema eletrônico”, relata.


Para a 13ª competição, ele afirma que no mini-baja, agora chamado de SAE-baja, mudaram o sistema de suspensão traseira, a direção, e reduziram o peso. “Apostamos na simplicidade de manutenção. Rapidinho a gente está montando-o, como a competição exige”.


Foi necessário um ano para a concretização do projeto. “Isso, entre provas, aulas e trabalhos curriculares. Quando dava para encaixar, nos reuníamos para seguir em frente”, lembra.


Os alunos da UFC são veteranos. Já é a sexta vez que a equipe Siará participa. Como diferencial em relação ao anterior, Luciano cita a experiência como trunfo. “Corrigimos muitos erros, tais como se adequar ao regulamento, e acho que estamos preparados para repetir a nossa melhor colocação, em 2005, quando ficamos em 19° lugar”, pondera.


Em se tratando de patrocínio, o capitão informa que foi viabilizada uma parceria com a própria UFC, Sebrae, Astef, Secitece, a FAB (Força Aérea Brasileira) e do Crea-CE (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). “Realmente, esse ano, a gente não pode reclamar em termos de verba”, comemora.


Para viabilizar o sonho, segundo Luciano, o custo bruto foi de R$ 12 mil. “Tudo em peça nova, matéria prima nova, sem aproveitar nada dos outros anos”. declara. O motor é de 10 HP com capacidade de três litros no tanque. Ele avalia que o grupo está unido, onde devem embarcar no dia 13 de março, dois dias antes da competição.


FIQUE POR DENTRO


Conheça o que é a Competição de Mini-Baja


Como prêmio, as três equipes que somarem a melhor pontuação nas provas estáticas e dinâmicas em Piracicaba, ganham o direito de representar o Brasil em junho na SAE Baja RIT, em Nova Iorque, EUA.


Quando chegam em Piracicaba, os carros são submetidos a provas que avaliam itens como conforto do operador, produção em massa, integridade estrutural e originalidade, além de provas de tração, manobrabilidade, aceleração, velocidade máxima e subida de rampa com até 45º. Na última etapa, os carros enfrentam todas as deformidades de uma pista de terra, durante um enduro de quatro horas.


A Sociedade de Engenheiros da Mobilidade - SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos e que congrega engenheiros, técnicos e executivos, unidas pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial. A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial e é filiada à SAE International, uma associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos Estados Unidos, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Thomas Edison e Orville Wright.


Mais informações:


Para saber das regras da competição:




Um comentário:

Anônimo disse...

Puxa, muio legal essa sua ideia de fazer uma divulgação extra sobre o projeto Baja onde poucos conhecem aqui em fortaleza. Parabens!!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007 às 10:10:00 AM |  
Equipe da UNIFOR

Equipes do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Bahia estão entre as 70 inscritas, de 53 faculdades de 13 estados brasileiros, além de Brasília, e estarão no ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo), em Piracicaba, São Paulo e serão avaliadas em 18 provas. O objetivo da Competição visa simular uma situação real de desenvolvimento de um projeto de engenharia com todos os detalhes. Cada equipe deve ser capaz de projetar e construir um protótipo recreativo, off-road, monoposto, robusto, visando posterior comercialização para o público entusiasta. O veículo deve ser seguro, de fácil transporte, manutenção e operação.


Mangabaju é o nome da equipe da Unifor. Os alunos se inspiraram em duas frutas - manga e caju, e no baja para se auto batizar de Mangabaju Racing. Formado por seis alunos, o carro Baja feito pela turma prima pelos detalhes. Vamos aos criadores: Leonardo Sousa, Marcos Camargo, Thiago Holanda, Pedro Virgínio Filho, Márcio Matos e Leopoldo Braga. Os quatro primeiros fazem Engenharia Mecânica e os outros dois Engenharia Mecatrônica. O professor orientador é a coordenadora do curso, Lúcia Barbosa.


O projeto deles começou em setembro, com o início da definição do chassi, segundo o capitão, Leonardo Sousa. O motor deve ser padrão para todos, para evitar diferenciações entre as equipes: 10 cv de potência, com 3.800 rpm. No tanque, movido a gasolina, cabem 3,8 litros, com autonomia de 1h e 20 minutos de funcionamento. A transmissão é automática e a velocidade máxima é de 50 km/h. “A diferença de projetos dos mini-bajas diz respeito as soluções na transmissão, suspensão, frenagem, dentre outros detalhes para facilitar a manutenção”, explica Leonardo Sousa.


É a terceira vez que a equipe Mangabaju participa. A melhor colocação foi o 47° lugar, dentre 84 equipes, em 2004. Próximo dia 13 os seis embarcam, junto da orientadora. Eles estão confiantes: “Nossa meta este ano é de ficar entre os 20 primeiros”, conta Sousa. As melhorias na suspensão e frenagem podem garantir esse sonho. O investimento no projeto ficou em R$ 40 mil. Para viabilizar o sonho dos alunos, a viagem, hospedagem e alimentação, a equipe contou com o apoio da Fundação Edson Queiroz, Indaiá, Cascaju, Esmaltec, Nacional Gás e Unifor.


A orientadora está com a equipe desde a primeira participação, em 2004. “Vimos o desenvolvimento dos alunos em cada experiência; eles aprendem a trabalhar em equipe, recebem orientações também de professores de outras disciplinas e passam por uma rotina dura de aulas e trabalho nas oficinas”, diz a professora. Sobre as dificuldades, ela aponta que foram duas as maiores: a falta de especialistas na área automobilística e a dificuldade em conciliar o estudo com a prática.

Equipe da UFC



José Luciano, capitão interino do Siará - equipe com nove integrantes - afirma que o projeto é um protótipo off-road, “com foco para o carro em si, a estrutura completa, muito diferente do ano passado cuja prioridade era o sistema eletrônico”, relata.


Para a 13ª competição, ele afirma que no mini-baja, agora chamado de SAE-baja, mudaram o sistema de suspensão traseira, a direção, e reduziram o peso. “Apostamos na simplicidade de manutenção. Rapidinho a gente está montando-o, como a competição exige”.


Foi necessário um ano para a concretização do projeto. “Isso, entre provas, aulas e trabalhos curriculares. Quando dava para encaixar, nos reuníamos para seguir em frente”, lembra.


Os alunos da UFC são veteranos. Já é a sexta vez que a equipe Siará participa. Como diferencial em relação ao anterior, Luciano cita a experiência como trunfo. “Corrigimos muitos erros, tais como se adequar ao regulamento, e acho que estamos preparados para repetir a nossa melhor colocação, em 2005, quando ficamos em 19° lugar”, pondera.


Em se tratando de patrocínio, o capitão informa que foi viabilizada uma parceria com a própria UFC, Sebrae, Astef, Secitece, a FAB (Força Aérea Brasileira) e do Crea-CE (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). “Realmente, esse ano, a gente não pode reclamar em termos de verba”, comemora.


Para viabilizar o sonho, segundo Luciano, o custo bruto foi de R$ 12 mil. “Tudo em peça nova, matéria prima nova, sem aproveitar nada dos outros anos”. declara. O motor é de 10 HP com capacidade de três litros no tanque. Ele avalia que o grupo está unido, onde devem embarcar no dia 13 de março, dois dias antes da competição.


FIQUE POR DENTRO


Conheça o que é a Competição de Mini-Baja


Como prêmio, as três equipes que somarem a melhor pontuação nas provas estáticas e dinâmicas em Piracicaba, ganham o direito de representar o Brasil em junho na SAE Baja RIT, em Nova Iorque, EUA.


Quando chegam em Piracicaba, os carros são submetidos a provas que avaliam itens como conforto do operador, produção em massa, integridade estrutural e originalidade, além de provas de tração, manobrabilidade, aceleração, velocidade máxima e subida de rampa com até 45º. Na última etapa, os carros enfrentam todas as deformidades de uma pista de terra, durante um enduro de quatro horas.


A Sociedade de Engenheiros da Mobilidade - SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos e que congrega engenheiros, técnicos e executivos, unidas pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial. A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial e é filiada à SAE International, uma associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos Estados Unidos, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Thomas Edison e Orville Wright.


Mais informações:


Para saber das regras da competição:




Postado por Igor Viana Marcadores: , ,

1 comentários:

Anônimo disse...

Puxa, muio legal essa sua ideia de fazer uma divulgação extra sobre o projeto Baja onde poucos conhecem aqui em fortaleza. Parabens!!

7 de março de 2007 às 10:09