quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Professora é presa por fazer sexo com 5 alunos menores


Uma professora do ensino médio foi condenada a seis anos de prisão nesta terça-feira (19) por ter mantido relações sexuais com cinco garotos adolescentes.

As autoridades dizem que Allenna Ward, de 24 anos, abusou dos jovens (com idades entre 14 e 15 anos) em Laurens, na Carolina do Sul (nos Estados Unidos), em diversas ocasiões -num motel, num parque e num restaurante.

"Peço desculpas do fundo do meu coração", afirmou Ward perante os juízes.

A polícia iniciou a investigação no ano passado, após diretores da escola terem encontrado um bilhete que teria sido escrito pela professora a um dos garotos.

"Sinto que a Justiça foi feita", disse a irmã de uma das vítimas ao final do julgamento. "Estamos satisfeitos que isso acabou."

Carmen Miranda




Carmen Miranda (Maria do Carmo Miranda da Cunha)

* 9/2/1909 Marco de Canavezes, Portugal
+ 5/8/1955 Beverly Hills, Los Angeles, EUA

Cantora - Atriz - Dançarina

Nasceu em Portugal, na pequena aldeia de Marco de Canavezes, Distrito do Porto, vindo para o Brasil com apenas 18 meses.

Seu pai, José Maria Pinto da Cunha, que exercia a profissão de barbeiro, imigrou para o Brasil primeiro.

A mãe, Maria Emília Miranda da Cunha, veio em seguida, trazendo a pequena Carmen e a outra filha mais velha, Olinda.

A família cresceu no Brasil com o nascimento de mais quatro irmãos, Amaro, Cecília, Aurora e Oscar.

Moraram inicialmente em um quarto de aluguel na Rua da Candelária; depois transferiram-se para a Rua Joaquim Silva, na Lapa, até resolver abrir uma pensão.

Encontraram uma grande casa na Travessa do Comércio, nº 13, na Praça XV, e para lá se mudaram.

A mãe assumiu a direção da pensão que fornecia refeições a empregados do comércio e ainda aceitava hóspedes.

O estabelecimento logo passou a ser freqüentado por músicos da época, como Pixinguinha e seu grupo que eram assíduos.

Ainda menina, estudou alguns anos num colégio de freiras, a Escola Santa Tereza, que atendia a crianças humildes, situado no bairro da Lapa, Centro do Rio.

Na infância era chamada pelos apelidos de Bituca e de Carmen por seus familiares.

Ainda adolescente aprendeu a costurar com a irmã Olinda.

Com apenas 15 anos começou a trabalhar como balconista de lojas de roupas femininas, de chapéus e gravatas. Na Maison Marigny, aprendeu a decorar chapéus femininos e logo depois já estava empregada como aprendiz na loja La Femme Chic, no Centro do Rio, onde passou a confeccionar chapéus orientada por Madame Boss.

Desde menina demonstrou inclinação para a música, cantando para os amigos em festas, acompanhando os programas radiofônicos de então e imitando as cantoras que faziam sucesso na época, como Araci Cortes.

Na década de 1930, teve um namorado, que ela declarou ter sido o grande amor de sua vida, o remador do Flamengo Mário Cunha.

Em 1938, quando estava em excursão na Argentina com Aurora, recebeu a notícia do falecimento de seu pai.

Foi para os Estados Unidos em 1939, contratada para alguns "shows" em Nova York, na Broadway, onde acabou permanecendo por um ano.

Em 1940 retornou ao Brasil, a fim de rever os amigos e para o casamento de sua irmã Aurora, retornando meses depois para cumprir novo contrato nos Estados Unidos, levando D. Maria.

Um ano depois, Aurora transferiu-se com o marido, e a família passou a viver junta.

Em 1943, submeteu-se a uma operação plástica no nariz, fato que quase lhe impediu a vida artística, pois o médico era um charlatão.

Foi obrigada a refazer a operação com um especialista e, no pós-operatório, foi constatada uma infecção no fígado, que se espalhou e quase lhe tirou a vida.

Em 1947, casou-se com David Sebastian, um assistente de produção norte-americano, com o qual viveu em meio a desentendimentos, fato que, segundo seus biógrafos, foi um dos motivos da forte depressão que a acometeu na época de seu retorno temporário ao Brasil, em 1954.

Em 1948, a imprensa anunciou sua gravidez, confirmada por ela e por seu marido, que declarou que, se nascesse menino, eles o batizariam de Robert, e ela anunciou que, se fosse menina, chamar-se-ia Maria Carmen.

Muitos afirmam que a gravidez não ocorreu de fato, tratando-se, antes, de estratégia de "marketing" para justificar seu impedimento de viajar ao Brasil para receber uma condecoração oferecida pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

De qualquer forma, pouco tempo depois, num dia de trabalho exaustivo, foi internada às pressas e, segundo a imprensa, perdeu a criança que nasceria em março de 1949.
Faleceu em sua residência, em Beverly Hills, Los Angeles, em 5 de agosto de 1955, com apenas 46 anos.

A família decidiu sepultá-la no Brasil, onde foi velada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

O cortejo saiu no Aeroporto do Galeão, às 10:30h da manhã do dia 12 de agosto, quando seu corpo chegou ao Brasil, e foi acompanhado por uma multidão de fãs calculada em cerca de meio milhão de pessoas.

Ao passar pela Avenida Rio Branco, uma chuva de papel picado deu à cena mais emoção, reforçada pelos carrilhões da Mesbla, que executavam o refrão de "Adeus batucada", de Synval Silva, grande sucesso na voz dela.

Milhares de lenços brancos foram agitados pela multidão ao longo do trajeto até a Câmara Municipal, onde seu corpo recebeu a visitação de centenas de milhares de fãs.
Músicas de Todos os Tempos

Blu-Ray - Sony vence Toshiba na 'guerra dos formatos' de DVD


A Toshiba levantou nesta terça-feira (19) a bandeira branca na guerra pela supremacia no formato dos filmes de alta definição ao abandonar o formato HD-DVD. A desistência ocorreu depois que a empresa perdeu apoio de estúdios de cinema e grupos de varejo importantes que optaram pela tecnologia rival Blu-ray, promovida pela Sony .

A decisão da fabricante japonesa de eletrônicos encerra sua batalha com o consórcio comandado pela Sony quanto ao padrão dominante para a próxima geração de discos ópticos, uma disputa que confundiu os consumidores e impediu que o mercado de DVDs domésticos, que movimenta 24 bilhões de dólares ao ano, adotasse novas tecnologias mais rapidamente.

A vitória do Blu-ray significa que o consumidor não precisa mais escolher entre formatos rivais incompatíveis, correndo o risco de optar por um equivalente do padrão Betamax no século 21 -- tecnologia da Sony para videocassetes que foi derrotada pelo sistema VHS nos anos de 1980. O disco Blu-ray tem capacidade máxima de até 50 GB de dados, contra 30 GB do HD-DVD.

No mercado de games, a Microsoft, com seu Xbox 360, apoiava o HD-DVD. Seu concorrente, o PlayStation 3, da Sony, já utilizava o Blu-ray e é considerada a opção mais barata de tocador à venda, por cerca de US$ 400.

A Toshiba, que esperava que o HD-DVD promovesse o crescimento de suas operações de bens eletrônicos de consumo, anunciou que encerraria suas operações com o formato pelo final do mês que vem.

"Foi uma decisão difícil de tomar... mas quando pensamos sobre os problemas que poderíamos causar aos consumidores e aos nossos parceiros, decidimos que não era certo para nós continuar insistindo com uma presença tão pequena", disse Atsutoshi Nishida, presidente-executivo da Toshiba, em entrevista coletiva.

A empresa informou que continuará a fornecer assistência técnica aos aparelhos HD- DVD atuais e acrescentou que espera lucro maior no próximo ano fiscal devido ao corte das despesas com a promoção do HD-DVD.

A maré se voltou contra o HD-DVD depois da deserção da Warner Bros., estúdio controlado pela Time Warner e que optou pelo Blu-ray em janeiro.

Grandes grupos de varejo norte-americanos acompanharam essa decisão, entre os quais Wal-Mart, Best Buy e o grupo de locação online de vídeos Netflix . Com isso, os especialistas começaram a escrever o obituário do HD-DVD.

Professor inventa cadeira que 'segura' alunos inquietos


Um professor de Londres resolveu acabar com os acidentes e brincadeiras de alunos que se inclinam para trás na cadeira. Ele desenvolveu um móvel que impede o movimento e promete dar aos docentes uma vida mais tranqüila, pelo menos no quesito acidente em sala de aula.

A cadeira foi chamada de “Max” e o nome de seu inventor é Tom Wates, ex-professor de matemática e educação física acostumado a lidar com as quedas de alunos. “Estava no meio de uma lição e, de repente, uma criança caía. Todos riam e era preciso começar tudo de novo”, disse o autor do projeto à Reuters.

A nova cadeira oferece maior apoio na região lombar das costas, forçando as crianças a se sentarem retas. Além disso, as pernas de trás têm uma angulação diferenciada para impedir quedas. De acordo com Wates, é impossível forçar a cadeira para trás mais do que alguns centímetros.

Mesmo antes de ser lançado, 18 escolas já pediam 1.500 exemplares do móvel, que será vendido por valor equivalente a R$ 50,85. A cadeira tem as cores azul, vermelha, verde, preta e branca e serve tanto para adultos quanto para crianças.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Homem paga por placa de carro o equivalente a R$ 25 milhões


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Tremores de terra abalam o Ceará


Sobral. Uma sucessão de tremores de terra vem assustando os moradores de municípios da Região Norte do Ceará. O abalo ocorrido no último sábado, por volta das 23 horas, foi percebido pela população dos municípios de Alcântaras, Camocim, Cariré, Coreaú, Granja, Forquilha, Guaraciaba do Norte, Jijoca de Jericoacoara, Jordão, Massapê, Meruoca, Morrinhos, Mucambo, Santa Quitéria, São Benedito, Sobral, Tianguá e Ubajara, no Ceará; e também em pelo menos nove municípios piauienses.

E, em alguns destes locais, houve pânico. Tanto que o sub-tenente do Corpo de Bombeiros, Marcos Costa, também secretário executivo da Defesa Civil de Sobral, se deslocou a Alcântaras, na noite de ontem, para acalmar a população, durante a missa. Lá, por alguns minutos, a cidade chegou a ficar sem energia elétrica e segundo suas informações, quatro casas de uma mesma rua ficaram rachadas.

Oficialmente, a Defesa Civil inclui apenas três municípios entre os que sentiram o abalo: Alcântaras, Jordão e Sobral.

Em Jordão, duas casas apresentaram rachaduras e vários atendimentos sem gravidade foram realizados nas unidades de saúde, em decorrência dos momentos de tensão e pânico.

Conforme o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora toda a Região Nordeste, através do Projeto do Milênio, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o tremor ocorreu na região de Alcântaras, às 22h59min, e a magnitude preliminar calculada foi de 3,5 na Escala Richter, com duração de 30 segundos. O tremor foi sentido num raio de aproximadamente 60 quilômetros.

Informação confirmada pelo sub-tenente Costa. Mas foi preciso deslocamento até a estação sismológica de Itataia, em Santa Quitéria, pois o sismógrafo de Sobral está quebrado.

Conforme o técnico da UFRN, Eduardo Alexandre de Menezes, uma equipe do laboratório estará em Sobral hoje para avaliar de perto as causas dos tremores . “A UFRN mantém uma estação sismográfica digital de ultima geração instalada em Sobral e que também faz parte da rede de estações do Projeto do Milênio, do CNPq. Por meio dela, os técnicos deverão instalar, nesta semana, um link, via Internet para melhor acompanhar a atividade sísmica que vem acontecendo desde o fim de janeiro”.

Apesar disso, adianta que, possivelmente, o que está acontecendo ao Norte do Ceará são tremores motivados por movimentos tectônicos, resultantes da movimentação das rochas no interior da Terra, em função da sua própria rotação, a cerca de 10 a 12 quilômetros de profundidade. “Acompanhamos os episódios desde 1989 na Região, que é muito propícia a tremores”, explica.

Técnicos da Defesa Civil e uma equipe do Laboratório de Sismologia de Sobral e Fortaleza percorreram toda a região ontem com a finalidade de orientar a população.

Os últimos tremores noticiados aconteceram na semana do Carnaval, mas só agora o fenômeno foi sentido fortemente na cidade de Sobral. Segundo especialistas, a região localiza-se sobre falhas geológicas.

O maior tremor de terra já acontecido no Ceará e também no Nordeste ocorreu em 20 de novembro de 1980, em Pacajus, com 5,2 na Escala Richter.

Piauí

No centro-norte do Piauí, segundo relatos de moradores e de um site local, também foram sentidos tremores. Levantamento do site ´cidadeverde.com´ apontou que o abalo surgido na região norte do Ceará foi sentido em nove municípios piauienses: Teresina, Piracuruca, São João da Fronteira, Cocal dos Alves, Cocal, Piripiri, Lagoa do São Francisco, Pedro II e Domingos Mourão. O tremor também teria sido sentido por volta das 23 horas desse sábado. No município de Piracuruca, os bairros Guarani, Esplanada e Três Lagoas sentiram o sismo, informou o site.

DICAS

Ao sentir os primeiros tremores, afaste-se de móveis que possam tombar e abrigue-se debaixo de uma mesa resistente

Se possível, abra a porta para assegurar rota de fuga. Pois, dependendo da intensidade do tremor, se a residência empenar-se, a porta provavelmente não irá se abrir

Ao sair de casa ou de prédios residenciais, muita atenção em relação a objetos que possam cair, como vidros de janelas, telhas etc.

Não saia de casa descalço. É recomendável calçar sapatos ou sandálias de solado grosso para evitar ferimentos

TODA REGIÃO NORTE

Tremor foi sentido até em Teresina

Sobral. Eram 23 horas de sábado quando um forte tremor, seguido de um barulho de explosão, derrubou objetos dos móveis, tremeu camas, paredes e abriu grandes rachaduras em diversas casas na Região Norte do Ceará.

Em Alcântaras, onde foi sentido com mais intensidade, a população ficou apavorada: pessoas passando mal, em estado de choque; crianças e adultos chorando sem saber a quem recorrer. Muitos ligaram para programas de rádio locais e lá souberam que diversas localidades também tinham sofrido os abalos.

Apesar de não haver gravidade, o movimento no Hospital de Alcântaras foi intenso. Segundo o enfermeiro plantonista Adriano Mendes, as pessoas pediam para verificar a pressão arterial, procuravam medicamentos e uma grávida foi levada às pressas para a Santa Casa de Sobral em estado de choque, por causa do susto.

Centenas de pessoas assustadas deixaram as ruas daquele pequeno município bastante movimentadas na madrugada de sábado para domingo.

A casa de Luzia Firmino de Souza, 38, ficou sem energia elétrica após o tremor e ela foi dormir na casa da mãe com seus dois filhos. “Eu estava dormindo, acordei com o barulho e já estava tudo balançando dentro de casa quando caí da cama”, disse. Já a aposentada Luzia Lauriano Moreira, 70, foi levada nos braços de vizinhos para fora de sua residência. “Estou toda dolorida, não consegui ficar em pé sozinha, fiquei paralisada, minha filha está muito nervosa”, contou.

Já em Sobral, moradores de diversos bairros sentiram o tremor e correram para as calçadas. Assustada, a população comentava o ocorrido nos bairros Junco, Campo dos Velhos e Terrenos Novos, entre outros.

Em Campo dos Velhos, a família da dona-de-casa Antônia Oliveira, 78, saiu de casa e foi para a rua. Seu filho Antônio Rodrigues, 42, contou que tinha acabado de sentar quando sentiu as pernas tremerem. “Minha filha, assustada, correu e segurou na minha mão dizendo que aquilo era um terremoto”, relatou.

Na mesma rua, Kátio Eufrázio Mesquita, 26, contou que escutou as telhas tremerem e seus pássaros ficaram desesperados, se batendo na gaiola.

Enquanto a equipe de reportagem estava em Alcântaras, na madrugada de domingo, outros dois pequenos abalos foram sentidos, à 01h05min e outro 10 minutos depois. Moradores relatavam que vários foram sentidos após o tremor das 23 horas, que foi o mais forte e temido por todos.

Susto no estado vizinho

O fenômeno estava acontecendo com freqüência apenas em Jordão. Mas, neste sábado, chegou a diversos municípios se estendendo até a Serra da Ibiapaba e a alguns municípios do Piauí. De Terezina, capital daquele Estado, o empresário Everaldo Alves Evangelista, 49 anos, afirmou que, mesmo sobre a cama, no seu apartamento, localizado no oitavo andar do prédio onde mora, sentiu um forte tremor.

“Foi ontem (sábado), por volta das 23 horas. Senti a cama tremer e a luminária de pé também. Durou mais ou menos de 15 a 20 segundos. Meu primo, que estava sentado na varanda, no outro lado do apartamento, também sentiu. Até pensou que fosse uma brincadeira de alguém da casa. Ainda estamos muito impressionados. Outros moradores do prédio também sentiram”, contou Everaldo.

Conforme noticiou o site ´cidadeverde.com´, no município de Cocal dos Alves, na região norte do Estado, moradores teriam, por medo, deixado as residências e corrido para a praça principal da cidade. Ainda segundo o site, o prefeito desse município, Chaguinho Monção, afirmou que algumas pessoas deram conta de um abalo rápido e que não é a primeira vez que Cocal dos Alves percebe o sismo. De acordo com o prefeito, algo semelhante foi percebido há 20 anos.

CRONOLOGIA

FEVEREIRO/2008 Jordão e Meruoca, durante o Carnaval, com vários episódios durante um dia. Estima-se que teve magnitude de 3,0 na Escala Richter

JANEIRO/2008 Região Serrana na Zona Norte, em Jordão. A Defesa Civil disse que a magnitude foi de 2,5

JULHO/2007 Jaguaribara. Em 10 de julho alcançou 2,3 na Escala Richter, entre outros episódios no mesmo período

OUTUBRO/2006 Ibicuitinga, com 2,6 de magnitude. Casas ficaram rachadas e população em pânico

JUNHO/2006 Jordão, na Região Norte, com magnitude de 2,5 pontos, o maior. Já em Cascavel, foram registrados abalos de 2,2 pontos

APREENSÂO

Apreensão na madrugada: foi difícil retornar ao lar após o susto.

1 Em Alcântaras, muitas famílias ficaram do lado de fora, mesmo cansadas

2 O medo estava no rosto de cada pessoa

3 Muitas casas apresentaram rachaduras

4 No Sítio Jardim, a 28 km de Sobral, uma grande pedra rolou, abrindo uma clareira na vegetação

O cigarro que não vicia


O advogado americano David Adams propôs, em um artigo publicado no jornal americano The New York Times, que a criação de um novo tipo de cigarro poderia ser uma solução para diminuir o número de fumantes. Não se trata de um contra-senso: Adams sugere a criação de um cigarro com níveis de nicotina que não viciem.

Diretor da equipe política do Food and Drugs Administration, o órgão que cuida da regulamentação de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, entre 1992 e 1994, Adams defende o controle do vício que, por ano, causa 440 mil mortes no país, segundo dados do Instituto de Medicina da National Academy of Sciences. As vítimas são mais numerosas do que a soma das mortes causadas por Aids, álcool, cocaína, heroína, acidentes de trânsito, homicídios e incêndios. Os gastos com os problemas de saúde causados pelo cigarro custam US$ 89 bilhões anuais.
Época

O bispo se complica


O bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, foi indiciado na semana passada pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos. De acordo com o inquérito produzido pela delegacia da Polícia Federal de Itajaí, em Santa Catarina, Edir Macedo teria cometido esses crimes ao transferir a propriedade de uma retransmissora da Rede Record, a TV Vale do Itajaí.

O inquérito da PF acaba de chegar à mesa do procurador Marcelo Mota, do Ministério Público Federal de Santa Catarina. Agora, Mota deve analisar o trabalho da polícia e decidir se denuncia ou não o bispo Macedo. Caso seja denunciado, Macedo se tornará réu e deverá ir a julgamento. A pena para os crimes de falsidade ideológica e de uso de documento falso pode chegar a cinco anos de prisão.

O delito cometido por Macedo, segundo a PF, seria o “preenchimento abusivo” de um documento usado na transferência de propriedade da emissora. Pelas regras do Ministério das Comunicações, toda mudança no quadro societário das empresas de radiodifusão precisa de autorização prévia. Ao transferir a propriedade da TV Vale do Itajaí do nome de um ex-pastor da igreja para o de outro bispo, esse pedido de autorização teria sido feito, segundo a PF, por meio de um documento falso: o bispo Macedo teria preenchido uma procuração em branco, previamente assinada pelo ex-pastor. Se essa fraude for comprovada, a concessão da TV Vale do Itajaí poderá ser cassada, segundo afirma o advogado Ericson Meister Scorsin, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo e especialista em Regulação dos Serviços de Radiodifusão.

A pedido de ÉPOCA, Scorsin analisou o relatório da PF. Sua conclusão, emitida por meio de um parecer, é a seguinte: “Havendo prova quanto à prática de ilícito criminal, caracterizado pela falsidade documental em documento federal, há, sim, reflexos sobre a habilitação da pessoa jurídica exploradora do serviço de televisão. Trata-se de um forte motivo para abertura de processo administrativo”.

Fundada por Edir Macedo em 1977, a Igreja Universal do Reino de Deus tem 8 milhões de fiéis no Brasil. Com 4.700 templos em 172 países, ela é mais globalizada que a rede de lanchonetes McDonald’s, presente em 118 países. A legislação brasileira não permite que igrejas sejam donas de empresas de radiodifusão. Mesmo assim, Macedo controla a Rede Record. Em seu nome e no de pastores da Universal estão 23 emissoras de TV e 40 de rádio. O processo em Itajaí pode ser uma pista de como ele expandiu os negócios da igreja e como mantém a fidelidade dos bispos e pastores, sócios das emissoras do grupo.

O relatório final da PF sobre o caso de Itajaí levanta uma dúvida: o que os agentes dizem ter descoberto é um fato isolado ou uma prática usual do bispo Macedo para comandar empresas de radiodifusão? Pelo roteiro descrito no relatório da PF, é impossível chegar a uma conclusão. Mas os fatos parecem comprometer o bispo.

Em 1998, Marcelo Nascente Pires, então pastor da Igreja Universal e homem do grupo de confiança de Edir Macedo, comprou participações societárias em duas emissoras em Santa Catarina: a TV Vale do Itajaí e a Televisão Xanxerê Ltda. As duas haviam passado pouco tempo antes a retransmitir a programação da Record. Para conseguir o dinheiro necessário para a compra, Marcelo Pires pedira um empréstimo de R$ 350 mil à Cremo Empreendimentos, uma empresa de São Paulo que pertence a religiosos ligados à Universal. Depois, Pires se desentendeu com Edir Macedo. Ele deixou a Igreja Universal em 2000. Dois anos mais tarde, Macedo, de acordo com o relatório da PF, teria usado uma procuração assinada por Pires para transferir a propriedade das duas emissoras para o nome do então presidente da TV Record, bispo Honorilton Gonçalves.

Pires procurou a polícia e denunciou a suposta fraude. Afirmou que a assinatura da procuração era dele, mas o conteúdo do documento fora preenchido posteriormente. Questionado por ÉPOCA, Pires não quis explicar as razões que o levaram a assinar um documento em branco.

A procuração usada pelo bispo foi examinada pelo perito particular Claus Guenter Rottschaefer, do Instituto de Criminalística do Estado do Paraná, contratado por Pires. Também foi analisada por peritos da Polícia Federal, a pedido do delegado Anníbal Gaya, encarregado do caso. As duas perícias encontraram indícios de que o documento teria sido fraudado. São eles:

1) o trecho com o nome das empresas que seriam vendidas parece ter sido acrescentado posteriormente, numa tipologia gráfica distinta;

2) a procuração é de 1996, mas, no documento, a TV Xanxerê aparece com um nome (Televisão Xanxerê Ltda.) que só passou a adotar em 1998. Antes, ela se chamava RCE Xanxerê Ltda.;

3) Marcelo Pires assinou o documento em 1996, mas sua firma só foi reconhecida em cartório em 2003;

4) o trecho inicial da procuração cita “a empresa”, no singular, como objeto da negociação. Em seguida, o documento menciona três empresas, a Xanxerê, a TV Vale do Itajaí e a Rede Fênix de Comunicação, uma associação formada pelas duas emissoras, Xanxerê e Vale do Itajaí.

Edir Macedo foi procurado pela reportagem de ÉPOCA. Em nome dele falou seu advogado, Arthur Lavigne. “Não é a primeira vez que surge uma acusação contra Edir Macedo. A Justiça sempre arquiva ou absolve meu cliente”, diz Lavigne. “Defendo Macedo há 12 anos em vários processos, e ele nunca foi condenado.” Em 1992, o bispo Edir Macedo ficou preso 12 dias, acusado de charlatanismo, estelionato e lesão à crendice popular. Ao final do processo, foi absolvido. Convocado pela PF mais de uma vez para prestar depoimento, Macedo faltou a todas as audiências. Seu advogado diz que ele faltava porque mora nos Estados Unidos. O delegado Gaya, responsável pelo caso, não quis fazer comentários. Disse que todas as informações constam do inquérito enviado ao Ministério Público Federal.

O relatório da Polícia Federal (acima) formaliza o indiciamento criminal de Macedo

Época

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

DVD CONDUTA DE RISCO (2008)

Clique na imagem para ampliar. "POSTER"
SINOPSE:

Michael Clayton (George Clooney) trabalha numa das maiores firmas de advocacia de Nova York, tendo por função limpar os nomes e os erros de seus clientes.

Tendo trabalhado anteriormente como promotor de justiça e vindo de uma família de policiais, Clayton é o responsável por realizar o serviço sujo da firma Kenner, Bach & Ledeen, que tem Marty Bach (Sydney Pollack) como um de seus fundadores.

Apesar de estar cansado e infeliz com o trabalho, Clayton não tem como deixar o emprego, já que o vício no jogo, seu divórcio e o fracasso em um negócio arriscado o deixaram repleto de dívidas.

Quando Arthur Evans (Tom Wilkinson), o principal advogado da empresa, sofre um colapso e tenta sabotar todos os casos da U/North, uma empresa que é cliente da Kenner, Bach & Ledeen, Clayton é enviado para solucionar o problema.

É quando ele nota a pessoa em que se tornou.

INFORMAÇÕES:

Título Original: Michael Clayton

Atores: Tom Wilkinson, Michael O'Keefe, Sydney Pollack, Danielle Skraastad, Tilda Swinton, George Clooney, Wai Chan, Alberto Vazquez

Diretor: Tony Gilroy

Data de Lançamento: 27/03/2008

Duração: 119 Minutos

Idiomas: Inglês

Legendas: Português

Áudio: Dolby Digital 2.0

Formato de Tela: Widescreen

Tamanho: 390Mb

Formato: RMVB

Gênero: Suspense

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ministério da Justiça aciona VW por problema com Fox


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Mundo das Marcas: HOMENZINHO AZUL COTONETES


O Homenzinho Azul, que nos anúncios da Johnson & Johnson aparecia enrolado em uma toalha saindo do banho rebolando e cantando, foi criado em 1978, por Edmar Salles, da agência Lowe Lintas, e animado por Walbercy Ribas, para comunicar a marca de hastes flexíveis COTONETES.

O comercial de estréia, que fazia parte de uma campanha com o objetivo de reforçar o conceito de hastes flexíveis conquistou Leão de Bronze no Festival de Cannes do mesmo ano.

O objetivo da campanha, que tinha como tema “Gente grande também precisa de carinho”, era mostrar que o produto tinha outros usos além dos cuidados infantis.

Desde então, a empresa já produziu mais de 20 filmes com o personagem que ainda hoje ilustra a embalagem dos Cotonetes Johnson & Johnson.

Hoje, esse gordinho, careca e simpático é visto pelos consumidores como uma figura bem resolvida por não ceder à pressão dos padrões estéticos.
mundodasmarcas

Adoçante pode engordar mais que açúcar


Um estudo realizado em ratos nos Estados Unidos sugere que a ingestão de sacarina - tipo de adoçante usado principalmente em refrigerantes dietéticos - pode provocar aumento de peso maior que a ingestão de açúcar.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Purdue, em Indiana, o sabor doce causado pelo consumo de sacarina estimula o sistema digestivo a se preparar para a ingestão de uma grande quantidade de calorias.

Se essas calorias não são ingeridas, eles afirmaram, o organismo fica desregulado e, como resultado, pede mais comida ou queima menos calorias, o que provocaria o aumento de peso.

O estudo, publicado na edição desta semana da revista científica Behavioral Neuroscience, gerou reações da indústria alimentícia, para quem a pesquisa "simplifica" as causas da obesidade.

Calorias

Para realizar o estudo, os cientistas acompanharam a alimentação de 17 ratos. Nove receberam iogurte adoçado com sacarina e oito com açúcar. Depois do iogurte, os animais receberam a dieta normal.

Após cinco semanas, os ratos que consumiram a sacarina ganharam 88 gramas, enquanto os que ingeriram glicose tiveram um aumento de peso de 72 gramas - uma diferença de mais de 20%.

Os ratos que tomaram o iogurte com a sacarina consumiram mais calorias e tiveram aumento de 5% na taxa de gordura do corpo, de acordo com o estudo.

"Os resultados claramente indicam que consumir alimentos adoçados com sacarina pode levar a um aumento de peso e da taxa de gordura maior do que o consumo de açúcares calóricos", diz o estudo.

Segundo Susan Swithers, uma das autoras da pesquisa, as experiências em laboratório indicam ainda que outros adoçantes artificiais, como o aspartame e o acessulfame K, que oferecem o gosto doce, podem ter o mesmo efeito da sacarina.

Críticas

O estudo gerou reações da indústria alimentícia. Em uma entrevista publicada na edição desta segunda-feira do jornal americano Los Angeles Times, Beth Hubrich, uma das representantes dos fabricantes de refrigerantes dietéticos nos EUA, rejeitou os resultados da pesquisa.

Segundo ela, "o estudo simplifica demais as causas da obesidade". Além disso, afirmou, "a descoberta nos animais pode não ser verdadeira quando testada nos humanos".

Um porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição afirmou que os resultados são "interessantes", mas não provam que os adoçantes podem ser prejudiciais nas dietas dos humanos.

Para a organização, o tema ainda requer mais pesquisas.

Nova moeda de 1 Real


Big Brother Brasil 8


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Dodge ZEO - esportividade e responsabilidade ambiental


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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Suicídio.com - Sites na internet incentivam adolescentes como o gaúcho Yoñlu a se matar e ajudam a escolher o método



"Eu acredito que a cadência e a harmonia certas no momento certo podem despertar qualquer sentimento, inclusive o da felicidade nos momentos mais sombrios’’

Essa frase é de um adolescente de 16 anos. Um garoto que amava Radiohead, Mutantes e Vitor Ramil. Foi escrita no dia de seu suicídio. Era parte de sua carta de despedida. Ele dizia aos pais que a música era a melhor maneira de enfrentar o desespero que viria. Antes de começar a morrer, colou a carta no lado externo da porta do banheiro. Acima dela, um cartaz: “Não entre. Concentrações letais de monóxido de carbono”. Vinícius ligou o aparelho de som – “porque é bom morrer com música alegre” – e entrou.

Essa frase escrita na morte se transformou num legado de vida ao ser impressa no encarte do CD que será lançado ainda em fevereiro pela Allegro Discos, com 23 músicas de sua autoria. Parte delas foi entregue aos pais na forma de uma herança às avessas: “Deixei na mesa do computador um envelope vermelho da Faber-Castell que contém um CD com algumas de minhas músicas”. Yoñlu, o título do CD, é o nome com o qual batizou a si mesmo no mundo em que circulava com mais desenvoltura: a internet.

Ambos, Vinícius e Yoñlu, morreram por asfixia por volta das 15h30 de uma quarta-feira de inverno, 26 de julho de 2006. Vinícius foi estimulado ao suicídio e auxiliado por pessoas anônimas na internet. Ele é a primeira vítima conhecida no Brasil de um crime que tem arrancado a vida de jovens de diferentes cantos do mundo – uma atrocidade que poderia ser chamada de Suicídio.com.

Encobertos pelo anonimato da rede, internautas de diferentes nacionalidades têm dito em várias línguas a pessoas muito frágeis, a maioria delas adolescentes: “Mate-se”. O suicídio de Simon Kelly, de 18 anos, em Cornwall, na Inglaterra, foi um dos primeiros sinais de que algo de macabro estava acontecendo no reino da internet. No verão de 2001, o garoto aproveitou uma viagem dos pais para acessar sites sobre suicídio com detalhes técnicos de como poderia se matar. Morreu de overdose enquanto conversava com “amigos” virtuais em uma sala de bate-papo. A banalidade dos diálogos travados enquanto o adolescente tirava a vida é chocante. Ninguém tentou dissuadi-lo ou buscou ajuda. Um internauta procurou apenas convencê-lo a dar uma última olhada no mar antes do fim. Simon respondeu: “Fiz isso no domingo. Vejo vocês do outro lado”. A morte foi transmitida pela câmera do computador.

Somente em 2005, 91 pessoas, a maioria entre 20 e 30 anos, suicidaram-se no Japão, estimuladas por sites na internet. Apenas em um mês, março de 2006, houve três casos de suicídios coletivos combinados em fóruns virtuais no país: 13 internautas morreram. Desde o ano passado, 14 jovens da região de Bridgend, no sul do País de Gales, se mataram. Alguns deles estavam ligados por um site de relacionamento que difundia uma idéia “romântica” do suicídio. O mais velho tinha 26 anos. Nos últimos seis anos, a Papyrus, entidade dedicada à prevenção do suicídio, registrou 27 mortes incentivadas pela internet apenas na Grã-Bretanha. A vítima mais jovem tinha 13 anos.

No mundo virtual não há nenhuma perversão nova, apenas as velhas modalidades que já assombravam as ruas da realidade. A diferença é que, na internet, qualquer um pode exercer seu sadismo protegido pelo anonimato, na certeza da impunidade. Basicamente, a idéia é: “Se ninguém sabe quem eu sou, não só posso ser qualquer um, como posso fazer qualquer coisa”. Megan Meier, uma adolescente americana de 13 anos, foi uma vítima da mais banal das maldades, cuja potência de destruição foi multiplicada na internet. Depois de receber mensagens hostis de um “amigo” virtual no site de relacionamento MySpace, Megan subiu ao 2o andar da casa e se enforcou com um cinto no closet. Josh Evans, um garoto musculoso de 16 anos, louco por pizza, tinha dito a ela: “Você é uma pessoinha de m.... O mundo seria bem melhor sem você nele”. O detalhe: Josh nunca existiu. Era uma criação coletiva de suas vizinhas para se divertir com a menina gordinha.

O brasileiro Vinícius Gageiro Marques deixou o inventário de seu suicídio. Documentou sua morte na carta de despedida impressa em papel e no registro virtual da internet. Seguindo seus passos, é possível chegar ao impasse de uma época em que adolescentes habitam dois mundos – mas os pais só os alcançam em um.
Como Yoñlu, ele marcou seu suicídio no mundo virtual para as 11 horas de 26 de julho de 2006. No mundo real, Vinícius estava havia dois meses em internação domiciliar por determinação de seu psicanalista. Ele era um garoto superdotado, descrito como “extraordinariamente inteligente” e “extremamente sensível”. Filho único do casamento de um professor universitário que foi secretário de Cultura do Rio Grande do Sul com uma psicanalista, ele teve todo o estímulo para desenvolver inteligência e sensibilidade. Alfabetizou-se em francês quando a mãe fazia doutorado em Paris com a historiadora e psicanalista Elizabeth Roudinesco, biógrafa de Jacques Lacan. Mas o mundo doía em Yoñlu, como mostram as letras de muitas de suas músicas. Sua questão não era morrer, mas fazer a dor parar.

Vinícius criou uma fantasia para enganar os pais: a de um adolescente “normal”. Disse a eles que queria fazer um churrasco para os amigos, que estava interessado numa “guria”, que preferia não ter os pais por perto. Dias antes, pediu ingresso para um show que aconteceria depois de sua morte, iniciou um tratamento de pele, foi ao supermercado comprar a carne. Simulou um futuro onde não pretendia estar.

Vinícius parecia “curado” no mundo real. Na internet, porém, Yoñlu pedia instruções sobre o melhor método de suicídio. Em 23 de junho, comentou que adiaria sua morte porque muita gente estava elogiando suas músicas. A faixa 10 do CD, “Deskjet Remix”, em parceria com um DJ escocês, tocava em festas eletrônicas de Londres. O mundo virtual de Yoñlu alcançava gente de vários países em sites de suicídio e fóruns de música, com quem conversava num inglês desenvolto.

Enquanto Vinícius tecia uma fantasia no mundo real, a realidade estava onde os adultos de sua vida não esperavam encontrá-la: no mundo virtual. A mãe arrumava a mesa para o churrasco de ficção. Bem ali perto, o computador anunciava a morte do filho pelo método conhecido como “barbecue”. Por volta de 11h15, os pais saíram do apartamento que ocupa três andares de um prédio da família, num bairro de classe média de Porto Alegre. Por volta das 12 horas Vinícius ligou para o celular da mãe, avisando que os amigos tinham chegado e que estava “tudo bem”. Às 13 horas, os pais deixaram o violão, que estava no conserto, na portaria do prédio. Vinícius foi buscá-lo. Três horas depois, os pais leriam: “Para garantir uma margem segura de tempo, inventei a história do churrasco, pedindo para que vocês saíssem de casa durante todo o dia. (...) Essa medida fez com que o churrasco de hoje parecesse um grande progresso no que tange a minha condição psíquica, quando na verdade era justamente o contrário”.

O que aconteceu depois foi gravado por Yoñlu no computador. Às 14h28, ele postou num grupo de discussão, sempre em inglês: “Estou fazendo esse método CO (suicídio por inalação de monóxido de carbono) neste momento e tenho duas grelhas queimando no banheiro. Aqui está a foto. Alguém pode me dizer se há carvão suficiente e quando eu posso entrar no banheiro e me deitar? Por favor, por favor, me ajudem! Eu não tenho muito tempo”.

A foto mostra duas churrasqueiras portáteis com chamas, uma ao lado da outra, num banheiro. Às 14h42, alguém diz: “Como você está se virando? Espero que você consiga o que quer. Talvez você volte daqui a pouco tossindo”. Dois minutos depois, Yoñlu escreve: “Ah, meu Deus. Eu não consigo suportar o calor, está tremendamente quente naquele banheiro. O que eu devo vestir para se tornar mais suportável? Eu tomei uma ducha antes, mas não adiantou nada. O que eu posso fazer? E o que eu devo fazer para desmaiar, por Deus?”.

Um bombeiro aposentado de Chicago, segundo o inquérito policial, orientou Yoñlu a retirar as roupas, encharcar algum pano e se enrolar nele para suportar o calor até o momento de desmaiar. O último post de Yoñlu, de Gay Harbour, como ele chamava causticamente Porto Alegre, foi às 15h02. Muito tempo depois, alguém escreveu: “Acho que funcionou, já que ele não entrou mais em contato”.

Às 15h45, o policial federal Enrico Canali, de Porto Alegre, foi chamado ao telefone porque era fluente em inglês. No outro lado da linha estava o policial Ken Moore, de Toronto, no Canadá. Lindsey, uma universitária canadense, amiga virtual de Yoñlu, procurou a polícia de sua cidade para avisar que alguém no sul do Brasil estava se suicidando. Deu o endereço de Vinícius, obtido com outro amigo virtual. Canali acionou a Polícia Militar.

Os PMs Volmir da Silva Ramos, sargento, e Fernando Hermann Heck, soldado, tentavam conter uma mulher em surto psicótico debaixo de um viaduto quando foram chamados pela central. Eram 16h10. A zeladora do prédio demorou 15 minutos para deixá-los entrar, assustada com a presença da polícia narrando uma história que soava absurda. Chamou o avô de Vinícius, que morava em outro apartamento do mesmo prédio. “Não é possível. Só meu neto está aqui, e ele está com os amigos, numa festa”, ele teria dito aos policiais. A cena que encontraram não precisa ser descrita.

Durante cerca de uma hora, o serviço médico tentou reanimar Vinícius. Ele explicou aos pais na carta: “O método que escolhi foi intoxicação por monóxido de carbono, é indolor e preserva o corpo intacto, mas demora, e se a pessoa é resgatada antes de morrer fica com graves lesões cerebrais e torna-se um vegetal”.

Quando o sargento constatou que estava tudo acabado, puxou o pai e a mãe do menino para que ficassem juntos – “porque agora só teriam um ao outro” – e foi embora. Os pais nem precisariam ter lido a carta para entender: “Não houve churrasco, não havia colegas nem guria que eu goste. Peço desculpas pela maneira trapaceira com que arranjei meu suicídio. Peço desculpas também pela maneira assustadora com que a notícia chegará a vocês. Foi a maneira que encontrei de garantir um dia inteiro sozinho a fim de conduzir o procedimento da maneira mais segura”.

Vinícius era um garoto de 1,83 metro de altura, magro e bonito. Mas não era essa a imagem que via. Em alguns momentos, segundo o inquérito, sentia que seu corpo se desintegrava, que seu rosto estava deformado. Procurava então um espelho para ter certeza de que estava ali. Na escola, quando tinha essa sensação, levava um CD para poder se olhar sem chamar a atenção. Aos 12 anos, ele já lia Kafka.

Quando se suicidou, Vinícius legou aos pais o que acreditava ser o melhor dele: Yoñlu, seu eu mais fluido, feito de palavras e de música, existência “salva” na internet. De novo a sua voz: “O computador está cheio de material sobre mim para vocês lerem se quiserem. Todas as minhas conversas no MSN estão gravadas. Eu tinha um blog em http://yonnerz.blogspot.com. Todas as minhas músicas estão salvas...”.

São mais de 60 músicas. Vinícius aprendeu a tocar bateria aos 4 anos, depois piano e violão. Na porta do quarto grudava um cartaz: “Gravando”. Uma vez chamou a mãe para ajudar na canção “Tiger”, faixa 14 do CD: o aparelho nos dentes não permitia que ele gravasse o assobio.

Ao entrar na internet em busca de Yoñlu, os pais encontraram fragmentos de morte. Ele fazia uma ressalva: “Não pensem de forma alguma que eu quis lançar-lhes algum tipo de culpa por terem, de certa forma, ‘assistido’ a minha morte. Não havia nada que pudesse ter sido feito para impedir isso”. E fragmentos de vida. Como a colega de escola que não virou namorada. Para Luana, ele compôs “Mecânica Celeste Aplicada”, a faixa 20 do CD. Diante do amor, Yoñlu não conseguia se passar pelo adulto de 26 anos que dizia ser em grupos da internet. Virava guri, o Pipoca do tradicional Colégio Rosário, Pop Corn nas aulas de inglês, Palomita nas de espanhol. Em qualquer aula, sobre qualquer tema, Pipoca emergia dos fones de ouvido para lançar a pergunta que toda a turma 303, do 3o ano do ensino médio, esperava: “Mas e qual é a relação com a água?”. Todo mundo ria, mas talvez esta fosse a pergunta que ele fazia ao mundo: qual é a relação com a água?

Não foi a primeira vez que Vinícius tentou o suicídio. Mas foi a primeira vez que havia vozes torcendo para ele morrer. Dizendo como ele podia morrer. E, desta vez, ele morreu. No Suicídio.com só existe a exposição de um corpo, o da vítima. Aqueles que disseram “mate-se” são vozes sem materialidade, desmancham-se no ar. Nos outros crimes iniciados pela internet, em algum momento, para consumar o abuso sexual, o assassinato, o criminoso precisa aparecer. É necessário um encontro real para existir o crime. No incitamento ao suicídio, não. A única maneira de impedir a continuidade dessa rede de morte é dar corpo às vozes, nome e sobrenome, dar existência concreta aos fantasmas mórbidos da rede.

No mundo todo, porém, adolescentes têm sido incentivados na internet a morrer sem que ninguém seja punido. No Japão, desde 2005, quando os suicídios ligados à rede aumentaram em 70%, os provedores passaram a ser obrigados a informar qualquer suspeita à polícia. Os casos diminuíram. No Brasil, 39 milhões de pessoas usam a internet, mas os provedores não têm obrigação de preservar provas. Sua responsabilidade só começa depois de receberem a notificação de que um crime está ocorrendo. Na lista dos dez países com maior número de internautas, o Brasil é o único que não tem uma divisão especializada em crimes cibernéticos. O projeto acumula poeira em Brasília desde 2005. A Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal é informal. Tem apenas quatro pessoas. A falta de estrutura somada ao caráter transnacional da rede garante a impunidade.

O crime de indução, instigação ou auxílio ao suicídio é previsto no Artigo 122 do Código Penal Brasileiro. A pena é de dois a seis anos de prisão, dobrada se a vítima for menor de 18 anos. Denunciada por uma canadense e instigada por internautas de diferentes países, a morte de Vinícius não foi considerada um crime pela polícia. Em ofício, a Delegacia de Polícia para a Criança e o Adolescente Vítima despachou o caso para a Polícia Federal, por envolver pessoas e sites de diferentes países. E a PF o mandou de volta em outro ofício dizendo que a atribuição é da Polícia Civil. Depois do empurra-empurra, o delegado Christian Nedel concluiu o inquérito sem indiciar ninguém, por entender que Vinícius tinha a intenção clara de se matar e por não encontrar provas de incitamento ao suicídio. Nenhum dos participantes do site foi sequer identificado. Em entrevista, o delegado admite que até o fato de os diálogos na internet serem em inglês tornou-se um problema.

Em março de 2007, outro adolescente brasileiro se suicidou em Ponta Grossa, no Paraná. Thiago de Arruda, estudante de Educação Física, foi atacado em uma comunidade do Orkut cuja principal missão era fazer fofocas sobre os moradores da cidade. Chamavam Thiago de “homossexual e pedófilo” na internet. O ataque atravessou as paredes virtuais da rede, e ele passou a ser agredido nas ruas de Ponta Grossa. Thiago escreveu na internet que, se as agressões continuassem, ele se mataria. Um internauta disse que ele deveria mesmo se matar e ensinou o mesmo método usado por Vinícius: inalação de monóxido de carbono. Thiago foi encontrado morto na garagem de sua casa. Cinco pessoas foram identificadas pela polícia. Ninguém foi preso.

Não há como saber o que fariam esses adolescentes que suspenderam a vida num chat da internet se conseguissem tornar-se adultos. Em 16 anos, um tempo exíguo demais, Yoñlu deixou um impressionante legado composto de músicas, desenhos e fotografias. Todo o material que ilustra esta reportagem foi feito por ele, é parte do encarte do CD Yoñlu. Em sua carta de despedida, Vinícius escreveu: “Se conseguirem enxergar além da ótica da paternidade, verão que nada de especial aconteceu no dia de hoje. O mundo continua igual. (...) Espero que não tenha ficado nada pendente”.

Ele estava errado. Nada nunca mais será igual. Tudo ficou pendente.
ÉPOCA

Viviane Castro. A nudez que foi castigada


Viviane castro tem 25 anos. conta que há quatro trabalha em “festas e eventos” em Goiás e no Distrito Federal. Está há seis meses no Rio de Janeiro. Nasceu em Luziânia, cidade de Goiás conhecida pela marmelada e pelo Rego das Cabaças, uma fenda com 42 quilômetros de extensão. Viviane só precisou de 4 centímetros para garimpar seus 15 minutos de fama. Encontrada pelo produtor Kiko Alves – “revelador” de musas do Carnaval como Viviane Araújo –, Viviane saiu pela São Clemente, no desfile do Carnaval carioca deste ano, vestindo um tapa-sexo de 4 por 9 centímetros. Que sumiu durante o desfile.

A peça, uma tira de emplastro de cânfora, coberta com purpurina e spray iluminador, presa com supercola à genitália da modelo minutos antes da apresentação, ficou invisível, tornando o resto bastante visível. Segundo ela, o tapa-sexo pigmeu agarrou-se com tal frenesi a seu corpo que só foi possível retirá-lo, com muita paciência, com meia hora de banheira quente, bem depois do desfile.

A celebridade instantânea foi boa para Viviane – promovida a capa de uma pequena revista erótica carioca, para a qual havia posado antes do Carnaval (ela não revelou o cachê) – e enfureceu a São Clemente, que perdeu meio ponto na apuração do desfile das escolas de samba. Última colocada, a São Clemente teria sido rebaixada mesmo sem essa punição. Em 1990, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) determinou que não poderia haver “exibição da genitália desnuda” na Sapucaí. “Não tive muito tempo para pensar, mas da forma como (o caso) foi conduzido eu considero um ato de censura”, disse Viviane.

A regra foi criada depois que Enoli Lara desfilou nua em 1989, pela União da Ilha, representando Afrodite, a deusa grega do amor, vestindo apenas um par de botas. No ano seguinte, Joãosinho Trinta criticou a proibição no enredo “Todo Mundo Nasceu Nu”. O ator Jorge Lafond desfilou com o corpo todo coberto... de purpurina. A Liesa respondeu à provocação ampliando a regra: estava terminantemente proibido desfilar com a “genitália desnuda, pintada ou decorada”. Em 1992, a regra finalmente fez uma vítima: o próprio Joãosinho. O ator Torez Bandeira desfilou pela Beija-Flor vestindo apenas um esparadrapo, que acabou caindo de seus genitais durante o desfile, custando 2 pontos à escola.

Os carnavalescos têm todo o direito de se regular da maneira que considerarem a mais correta. Mas outras centenas de tapa-sexos compareceram ao Sambódromo nas duas noites de folia. Nos últimos anos, foram milhares. Alguns tapando o púbis inteiro. Outros tapando só parte do púbis. Tapa-sexos crespos, lisos, oxigenados, adornados com lantejoulas, miçangas, fitinhas, lacinhos, espelhinhos. Se o emplastro de Viviane medisse 8 centímetros, tudo bem? Se medisse 6, custaria meia punição? Se medisse 12, seria aplaudido de pé pelo júri? A partir de que ponto um tapa-sexo deixa de ser uma celebração da beleza e passa a ser uma ofensa imperdoável?

A missão de um tapa-sexo é tapar o sexo. Não é tapar o púbis, nem a virilha, nem o períneo, nem o sovaco. Nem sequer se pode dizer da moça que estava nua em pêlo – ela estava depiladíssima, quase angelical, em sua fantasia de índia. Se alguma coisa destoava ali, era precisamente o tapa-sexo, que os índios não usam. No quesito Alegoria, Viviane merecia nota 10.

A gradação da nudez, essa escala de valores morais e estéticos pleiteada pelos organizadores do Carnaval do Rio, não é fácil de compreender. Peitos descomunais pode, nudez traseira ululante pode, corpos inteiramente fabricados pode, toda sorte de insinuação sexual pode. Nudez frontal, mesmo a mais maquiada, produzida, sublimada, nem pensar. O beiço dado pelos senhores do Carnaval aos adoráveis recônditos que Viviane revelou artisticamente ao mundo, a serviço do enredo de uma escola de samba, soa mais ou menos como, numa churrascaria, o garçom se escandalizar porque você pediu uma maminha. Uma contradição inominável.

A nudez sempre foi o grande ingrediente da arte do Carnaval. Os corpos são a moldura, a tela e a tinta das obras pintadas ali, a céu aberto. Proibir a exposição dos corpos no Carnaval não é só um paradoxo. É uma diminuição das possibilidades artísticas do evento. Um Carnaval regido pelo moralismo e pela caretice, que se deixe encampar por estes tempos terrivelmente conservadores que vivemos, é algo a lamentar. Assim como o fato de que a festa de 2008, infelizmente, pode entrar para a História como o Carnaval da censura.
ÉPOCA

sábado, 2 de fevereiro de 2008


Uma professora do ensino médio foi condenada a seis anos de prisão nesta terça-feira (19) por ter mantido relações sexuais com cinco garotos adolescentes.

As autoridades dizem que Allenna Ward, de 24 anos, abusou dos jovens (com idades entre 14 e 15 anos) em Laurens, na Carolina do Sul (nos Estados Unidos), em diversas ocasiões -num motel, num parque e num restaurante.

"Peço desculpas do fundo do meu coração", afirmou Ward perante os juízes.

A polícia iniciou a investigação no ano passado, após diretores da escola terem encontrado um bilhete que teria sido escrito pela professora a um dos garotos.

"Sinto que a Justiça foi feita", disse a irmã de uma das vítimas ao final do julgamento. "Estamos satisfeitos que isso acabou."
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Carmen Miranda (Maria do Carmo Miranda da Cunha)

* 9/2/1909 Marco de Canavezes, Portugal
+ 5/8/1955 Beverly Hills, Los Angeles, EUA

Cantora - Atriz - Dançarina

Nasceu em Portugal, na pequena aldeia de Marco de Canavezes, Distrito do Porto, vindo para o Brasil com apenas 18 meses.

Seu pai, José Maria Pinto da Cunha, que exercia a profissão de barbeiro, imigrou para o Brasil primeiro.

A mãe, Maria Emília Miranda da Cunha, veio em seguida, trazendo a pequena Carmen e a outra filha mais velha, Olinda.

A família cresceu no Brasil com o nascimento de mais quatro irmãos, Amaro, Cecília, Aurora e Oscar.

Moraram inicialmente em um quarto de aluguel na Rua da Candelária; depois transferiram-se para a Rua Joaquim Silva, na Lapa, até resolver abrir uma pensão.

Encontraram uma grande casa na Travessa do Comércio, nº 13, na Praça XV, e para lá se mudaram.

A mãe assumiu a direção da pensão que fornecia refeições a empregados do comércio e ainda aceitava hóspedes.

O estabelecimento logo passou a ser freqüentado por músicos da época, como Pixinguinha e seu grupo que eram assíduos.

Ainda menina, estudou alguns anos num colégio de freiras, a Escola Santa Tereza, que atendia a crianças humildes, situado no bairro da Lapa, Centro do Rio.

Na infância era chamada pelos apelidos de Bituca e de Carmen por seus familiares.

Ainda adolescente aprendeu a costurar com a irmã Olinda.

Com apenas 15 anos começou a trabalhar como balconista de lojas de roupas femininas, de chapéus e gravatas. Na Maison Marigny, aprendeu a decorar chapéus femininos e logo depois já estava empregada como aprendiz na loja La Femme Chic, no Centro do Rio, onde passou a confeccionar chapéus orientada por Madame Boss.

Desde menina demonstrou inclinação para a música, cantando para os amigos em festas, acompanhando os programas radiofônicos de então e imitando as cantoras que faziam sucesso na época, como Araci Cortes.

Na década de 1930, teve um namorado, que ela declarou ter sido o grande amor de sua vida, o remador do Flamengo Mário Cunha.

Em 1938, quando estava em excursão na Argentina com Aurora, recebeu a notícia do falecimento de seu pai.

Foi para os Estados Unidos em 1939, contratada para alguns "shows" em Nova York, na Broadway, onde acabou permanecendo por um ano.

Em 1940 retornou ao Brasil, a fim de rever os amigos e para o casamento de sua irmã Aurora, retornando meses depois para cumprir novo contrato nos Estados Unidos, levando D. Maria.

Um ano depois, Aurora transferiu-se com o marido, e a família passou a viver junta.

Em 1943, submeteu-se a uma operação plástica no nariz, fato que quase lhe impediu a vida artística, pois o médico era um charlatão.

Foi obrigada a refazer a operação com um especialista e, no pós-operatório, foi constatada uma infecção no fígado, que se espalhou e quase lhe tirou a vida.

Em 1947, casou-se com David Sebastian, um assistente de produção norte-americano, com o qual viveu em meio a desentendimentos, fato que, segundo seus biógrafos, foi um dos motivos da forte depressão que a acometeu na época de seu retorno temporário ao Brasil, em 1954.

Em 1948, a imprensa anunciou sua gravidez, confirmada por ela e por seu marido, que declarou que, se nascesse menino, eles o batizariam de Robert, e ela anunciou que, se fosse menina, chamar-se-ia Maria Carmen.

Muitos afirmam que a gravidez não ocorreu de fato, tratando-se, antes, de estratégia de "marketing" para justificar seu impedimento de viajar ao Brasil para receber uma condecoração oferecida pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

De qualquer forma, pouco tempo depois, num dia de trabalho exaustivo, foi internada às pressas e, segundo a imprensa, perdeu a criança que nasceria em março de 1949.
Faleceu em sua residência, em Beverly Hills, Los Angeles, em 5 de agosto de 1955, com apenas 46 anos.

A família decidiu sepultá-la no Brasil, onde foi velada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

O cortejo saiu no Aeroporto do Galeão, às 10:30h da manhã do dia 12 de agosto, quando seu corpo chegou ao Brasil, e foi acompanhado por uma multidão de fãs calculada em cerca de meio milhão de pessoas.

Ao passar pela Avenida Rio Branco, uma chuva de papel picado deu à cena mais emoção, reforçada pelos carrilhões da Mesbla, que executavam o refrão de "Adeus batucada", de Synval Silva, grande sucesso na voz dela.

Milhares de lenços brancos foram agitados pela multidão ao longo do trajeto até a Câmara Municipal, onde seu corpo recebeu a visitação de centenas de milhares de fãs.
Músicas de Todos os Tempos
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A Toshiba levantou nesta terça-feira (19) a bandeira branca na guerra pela supremacia no formato dos filmes de alta definição ao abandonar o formato HD-DVD. A desistência ocorreu depois que a empresa perdeu apoio de estúdios de cinema e grupos de varejo importantes que optaram pela tecnologia rival Blu-ray, promovida pela Sony .

A decisão da fabricante japonesa de eletrônicos encerra sua batalha com o consórcio comandado pela Sony quanto ao padrão dominante para a próxima geração de discos ópticos, uma disputa que confundiu os consumidores e impediu que o mercado de DVDs domésticos, que movimenta 24 bilhões de dólares ao ano, adotasse novas tecnologias mais rapidamente.

A vitória do Blu-ray significa que o consumidor não precisa mais escolher entre formatos rivais incompatíveis, correndo o risco de optar por um equivalente do padrão Betamax no século 21 -- tecnologia da Sony para videocassetes que foi derrotada pelo sistema VHS nos anos de 1980. O disco Blu-ray tem capacidade máxima de até 50 GB de dados, contra 30 GB do HD-DVD.

No mercado de games, a Microsoft, com seu Xbox 360, apoiava o HD-DVD. Seu concorrente, o PlayStation 3, da Sony, já utilizava o Blu-ray e é considerada a opção mais barata de tocador à venda, por cerca de US$ 400.

A Toshiba, que esperava que o HD-DVD promovesse o crescimento de suas operações de bens eletrônicos de consumo, anunciou que encerraria suas operações com o formato pelo final do mês que vem.

"Foi uma decisão difícil de tomar... mas quando pensamos sobre os problemas que poderíamos causar aos consumidores e aos nossos parceiros, decidimos que não era certo para nós continuar insistindo com uma presença tão pequena", disse Atsutoshi Nishida, presidente-executivo da Toshiba, em entrevista coletiva.

A empresa informou que continuará a fornecer assistência técnica aos aparelhos HD- DVD atuais e acrescentou que espera lucro maior no próximo ano fiscal devido ao corte das despesas com a promoção do HD-DVD.

A maré se voltou contra o HD-DVD depois da deserção da Warner Bros., estúdio controlado pela Time Warner e que optou pelo Blu-ray em janeiro.

Grandes grupos de varejo norte-americanos acompanharam essa decisão, entre os quais Wal-Mart, Best Buy e o grupo de locação online de vídeos Netflix . Com isso, os especialistas começaram a escrever o obituário do HD-DVD.
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Um professor de Londres resolveu acabar com os acidentes e brincadeiras de alunos que se inclinam para trás na cadeira. Ele desenvolveu um móvel que impede o movimento e promete dar aos docentes uma vida mais tranqüila, pelo menos no quesito acidente em sala de aula.

A cadeira foi chamada de “Max” e o nome de seu inventor é Tom Wates, ex-professor de matemática e educação física acostumado a lidar com as quedas de alunos. “Estava no meio de uma lição e, de repente, uma criança caía. Todos riam e era preciso começar tudo de novo”, disse o autor do projeto à Reuters.

A nova cadeira oferece maior apoio na região lombar das costas, forçando as crianças a se sentarem retas. Além disso, as pernas de trás têm uma angulação diferenciada para impedir quedas. De acordo com Wates, é impossível forçar a cadeira para trás mais do que alguns centímetros.

Mesmo antes de ser lançado, 18 escolas já pediam 1.500 exemplares do móvel, que será vendido por valor equivalente a R$ 50,85. A cadeira tem as cores azul, vermelha, verde, preta e branca e serve tanto para adultos quanto para crianças.
Postado por Igor Viana Marcadores:

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Sobral. Uma sucessão de tremores de terra vem assustando os moradores de municípios da Região Norte do Ceará. O abalo ocorrido no último sábado, por volta das 23 horas, foi percebido pela população dos municípios de Alcântaras, Camocim, Cariré, Coreaú, Granja, Forquilha, Guaraciaba do Norte, Jijoca de Jericoacoara, Jordão, Massapê, Meruoca, Morrinhos, Mucambo, Santa Quitéria, São Benedito, Sobral, Tianguá e Ubajara, no Ceará; e também em pelo menos nove municípios piauienses.

E, em alguns destes locais, houve pânico. Tanto que o sub-tenente do Corpo de Bombeiros, Marcos Costa, também secretário executivo da Defesa Civil de Sobral, se deslocou a Alcântaras, na noite de ontem, para acalmar a população, durante a missa. Lá, por alguns minutos, a cidade chegou a ficar sem energia elétrica e segundo suas informações, quatro casas de uma mesma rua ficaram rachadas.

Oficialmente, a Defesa Civil inclui apenas três municípios entre os que sentiram o abalo: Alcântaras, Jordão e Sobral.

Em Jordão, duas casas apresentaram rachaduras e vários atendimentos sem gravidade foram realizados nas unidades de saúde, em decorrência dos momentos de tensão e pânico.

Conforme o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora toda a Região Nordeste, através do Projeto do Milênio, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o tremor ocorreu na região de Alcântaras, às 22h59min, e a magnitude preliminar calculada foi de 3,5 na Escala Richter, com duração de 30 segundos. O tremor foi sentido num raio de aproximadamente 60 quilômetros.

Informação confirmada pelo sub-tenente Costa. Mas foi preciso deslocamento até a estação sismológica de Itataia, em Santa Quitéria, pois o sismógrafo de Sobral está quebrado.

Conforme o técnico da UFRN, Eduardo Alexandre de Menezes, uma equipe do laboratório estará em Sobral hoje para avaliar de perto as causas dos tremores . “A UFRN mantém uma estação sismográfica digital de ultima geração instalada em Sobral e que também faz parte da rede de estações do Projeto do Milênio, do CNPq. Por meio dela, os técnicos deverão instalar, nesta semana, um link, via Internet para melhor acompanhar a atividade sísmica que vem acontecendo desde o fim de janeiro”.

Apesar disso, adianta que, possivelmente, o que está acontecendo ao Norte do Ceará são tremores motivados por movimentos tectônicos, resultantes da movimentação das rochas no interior da Terra, em função da sua própria rotação, a cerca de 10 a 12 quilômetros de profundidade. “Acompanhamos os episódios desde 1989 na Região, que é muito propícia a tremores”, explica.

Técnicos da Defesa Civil e uma equipe do Laboratório de Sismologia de Sobral e Fortaleza percorreram toda a região ontem com a finalidade de orientar a população.

Os últimos tremores noticiados aconteceram na semana do Carnaval, mas só agora o fenômeno foi sentido fortemente na cidade de Sobral. Segundo especialistas, a região localiza-se sobre falhas geológicas.

O maior tremor de terra já acontecido no Ceará e também no Nordeste ocorreu em 20 de novembro de 1980, em Pacajus, com 5,2 na Escala Richter.

Piauí

No centro-norte do Piauí, segundo relatos de moradores e de um site local, também foram sentidos tremores. Levantamento do site ´cidadeverde.com´ apontou que o abalo surgido na região norte do Ceará foi sentido em nove municípios piauienses: Teresina, Piracuruca, São João da Fronteira, Cocal dos Alves, Cocal, Piripiri, Lagoa do São Francisco, Pedro II e Domingos Mourão. O tremor também teria sido sentido por volta das 23 horas desse sábado. No município de Piracuruca, os bairros Guarani, Esplanada e Três Lagoas sentiram o sismo, informou o site.

DICAS

Ao sentir os primeiros tremores, afaste-se de móveis que possam tombar e abrigue-se debaixo de uma mesa resistente

Se possível, abra a porta para assegurar rota de fuga. Pois, dependendo da intensidade do tremor, se a residência empenar-se, a porta provavelmente não irá se abrir

Ao sair de casa ou de prédios residenciais, muita atenção em relação a objetos que possam cair, como vidros de janelas, telhas etc.

Não saia de casa descalço. É recomendável calçar sapatos ou sandálias de solado grosso para evitar ferimentos

TODA REGIÃO NORTE

Tremor foi sentido até em Teresina

Sobral. Eram 23 horas de sábado quando um forte tremor, seguido de um barulho de explosão, derrubou objetos dos móveis, tremeu camas, paredes e abriu grandes rachaduras em diversas casas na Região Norte do Ceará.

Em Alcântaras, onde foi sentido com mais intensidade, a população ficou apavorada: pessoas passando mal, em estado de choque; crianças e adultos chorando sem saber a quem recorrer. Muitos ligaram para programas de rádio locais e lá souberam que diversas localidades também tinham sofrido os abalos.

Apesar de não haver gravidade, o movimento no Hospital de Alcântaras foi intenso. Segundo o enfermeiro plantonista Adriano Mendes, as pessoas pediam para verificar a pressão arterial, procuravam medicamentos e uma grávida foi levada às pressas para a Santa Casa de Sobral em estado de choque, por causa do susto.

Centenas de pessoas assustadas deixaram as ruas daquele pequeno município bastante movimentadas na madrugada de sábado para domingo.

A casa de Luzia Firmino de Souza, 38, ficou sem energia elétrica após o tremor e ela foi dormir na casa da mãe com seus dois filhos. “Eu estava dormindo, acordei com o barulho e já estava tudo balançando dentro de casa quando caí da cama”, disse. Já a aposentada Luzia Lauriano Moreira, 70, foi levada nos braços de vizinhos para fora de sua residência. “Estou toda dolorida, não consegui ficar em pé sozinha, fiquei paralisada, minha filha está muito nervosa”, contou.

Já em Sobral, moradores de diversos bairros sentiram o tremor e correram para as calçadas. Assustada, a população comentava o ocorrido nos bairros Junco, Campo dos Velhos e Terrenos Novos, entre outros.

Em Campo dos Velhos, a família da dona-de-casa Antônia Oliveira, 78, saiu de casa e foi para a rua. Seu filho Antônio Rodrigues, 42, contou que tinha acabado de sentar quando sentiu as pernas tremerem. “Minha filha, assustada, correu e segurou na minha mão dizendo que aquilo era um terremoto”, relatou.

Na mesma rua, Kátio Eufrázio Mesquita, 26, contou que escutou as telhas tremerem e seus pássaros ficaram desesperados, se batendo na gaiola.

Enquanto a equipe de reportagem estava em Alcântaras, na madrugada de domingo, outros dois pequenos abalos foram sentidos, à 01h05min e outro 10 minutos depois. Moradores relatavam que vários foram sentidos após o tremor das 23 horas, que foi o mais forte e temido por todos.

Susto no estado vizinho

O fenômeno estava acontecendo com freqüência apenas em Jordão. Mas, neste sábado, chegou a diversos municípios se estendendo até a Serra da Ibiapaba e a alguns municípios do Piauí. De Terezina, capital daquele Estado, o empresário Everaldo Alves Evangelista, 49 anos, afirmou que, mesmo sobre a cama, no seu apartamento, localizado no oitavo andar do prédio onde mora, sentiu um forte tremor.

“Foi ontem (sábado), por volta das 23 horas. Senti a cama tremer e a luminária de pé também. Durou mais ou menos de 15 a 20 segundos. Meu primo, que estava sentado na varanda, no outro lado do apartamento, também sentiu. Até pensou que fosse uma brincadeira de alguém da casa. Ainda estamos muito impressionados. Outros moradores do prédio também sentiram”, contou Everaldo.

Conforme noticiou o site ´cidadeverde.com´, no município de Cocal dos Alves, na região norte do Estado, moradores teriam, por medo, deixado as residências e corrido para a praça principal da cidade. Ainda segundo o site, o prefeito desse município, Chaguinho Monção, afirmou que algumas pessoas deram conta de um abalo rápido e que não é a primeira vez que Cocal dos Alves percebe o sismo. De acordo com o prefeito, algo semelhante foi percebido há 20 anos.

CRONOLOGIA

FEVEREIRO/2008 Jordão e Meruoca, durante o Carnaval, com vários episódios durante um dia. Estima-se que teve magnitude de 3,0 na Escala Richter

JANEIRO/2008 Região Serrana na Zona Norte, em Jordão. A Defesa Civil disse que a magnitude foi de 2,5

JULHO/2007 Jaguaribara. Em 10 de julho alcançou 2,3 na Escala Richter, entre outros episódios no mesmo período

OUTUBRO/2006 Ibicuitinga, com 2,6 de magnitude. Casas ficaram rachadas e população em pânico

JUNHO/2006 Jordão, na Região Norte, com magnitude de 2,5 pontos, o maior. Já em Cascavel, foram registrados abalos de 2,2 pontos

APREENSÂO

Apreensão na madrugada: foi difícil retornar ao lar após o susto.

1 Em Alcântaras, muitas famílias ficaram do lado de fora, mesmo cansadas

2 O medo estava no rosto de cada pessoa

3 Muitas casas apresentaram rachaduras

4 No Sítio Jardim, a 28 km de Sobral, uma grande pedra rolou, abrindo uma clareira na vegetação

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O advogado americano David Adams propôs, em um artigo publicado no jornal americano The New York Times, que a criação de um novo tipo de cigarro poderia ser uma solução para diminuir o número de fumantes. Não se trata de um contra-senso: Adams sugere a criação de um cigarro com níveis de nicotina que não viciem.

Diretor da equipe política do Food and Drugs Administration, o órgão que cuida da regulamentação de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, entre 1992 e 1994, Adams defende o controle do vício que, por ano, causa 440 mil mortes no país, segundo dados do Instituto de Medicina da National Academy of Sciences. As vítimas são mais numerosas do que a soma das mortes causadas por Aids, álcool, cocaína, heroína, acidentes de trânsito, homicídios e incêndios. Os gastos com os problemas de saúde causados pelo cigarro custam US$ 89 bilhões anuais.
Época
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O bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, foi indiciado na semana passada pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos. De acordo com o inquérito produzido pela delegacia da Polícia Federal de Itajaí, em Santa Catarina, Edir Macedo teria cometido esses crimes ao transferir a propriedade de uma retransmissora da Rede Record, a TV Vale do Itajaí.

O inquérito da PF acaba de chegar à mesa do procurador Marcelo Mota, do Ministério Público Federal de Santa Catarina. Agora, Mota deve analisar o trabalho da polícia e decidir se denuncia ou não o bispo Macedo. Caso seja denunciado, Macedo se tornará réu e deverá ir a julgamento. A pena para os crimes de falsidade ideológica e de uso de documento falso pode chegar a cinco anos de prisão.

O delito cometido por Macedo, segundo a PF, seria o “preenchimento abusivo” de um documento usado na transferência de propriedade da emissora. Pelas regras do Ministério das Comunicações, toda mudança no quadro societário das empresas de radiodifusão precisa de autorização prévia. Ao transferir a propriedade da TV Vale do Itajaí do nome de um ex-pastor da igreja para o de outro bispo, esse pedido de autorização teria sido feito, segundo a PF, por meio de um documento falso: o bispo Macedo teria preenchido uma procuração em branco, previamente assinada pelo ex-pastor. Se essa fraude for comprovada, a concessão da TV Vale do Itajaí poderá ser cassada, segundo afirma o advogado Ericson Meister Scorsin, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo e especialista em Regulação dos Serviços de Radiodifusão.

A pedido de ÉPOCA, Scorsin analisou o relatório da PF. Sua conclusão, emitida por meio de um parecer, é a seguinte: “Havendo prova quanto à prática de ilícito criminal, caracterizado pela falsidade documental em documento federal, há, sim, reflexos sobre a habilitação da pessoa jurídica exploradora do serviço de televisão. Trata-se de um forte motivo para abertura de processo administrativo”.

Fundada por Edir Macedo em 1977, a Igreja Universal do Reino de Deus tem 8 milhões de fiéis no Brasil. Com 4.700 templos em 172 países, ela é mais globalizada que a rede de lanchonetes McDonald’s, presente em 118 países. A legislação brasileira não permite que igrejas sejam donas de empresas de radiodifusão. Mesmo assim, Macedo controla a Rede Record. Em seu nome e no de pastores da Universal estão 23 emissoras de TV e 40 de rádio. O processo em Itajaí pode ser uma pista de como ele expandiu os negócios da igreja e como mantém a fidelidade dos bispos e pastores, sócios das emissoras do grupo.

O relatório final da PF sobre o caso de Itajaí levanta uma dúvida: o que os agentes dizem ter descoberto é um fato isolado ou uma prática usual do bispo Macedo para comandar empresas de radiodifusão? Pelo roteiro descrito no relatório da PF, é impossível chegar a uma conclusão. Mas os fatos parecem comprometer o bispo.

Em 1998, Marcelo Nascente Pires, então pastor da Igreja Universal e homem do grupo de confiança de Edir Macedo, comprou participações societárias em duas emissoras em Santa Catarina: a TV Vale do Itajaí e a Televisão Xanxerê Ltda. As duas haviam passado pouco tempo antes a retransmitir a programação da Record. Para conseguir o dinheiro necessário para a compra, Marcelo Pires pedira um empréstimo de R$ 350 mil à Cremo Empreendimentos, uma empresa de São Paulo que pertence a religiosos ligados à Universal. Depois, Pires se desentendeu com Edir Macedo. Ele deixou a Igreja Universal em 2000. Dois anos mais tarde, Macedo, de acordo com o relatório da PF, teria usado uma procuração assinada por Pires para transferir a propriedade das duas emissoras para o nome do então presidente da TV Record, bispo Honorilton Gonçalves.

Pires procurou a polícia e denunciou a suposta fraude. Afirmou que a assinatura da procuração era dele, mas o conteúdo do documento fora preenchido posteriormente. Questionado por ÉPOCA, Pires não quis explicar as razões que o levaram a assinar um documento em branco.

A procuração usada pelo bispo foi examinada pelo perito particular Claus Guenter Rottschaefer, do Instituto de Criminalística do Estado do Paraná, contratado por Pires. Também foi analisada por peritos da Polícia Federal, a pedido do delegado Anníbal Gaya, encarregado do caso. As duas perícias encontraram indícios de que o documento teria sido fraudado. São eles:

1) o trecho com o nome das empresas que seriam vendidas parece ter sido acrescentado posteriormente, numa tipologia gráfica distinta;

2) a procuração é de 1996, mas, no documento, a TV Xanxerê aparece com um nome (Televisão Xanxerê Ltda.) que só passou a adotar em 1998. Antes, ela se chamava RCE Xanxerê Ltda.;

3) Marcelo Pires assinou o documento em 1996, mas sua firma só foi reconhecida em cartório em 2003;

4) o trecho inicial da procuração cita “a empresa”, no singular, como objeto da negociação. Em seguida, o documento menciona três empresas, a Xanxerê, a TV Vale do Itajaí e a Rede Fênix de Comunicação, uma associação formada pelas duas emissoras, Xanxerê e Vale do Itajaí.

Edir Macedo foi procurado pela reportagem de ÉPOCA. Em nome dele falou seu advogado, Arthur Lavigne. “Não é a primeira vez que surge uma acusação contra Edir Macedo. A Justiça sempre arquiva ou absolve meu cliente”, diz Lavigne. “Defendo Macedo há 12 anos em vários processos, e ele nunca foi condenado.” Em 1992, o bispo Edir Macedo ficou preso 12 dias, acusado de charlatanismo, estelionato e lesão à crendice popular. Ao final do processo, foi absolvido. Convocado pela PF mais de uma vez para prestar depoimento, Macedo faltou a todas as audiências. Seu advogado diz que ele faltava porque mora nos Estados Unidos. O delegado Gaya, responsável pelo caso, não quis fazer comentários. Disse que todas as informações constam do inquérito enviado ao Ministério Público Federal.

O relatório da Polícia Federal (acima) formaliza o indiciamento criminal de Macedo

Época

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008 às 8:25:00 PM | 0 comentários  
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SINOPSE:

Michael Clayton (George Clooney) trabalha numa das maiores firmas de advocacia de Nova York, tendo por função limpar os nomes e os erros de seus clientes.

Tendo trabalhado anteriormente como promotor de justiça e vindo de uma família de policiais, Clayton é o responsável por realizar o serviço sujo da firma Kenner, Bach & Ledeen, que tem Marty Bach (Sydney Pollack) como um de seus fundadores.

Apesar de estar cansado e infeliz com o trabalho, Clayton não tem como deixar o emprego, já que o vício no jogo, seu divórcio e o fracasso em um negócio arriscado o deixaram repleto de dívidas.

Quando Arthur Evans (Tom Wilkinson), o principal advogado da empresa, sofre um colapso e tenta sabotar todos os casos da U/North, uma empresa que é cliente da Kenner, Bach & Ledeen, Clayton é enviado para solucionar o problema.

É quando ele nota a pessoa em que se tornou.

INFORMAÇÕES:

Título Original: Michael Clayton

Atores: Tom Wilkinson, Michael O'Keefe, Sydney Pollack, Danielle Skraastad, Tilda Swinton, George Clooney, Wai Chan, Alberto Vazquez

Diretor: Tony Gilroy

Data de Lançamento: 27/03/2008

Duração: 119 Minutos

Idiomas: Inglês

Legendas: Português

Áudio: Dolby Digital 2.0

Formato de Tela: Widescreen

Tamanho: 390Mb

Formato: RMVB

Gênero: Suspense

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O Homenzinho Azul, que nos anúncios da Johnson & Johnson aparecia enrolado em uma toalha saindo do banho rebolando e cantando, foi criado em 1978, por Edmar Salles, da agência Lowe Lintas, e animado por Walbercy Ribas, para comunicar a marca de hastes flexíveis COTONETES.

O comercial de estréia, que fazia parte de uma campanha com o objetivo de reforçar o conceito de hastes flexíveis conquistou Leão de Bronze no Festival de Cannes do mesmo ano.

O objetivo da campanha, que tinha como tema “Gente grande também precisa de carinho”, era mostrar que o produto tinha outros usos além dos cuidados infantis.

Desde então, a empresa já produziu mais de 20 filmes com o personagem que ainda hoje ilustra a embalagem dos Cotonetes Johnson & Johnson.

Hoje, esse gordinho, careca e simpático é visto pelos consumidores como uma figura bem resolvida por não ceder à pressão dos padrões estéticos.
mundodasmarcas
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Um estudo realizado em ratos nos Estados Unidos sugere que a ingestão de sacarina - tipo de adoçante usado principalmente em refrigerantes dietéticos - pode provocar aumento de peso maior que a ingestão de açúcar.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Purdue, em Indiana, o sabor doce causado pelo consumo de sacarina estimula o sistema digestivo a se preparar para a ingestão de uma grande quantidade de calorias.

Se essas calorias não são ingeridas, eles afirmaram, o organismo fica desregulado e, como resultado, pede mais comida ou queima menos calorias, o que provocaria o aumento de peso.

O estudo, publicado na edição desta semana da revista científica Behavioral Neuroscience, gerou reações da indústria alimentícia, para quem a pesquisa "simplifica" as causas da obesidade.

Calorias

Para realizar o estudo, os cientistas acompanharam a alimentação de 17 ratos. Nove receberam iogurte adoçado com sacarina e oito com açúcar. Depois do iogurte, os animais receberam a dieta normal.

Após cinco semanas, os ratos que consumiram a sacarina ganharam 88 gramas, enquanto os que ingeriram glicose tiveram um aumento de peso de 72 gramas - uma diferença de mais de 20%.

Os ratos que tomaram o iogurte com a sacarina consumiram mais calorias e tiveram aumento de 5% na taxa de gordura do corpo, de acordo com o estudo.

"Os resultados claramente indicam que consumir alimentos adoçados com sacarina pode levar a um aumento de peso e da taxa de gordura maior do que o consumo de açúcares calóricos", diz o estudo.

Segundo Susan Swithers, uma das autoras da pesquisa, as experiências em laboratório indicam ainda que outros adoçantes artificiais, como o aspartame e o acessulfame K, que oferecem o gosto doce, podem ter o mesmo efeito da sacarina.

Críticas

O estudo gerou reações da indústria alimentícia. Em uma entrevista publicada na edição desta segunda-feira do jornal americano Los Angeles Times, Beth Hubrich, uma das representantes dos fabricantes de refrigerantes dietéticos nos EUA, rejeitou os resultados da pesquisa.

Segundo ela, "o estudo simplifica demais as causas da obesidade". Além disso, afirmou, "a descoberta nos animais pode não ser verdadeira quando testada nos humanos".

Um porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição afirmou que os resultados são "interessantes", mas não provam que os adoçantes podem ser prejudiciais nas dietas dos humanos.

Para a organização, o tema ainda requer mais pesquisas.
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"Eu acredito que a cadência e a harmonia certas no momento certo podem despertar qualquer sentimento, inclusive o da felicidade nos momentos mais sombrios’’

Essa frase é de um adolescente de 16 anos. Um garoto que amava Radiohead, Mutantes e Vitor Ramil. Foi escrita no dia de seu suicídio. Era parte de sua carta de despedida. Ele dizia aos pais que a música era a melhor maneira de enfrentar o desespero que viria. Antes de começar a morrer, colou a carta no lado externo da porta do banheiro. Acima dela, um cartaz: “Não entre. Concentrações letais de monóxido de carbono”. Vinícius ligou o aparelho de som – “porque é bom morrer com música alegre” – e entrou.

Essa frase escrita na morte se transformou num legado de vida ao ser impressa no encarte do CD que será lançado ainda em fevereiro pela Allegro Discos, com 23 músicas de sua autoria. Parte delas foi entregue aos pais na forma de uma herança às avessas: “Deixei na mesa do computador um envelope vermelho da Faber-Castell que contém um CD com algumas de minhas músicas”. Yoñlu, o título do CD, é o nome com o qual batizou a si mesmo no mundo em que circulava com mais desenvoltura: a internet.

Ambos, Vinícius e Yoñlu, morreram por asfixia por volta das 15h30 de uma quarta-feira de inverno, 26 de julho de 2006. Vinícius foi estimulado ao suicídio e auxiliado por pessoas anônimas na internet. Ele é a primeira vítima conhecida no Brasil de um crime que tem arrancado a vida de jovens de diferentes cantos do mundo – uma atrocidade que poderia ser chamada de Suicídio.com.

Encobertos pelo anonimato da rede, internautas de diferentes nacionalidades têm dito em várias línguas a pessoas muito frágeis, a maioria delas adolescentes: “Mate-se”. O suicídio de Simon Kelly, de 18 anos, em Cornwall, na Inglaterra, foi um dos primeiros sinais de que algo de macabro estava acontecendo no reino da internet. No verão de 2001, o garoto aproveitou uma viagem dos pais para acessar sites sobre suicídio com detalhes técnicos de como poderia se matar. Morreu de overdose enquanto conversava com “amigos” virtuais em uma sala de bate-papo. A banalidade dos diálogos travados enquanto o adolescente tirava a vida é chocante. Ninguém tentou dissuadi-lo ou buscou ajuda. Um internauta procurou apenas convencê-lo a dar uma última olhada no mar antes do fim. Simon respondeu: “Fiz isso no domingo. Vejo vocês do outro lado”. A morte foi transmitida pela câmera do computador.

Somente em 2005, 91 pessoas, a maioria entre 20 e 30 anos, suicidaram-se no Japão, estimuladas por sites na internet. Apenas em um mês, março de 2006, houve três casos de suicídios coletivos combinados em fóruns virtuais no país: 13 internautas morreram. Desde o ano passado, 14 jovens da região de Bridgend, no sul do País de Gales, se mataram. Alguns deles estavam ligados por um site de relacionamento que difundia uma idéia “romântica” do suicídio. O mais velho tinha 26 anos. Nos últimos seis anos, a Papyrus, entidade dedicada à prevenção do suicídio, registrou 27 mortes incentivadas pela internet apenas na Grã-Bretanha. A vítima mais jovem tinha 13 anos.

No mundo virtual não há nenhuma perversão nova, apenas as velhas modalidades que já assombravam as ruas da realidade. A diferença é que, na internet, qualquer um pode exercer seu sadismo protegido pelo anonimato, na certeza da impunidade. Basicamente, a idéia é: “Se ninguém sabe quem eu sou, não só posso ser qualquer um, como posso fazer qualquer coisa”. Megan Meier, uma adolescente americana de 13 anos, foi uma vítima da mais banal das maldades, cuja potência de destruição foi multiplicada na internet. Depois de receber mensagens hostis de um “amigo” virtual no site de relacionamento MySpace, Megan subiu ao 2o andar da casa e se enforcou com um cinto no closet. Josh Evans, um garoto musculoso de 16 anos, louco por pizza, tinha dito a ela: “Você é uma pessoinha de m.... O mundo seria bem melhor sem você nele”. O detalhe: Josh nunca existiu. Era uma criação coletiva de suas vizinhas para se divertir com a menina gordinha.

O brasileiro Vinícius Gageiro Marques deixou o inventário de seu suicídio. Documentou sua morte na carta de despedida impressa em papel e no registro virtual da internet. Seguindo seus passos, é possível chegar ao impasse de uma época em que adolescentes habitam dois mundos – mas os pais só os alcançam em um.
Como Yoñlu, ele marcou seu suicídio no mundo virtual para as 11 horas de 26 de julho de 2006. No mundo real, Vinícius estava havia dois meses em internação domiciliar por determinação de seu psicanalista. Ele era um garoto superdotado, descrito como “extraordinariamente inteligente” e “extremamente sensível”. Filho único do casamento de um professor universitário que foi secretário de Cultura do Rio Grande do Sul com uma psicanalista, ele teve todo o estímulo para desenvolver inteligência e sensibilidade. Alfabetizou-se em francês quando a mãe fazia doutorado em Paris com a historiadora e psicanalista Elizabeth Roudinesco, biógrafa de Jacques Lacan. Mas o mundo doía em Yoñlu, como mostram as letras de muitas de suas músicas. Sua questão não era morrer, mas fazer a dor parar.

Vinícius criou uma fantasia para enganar os pais: a de um adolescente “normal”. Disse a eles que queria fazer um churrasco para os amigos, que estava interessado numa “guria”, que preferia não ter os pais por perto. Dias antes, pediu ingresso para um show que aconteceria depois de sua morte, iniciou um tratamento de pele, foi ao supermercado comprar a carne. Simulou um futuro onde não pretendia estar.

Vinícius parecia “curado” no mundo real. Na internet, porém, Yoñlu pedia instruções sobre o melhor método de suicídio. Em 23 de junho, comentou que adiaria sua morte porque muita gente estava elogiando suas músicas. A faixa 10 do CD, “Deskjet Remix”, em parceria com um DJ escocês, tocava em festas eletrônicas de Londres. O mundo virtual de Yoñlu alcançava gente de vários países em sites de suicídio e fóruns de música, com quem conversava num inglês desenvolto.

Enquanto Vinícius tecia uma fantasia no mundo real, a realidade estava onde os adultos de sua vida não esperavam encontrá-la: no mundo virtual. A mãe arrumava a mesa para o churrasco de ficção. Bem ali perto, o computador anunciava a morte do filho pelo método conhecido como “barbecue”. Por volta de 11h15, os pais saíram do apartamento que ocupa três andares de um prédio da família, num bairro de classe média de Porto Alegre. Por volta das 12 horas Vinícius ligou para o celular da mãe, avisando que os amigos tinham chegado e que estava “tudo bem”. Às 13 horas, os pais deixaram o violão, que estava no conserto, na portaria do prédio. Vinícius foi buscá-lo. Três horas depois, os pais leriam: “Para garantir uma margem segura de tempo, inventei a história do churrasco, pedindo para que vocês saíssem de casa durante todo o dia. (...) Essa medida fez com que o churrasco de hoje parecesse um grande progresso no que tange a minha condição psíquica, quando na verdade era justamente o contrário”.

O que aconteceu depois foi gravado por Yoñlu no computador. Às 14h28, ele postou num grupo de discussão, sempre em inglês: “Estou fazendo esse método CO (suicídio por inalação de monóxido de carbono) neste momento e tenho duas grelhas queimando no banheiro. Aqui está a foto. Alguém pode me dizer se há carvão suficiente e quando eu posso entrar no banheiro e me deitar? Por favor, por favor, me ajudem! Eu não tenho muito tempo”.

A foto mostra duas churrasqueiras portáteis com chamas, uma ao lado da outra, num banheiro. Às 14h42, alguém diz: “Como você está se virando? Espero que você consiga o que quer. Talvez você volte daqui a pouco tossindo”. Dois minutos depois, Yoñlu escreve: “Ah, meu Deus. Eu não consigo suportar o calor, está tremendamente quente naquele banheiro. O que eu devo vestir para se tornar mais suportável? Eu tomei uma ducha antes, mas não adiantou nada. O que eu posso fazer? E o que eu devo fazer para desmaiar, por Deus?”.

Um bombeiro aposentado de Chicago, segundo o inquérito policial, orientou Yoñlu a retirar as roupas, encharcar algum pano e se enrolar nele para suportar o calor até o momento de desmaiar. O último post de Yoñlu, de Gay Harbour, como ele chamava causticamente Porto Alegre, foi às 15h02. Muito tempo depois, alguém escreveu: “Acho que funcionou, já que ele não entrou mais em contato”.

Às 15h45, o policial federal Enrico Canali, de Porto Alegre, foi chamado ao telefone porque era fluente em inglês. No outro lado da linha estava o policial Ken Moore, de Toronto, no Canadá. Lindsey, uma universitária canadense, amiga virtual de Yoñlu, procurou a polícia de sua cidade para avisar que alguém no sul do Brasil estava se suicidando. Deu o endereço de Vinícius, obtido com outro amigo virtual. Canali acionou a Polícia Militar.

Os PMs Volmir da Silva Ramos, sargento, e Fernando Hermann Heck, soldado, tentavam conter uma mulher em surto psicótico debaixo de um viaduto quando foram chamados pela central. Eram 16h10. A zeladora do prédio demorou 15 minutos para deixá-los entrar, assustada com a presença da polícia narrando uma história que soava absurda. Chamou o avô de Vinícius, que morava em outro apartamento do mesmo prédio. “Não é possível. Só meu neto está aqui, e ele está com os amigos, numa festa”, ele teria dito aos policiais. A cena que encontraram não precisa ser descrita.

Durante cerca de uma hora, o serviço médico tentou reanimar Vinícius. Ele explicou aos pais na carta: “O método que escolhi foi intoxicação por monóxido de carbono, é indolor e preserva o corpo intacto, mas demora, e se a pessoa é resgatada antes de morrer fica com graves lesões cerebrais e torna-se um vegetal”.

Quando o sargento constatou que estava tudo acabado, puxou o pai e a mãe do menino para que ficassem juntos – “porque agora só teriam um ao outro” – e foi embora. Os pais nem precisariam ter lido a carta para entender: “Não houve churrasco, não havia colegas nem guria que eu goste. Peço desculpas pela maneira trapaceira com que arranjei meu suicídio. Peço desculpas também pela maneira assustadora com que a notícia chegará a vocês. Foi a maneira que encontrei de garantir um dia inteiro sozinho a fim de conduzir o procedimento da maneira mais segura”.

Vinícius era um garoto de 1,83 metro de altura, magro e bonito. Mas não era essa a imagem que via. Em alguns momentos, segundo o inquérito, sentia que seu corpo se desintegrava, que seu rosto estava deformado. Procurava então um espelho para ter certeza de que estava ali. Na escola, quando tinha essa sensação, levava um CD para poder se olhar sem chamar a atenção. Aos 12 anos, ele já lia Kafka.

Quando se suicidou, Vinícius legou aos pais o que acreditava ser o melhor dele: Yoñlu, seu eu mais fluido, feito de palavras e de música, existência “salva” na internet. De novo a sua voz: “O computador está cheio de material sobre mim para vocês lerem se quiserem. Todas as minhas conversas no MSN estão gravadas. Eu tinha um blog em http://yonnerz.blogspot.com. Todas as minhas músicas estão salvas...”.

São mais de 60 músicas. Vinícius aprendeu a tocar bateria aos 4 anos, depois piano e violão. Na porta do quarto grudava um cartaz: “Gravando”. Uma vez chamou a mãe para ajudar na canção “Tiger”, faixa 14 do CD: o aparelho nos dentes não permitia que ele gravasse o assobio.

Ao entrar na internet em busca de Yoñlu, os pais encontraram fragmentos de morte. Ele fazia uma ressalva: “Não pensem de forma alguma que eu quis lançar-lhes algum tipo de culpa por terem, de certa forma, ‘assistido’ a minha morte. Não havia nada que pudesse ter sido feito para impedir isso”. E fragmentos de vida. Como a colega de escola que não virou namorada. Para Luana, ele compôs “Mecânica Celeste Aplicada”, a faixa 20 do CD. Diante do amor, Yoñlu não conseguia se passar pelo adulto de 26 anos que dizia ser em grupos da internet. Virava guri, o Pipoca do tradicional Colégio Rosário, Pop Corn nas aulas de inglês, Palomita nas de espanhol. Em qualquer aula, sobre qualquer tema, Pipoca emergia dos fones de ouvido para lançar a pergunta que toda a turma 303, do 3o ano do ensino médio, esperava: “Mas e qual é a relação com a água?”. Todo mundo ria, mas talvez esta fosse a pergunta que ele fazia ao mundo: qual é a relação com a água?

Não foi a primeira vez que Vinícius tentou o suicídio. Mas foi a primeira vez que havia vozes torcendo para ele morrer. Dizendo como ele podia morrer. E, desta vez, ele morreu. No Suicídio.com só existe a exposição de um corpo, o da vítima. Aqueles que disseram “mate-se” são vozes sem materialidade, desmancham-se no ar. Nos outros crimes iniciados pela internet, em algum momento, para consumar o abuso sexual, o assassinato, o criminoso precisa aparecer. É necessário um encontro real para existir o crime. No incitamento ao suicídio, não. A única maneira de impedir a continuidade dessa rede de morte é dar corpo às vozes, nome e sobrenome, dar existência concreta aos fantasmas mórbidos da rede.

No mundo todo, porém, adolescentes têm sido incentivados na internet a morrer sem que ninguém seja punido. No Japão, desde 2005, quando os suicídios ligados à rede aumentaram em 70%, os provedores passaram a ser obrigados a informar qualquer suspeita à polícia. Os casos diminuíram. No Brasil, 39 milhões de pessoas usam a internet, mas os provedores não têm obrigação de preservar provas. Sua responsabilidade só começa depois de receberem a notificação de que um crime está ocorrendo. Na lista dos dez países com maior número de internautas, o Brasil é o único que não tem uma divisão especializada em crimes cibernéticos. O projeto acumula poeira em Brasília desde 2005. A Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal é informal. Tem apenas quatro pessoas. A falta de estrutura somada ao caráter transnacional da rede garante a impunidade.

O crime de indução, instigação ou auxílio ao suicídio é previsto no Artigo 122 do Código Penal Brasileiro. A pena é de dois a seis anos de prisão, dobrada se a vítima for menor de 18 anos. Denunciada por uma canadense e instigada por internautas de diferentes países, a morte de Vinícius não foi considerada um crime pela polícia. Em ofício, a Delegacia de Polícia para a Criança e o Adolescente Vítima despachou o caso para a Polícia Federal, por envolver pessoas e sites de diferentes países. E a PF o mandou de volta em outro ofício dizendo que a atribuição é da Polícia Civil. Depois do empurra-empurra, o delegado Christian Nedel concluiu o inquérito sem indiciar ninguém, por entender que Vinícius tinha a intenção clara de se matar e por não encontrar provas de incitamento ao suicídio. Nenhum dos participantes do site foi sequer identificado. Em entrevista, o delegado admite que até o fato de os diálogos na internet serem em inglês tornou-se um problema.

Em março de 2007, outro adolescente brasileiro se suicidou em Ponta Grossa, no Paraná. Thiago de Arruda, estudante de Educação Física, foi atacado em uma comunidade do Orkut cuja principal missão era fazer fofocas sobre os moradores da cidade. Chamavam Thiago de “homossexual e pedófilo” na internet. O ataque atravessou as paredes virtuais da rede, e ele passou a ser agredido nas ruas de Ponta Grossa. Thiago escreveu na internet que, se as agressões continuassem, ele se mataria. Um internauta disse que ele deveria mesmo se matar e ensinou o mesmo método usado por Vinícius: inalação de monóxido de carbono. Thiago foi encontrado morto na garagem de sua casa. Cinco pessoas foram identificadas pela polícia. Ninguém foi preso.

Não há como saber o que fariam esses adolescentes que suspenderam a vida num chat da internet se conseguissem tornar-se adultos. Em 16 anos, um tempo exíguo demais, Yoñlu deixou um impressionante legado composto de músicas, desenhos e fotografias. Todo o material que ilustra esta reportagem foi feito por ele, é parte do encarte do CD Yoñlu. Em sua carta de despedida, Vinícius escreveu: “Se conseguirem enxergar além da ótica da paternidade, verão que nada de especial aconteceu no dia de hoje. O mundo continua igual. (...) Espero que não tenha ficado nada pendente”.

Ele estava errado. Nada nunca mais será igual. Tudo ficou pendente.
ÉPOCA
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Viviane castro tem 25 anos. conta que há quatro trabalha em “festas e eventos” em Goiás e no Distrito Federal. Está há seis meses no Rio de Janeiro. Nasceu em Luziânia, cidade de Goiás conhecida pela marmelada e pelo Rego das Cabaças, uma fenda com 42 quilômetros de extensão. Viviane só precisou de 4 centímetros para garimpar seus 15 minutos de fama. Encontrada pelo produtor Kiko Alves – “revelador” de musas do Carnaval como Viviane Araújo –, Viviane saiu pela São Clemente, no desfile do Carnaval carioca deste ano, vestindo um tapa-sexo de 4 por 9 centímetros. Que sumiu durante o desfile.

A peça, uma tira de emplastro de cânfora, coberta com purpurina e spray iluminador, presa com supercola à genitália da modelo minutos antes da apresentação, ficou invisível, tornando o resto bastante visível. Segundo ela, o tapa-sexo pigmeu agarrou-se com tal frenesi a seu corpo que só foi possível retirá-lo, com muita paciência, com meia hora de banheira quente, bem depois do desfile.

A celebridade instantânea foi boa para Viviane – promovida a capa de uma pequena revista erótica carioca, para a qual havia posado antes do Carnaval (ela não revelou o cachê) – e enfureceu a São Clemente, que perdeu meio ponto na apuração do desfile das escolas de samba. Última colocada, a São Clemente teria sido rebaixada mesmo sem essa punição. Em 1990, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) determinou que não poderia haver “exibição da genitália desnuda” na Sapucaí. “Não tive muito tempo para pensar, mas da forma como (o caso) foi conduzido eu considero um ato de censura”, disse Viviane.

A regra foi criada depois que Enoli Lara desfilou nua em 1989, pela União da Ilha, representando Afrodite, a deusa grega do amor, vestindo apenas um par de botas. No ano seguinte, Joãosinho Trinta criticou a proibição no enredo “Todo Mundo Nasceu Nu”. O ator Jorge Lafond desfilou com o corpo todo coberto... de purpurina. A Liesa respondeu à provocação ampliando a regra: estava terminantemente proibido desfilar com a “genitália desnuda, pintada ou decorada”. Em 1992, a regra finalmente fez uma vítima: o próprio Joãosinho. O ator Torez Bandeira desfilou pela Beija-Flor vestindo apenas um esparadrapo, que acabou caindo de seus genitais durante o desfile, custando 2 pontos à escola.

Os carnavalescos têm todo o direito de se regular da maneira que considerarem a mais correta. Mas outras centenas de tapa-sexos compareceram ao Sambódromo nas duas noites de folia. Nos últimos anos, foram milhares. Alguns tapando o púbis inteiro. Outros tapando só parte do púbis. Tapa-sexos crespos, lisos, oxigenados, adornados com lantejoulas, miçangas, fitinhas, lacinhos, espelhinhos. Se o emplastro de Viviane medisse 8 centímetros, tudo bem? Se medisse 6, custaria meia punição? Se medisse 12, seria aplaudido de pé pelo júri? A partir de que ponto um tapa-sexo deixa de ser uma celebração da beleza e passa a ser uma ofensa imperdoável?

A missão de um tapa-sexo é tapar o sexo. Não é tapar o púbis, nem a virilha, nem o períneo, nem o sovaco. Nem sequer se pode dizer da moça que estava nua em pêlo – ela estava depiladíssima, quase angelical, em sua fantasia de índia. Se alguma coisa destoava ali, era precisamente o tapa-sexo, que os índios não usam. No quesito Alegoria, Viviane merecia nota 10.

A gradação da nudez, essa escala de valores morais e estéticos pleiteada pelos organizadores do Carnaval do Rio, não é fácil de compreender. Peitos descomunais pode, nudez traseira ululante pode, corpos inteiramente fabricados pode, toda sorte de insinuação sexual pode. Nudez frontal, mesmo a mais maquiada, produzida, sublimada, nem pensar. O beiço dado pelos senhores do Carnaval aos adoráveis recônditos que Viviane revelou artisticamente ao mundo, a serviço do enredo de uma escola de samba, soa mais ou menos como, numa churrascaria, o garçom se escandalizar porque você pediu uma maminha. Uma contradição inominável.

A nudez sempre foi o grande ingrediente da arte do Carnaval. Os corpos são a moldura, a tela e a tinta das obras pintadas ali, a céu aberto. Proibir a exposição dos corpos no Carnaval não é só um paradoxo. É uma diminuição das possibilidades artísticas do evento. Um Carnaval regido pelo moralismo e pela caretice, que se deixe encampar por estes tempos terrivelmente conservadores que vivemos, é algo a lamentar. Assim como o fato de que a festa de 2008, infelizmente, pode entrar para a História como o Carnaval da censura.
ÉPOCA
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