terça-feira, 10 de abril de 2007

Ceará terá Museu da Loucura


Na Idade Média, supunha-se que a loucura era causada por uma pedra no cérebro, e sua extração seria “o caminho da cura”. Na Europa renascentista, havia a “Nau dos Insensatos”, que vagava pelos rios e canais com sua carga de insanos, impedida de aportar para desembarcar seus passageiros em terra firme. A parada era só para se reabastecer com alimentos e combustível.

Até o início do século XIX, os loucos viviam acorrentados até o médico francês Henri Pinel, descobrir que a loucura é uma doença. Depois disso, os portadores de transtornos mentais passaram por tratamentos como eletrochoques ou, com o surgimento dos psicotrópicos, ficarem totalmente dopados.

A história do atendimento à loucura desde “os loucos de pedra” até os atuais Centros de Assistência Psicossocial (Caps) não é das mais bonitas para se contar. A do Ceará não foi diferente do restante do País e começa a ser mostrada.

Há tempos os pesquisadores estudam o tema. O diferente agora é a organização do Museu da Loucura do Estado pelo diretor do Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paulo (HPSVP), Francisco José de Andrade Bonfim. Ao mesmo tempo em que se amolda aos preceitos da Reforma Psiquiátrica, ele vem guardando as grades espessas, as chaves que as trancavam, a máquina de eletrochoque encontrada ainda em caixas.“Estamos numa nova fase, respeitando os direitos dos portadores de transtornos mentais, vendo-os como clientes, pessoas importantes para o nosso trabalho, mas não podemos e nem queremos esquecer o passado”, afirma Bonfim.

Coronel da reserva do Exército Brasileiro, formado em História pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), com capacitação em Saúde Mental pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ele não consegue desperdiçar nada de um aprendizado tão diversificado. Só que na administração do São Vicente, há momentos em que o historiador fala mais alto.

Por isso mesmo, a idéia do Museu. A unidade, embora ainda em fase de estruturação, integra o Cadastro Estadual de Museus e a expectativa do diretor é que os outros hospitais mais antigos do Estado também se juntem nessa empreitada. Embora já esteja com os equipamentos em exposição, o Museu ainda não está aberto oficialmente à visitação. “É preciso mais peças e a gente se organizar melhor”.

A estrutura do São Vicente, que integra a Irmandade Beneficente da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, por si só já é uma peça da história da atenção à saúde mental no Ceará. No Brasil, desde o Império, o atendimento aos portadores de transtornos mentais era tarefa da Irmandade da Misericórdia e esteve nas mãos da Santa Casa até a proclamação da República, em 1889. Para construir o “Asilo dos Alienados” do Estado, em 1878, foram doadas à Irmandade 13 hectares de terra na “Estrada Empedrada de Arroches”, a atual Avenida João Pessoa, na Parangaba. A inauguração do Hospital foi em 1886, com 550 leitos. Hoje, são 120.

CEARÁ - Seca e fome ligadas à loucuraPor onde se olhe, por onde se pesquise, há sempre um ponto ligando a história do Ceará aos momentos de seca e migração. O início da atenção à saúde mental no Estado também está atrelado a um desses períodos: às secas ocorridas no final do século XIX. A seca entre 1877 e 1879 deu um susto na elite cearense que viu Fortaleza, à época com cerca de 30 mil habitantes, ter de abrigar, num curto espaço de tempo, mais de 100 mil pessoas.

As políticas higienistas começaram a surgir e a calamidade da seca como forma de atrair recursos federais tiveram também início nesse período. Em 1878 foram doados 13 hectares de terra na “Estrada Empedrada do Arroches” para a construção do “Asilo dos Alienados”. A Parangaba era uma das áreas da cidade onde os flagelados da seca se aglomeravam ao chegar em Fortaleza.

A seca não foi utilizada para conseguir apenas o “Asilo dos Alienados”. Na segunda metade do século XIX, afirma José Borzacchiello da Silva, no livro “Os incomodados não se retiram”, Fortaleza recebeu uma série de melhoramentos urbanos e sociais. Entre eles, a construção da Santa Casa de Misericórdia, em 1861; da Cadeia Pública, em 1866; a introdução da linhas de navios a vapor ligando a Capital cearense ao Rio de Janeiro e à Europa no ano de 1866; e o “Asilo da Mendicidade”, justamente entre os anos de 1877 e 1879.

Já o “Asilo dos Alienados” só foi inaugurado em 1886. Mesmo assim, entre seus primeiros usuários, havia muitos dos flagelados oriundos do Interior do Estado e que chegando à Capital no período da seca, não conseguiram condições dignas de sobrevivência. Ficaram pelas ruas, debaixo de árvores, encostados nas casas, numa situação de miséria e fome que acabou levando-os para o Asilo.

Só recentemente, no seu relatório sobre saúde mental de 2001, a Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou a miséria e a fome como fortes indutores dos distúrbios psicológicos no mundo. Esses motivos permanecem até hoje levando pessoas para os hospitais psiquiátricos no Ceará. “O nosso paciente é muito pobre, não tem dinheiro para comprar remédio caro”, diz o professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFC, Antônio Mourão Cavalcante.

Segundo ele, a psiquiatria pode até ter um núcleo básico comum, mas tem particularidades de atenção para cada contexto social ou sócio-estrutural. “Ninguém tira doido dos hospitais do Ceará, como faz em Londres ou Nova Iorque”. Além da questão social, há o lado cultural, o quebranto, o encosto, as promessas de fé.

ANÁLISE: ERILENE FIRMINO - Reforma ainda desconhecida da população

Era sempre assim. Comecinho da década de 1980, quando tocava o sino do Ginásio Nordeste indicando o fim da aula, na Avenida João Pessoa, em frente ao “Asilo da Parangaba”, era grande a carreira dos meninos, loucos para chegar em casa. Só havia três motivos que faziam as crianças ficarem no colégio: o grito da diretora, a Irmã Lucinda; o tráfego de veículos da estreita João Pessoa; e o aviso de que um doido estava pulando o muro.

Hoje, quase três décadas depois, “asilo” e “doido” se transformaram em palavras politicamente incorretas. O Ginásio Nordeste é a escola municipal Cláudio Martins. E o antigo asilo se transformou no Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paulo, baixou os muros, está se adequando ao tratamento humanizado, mas mesmo assim, ainda dá medo andar na sua calçada.

Um medo, talvez, até mais histórico do que provocado pela situação atual. O problema é que a Reforma Psiquiátrica, hoje em ebulição, ainda não chegou à comunidade. Na Parangaba, onde está o hospital desde 1886, ainda há receio do “ pulo do doido”.

Ao mesmo tempo, há famílias com parentes viciados em álcool ou outras drogas dentro de casa, sem saber que Fortaleza agora possui Centros especializados para esse tipo de assistência, os Caps. A ignorância, às vezes, também pode ser uma forma de tortura. E o pior é que a desinformação continua, mesmo agora com o Brasil completando neste mês seis anos da Reforma. É tempo demais tentando desfazer a relação entre problema psicológico e segregação asilar, sem conseguir integrar a população na luta.

Talvez, uma das dificuldades seja as contradições que marcam a adoção da Reforma no Ceará. Há portadores de transtornos mentais voltando para casa e conseguindo reinserção social, mais ainda há denúncias de maus tratos a pacientes, famílias rejeitando o retorno para o lar e muito preconceito.

HISTÓRICO

1603 Início do processo colonial no Ceará

1877/1879 A maior seca do século XVIII. Fortaleza, tinha 30.372 habitantes. Durante a seca, a população supera a marca de 100 mil pessoas

1886 Inauguração do Asilo de São Vicente de Paulo - ASVP. Até então, nenhuma iniciativa formal de assistência havia no Estado. O lugar do louco era a rua, a cadeia e nos movimentos messiânicos

1936 Criação do hospital particular, a Casa de Saúde São Gerardo

1962 Inauguração do Hospital de Saúde Mental de Messejana, primeiro hospital psiquiátrico público do Ceará

1962 a 1991 A Ditadura Militar desenvolveu uma política de criação de hospitais privados e o Ceará acompanhou o processo, foram inaugurados o Manicômio Judiciário e seis hospitais psiquiátricos privados, conveniados com a Previdência Pública, inclusive o Hospital Guararapes, de Sobral

1982 Criação do CAPS da cidade de Iguatu (a 400 km de Fortaleza) e início da tramitação da Lei Estadual de Reforma Psiquiátrica, aprovada em 2003

1986 Começa implantação do SUS, iniciado em 1986, com pioneirismo cearense

1991 O Ceará antecipa o Programa de Agentes Comunitários de Saúde-PACS, o Programa de Saúde da Família-PSF e o Planejamento Estratégico com Programação Pactuada Integrada-PPI e criação de três macrorregiões de saúde, contendo 21 microrregiões de saúde

1999 Morre Damião Fernandes, na Casa de Saúde Mental Guararapes, em Sobral. A partir daí, acelera-se a adoção dos CAPS no Estado, com o governo induzindo o crescimento da rede de CAPS

2001 Entra em vigor a Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira

2005 A Rede Assistencial à Saúde Mental de Fortaleza começa a ser construída. Até então, a cidade possuía apenas três CAPS Geral

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terça-feira, 10 de abril de 2007 às 4:19:00 AM |  

Na Idade Média, supunha-se que a loucura era causada por uma pedra no cérebro, e sua extração seria “o caminho da cura”. Na Europa renascentista, havia a “Nau dos Insensatos”, que vagava pelos rios e canais com sua carga de insanos, impedida de aportar para desembarcar seus passageiros em terra firme. A parada era só para se reabastecer com alimentos e combustível.

Até o início do século XIX, os loucos viviam acorrentados até o médico francês Henri Pinel, descobrir que a loucura é uma doença. Depois disso, os portadores de transtornos mentais passaram por tratamentos como eletrochoques ou, com o surgimento dos psicotrópicos, ficarem totalmente dopados.

A história do atendimento à loucura desde “os loucos de pedra” até os atuais Centros de Assistência Psicossocial (Caps) não é das mais bonitas para se contar. A do Ceará não foi diferente do restante do País e começa a ser mostrada.

Há tempos os pesquisadores estudam o tema. O diferente agora é a organização do Museu da Loucura do Estado pelo diretor do Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paulo (HPSVP), Francisco José de Andrade Bonfim. Ao mesmo tempo em que se amolda aos preceitos da Reforma Psiquiátrica, ele vem guardando as grades espessas, as chaves que as trancavam, a máquina de eletrochoque encontrada ainda em caixas.“Estamos numa nova fase, respeitando os direitos dos portadores de transtornos mentais, vendo-os como clientes, pessoas importantes para o nosso trabalho, mas não podemos e nem queremos esquecer o passado”, afirma Bonfim.

Coronel da reserva do Exército Brasileiro, formado em História pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), com capacitação em Saúde Mental pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ele não consegue desperdiçar nada de um aprendizado tão diversificado. Só que na administração do São Vicente, há momentos em que o historiador fala mais alto.

Por isso mesmo, a idéia do Museu. A unidade, embora ainda em fase de estruturação, integra o Cadastro Estadual de Museus e a expectativa do diretor é que os outros hospitais mais antigos do Estado também se juntem nessa empreitada. Embora já esteja com os equipamentos em exposição, o Museu ainda não está aberto oficialmente à visitação. “É preciso mais peças e a gente se organizar melhor”.

A estrutura do São Vicente, que integra a Irmandade Beneficente da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, por si só já é uma peça da história da atenção à saúde mental no Ceará. No Brasil, desde o Império, o atendimento aos portadores de transtornos mentais era tarefa da Irmandade da Misericórdia e esteve nas mãos da Santa Casa até a proclamação da República, em 1889. Para construir o “Asilo dos Alienados” do Estado, em 1878, foram doadas à Irmandade 13 hectares de terra na “Estrada Empedrada de Arroches”, a atual Avenida João Pessoa, na Parangaba. A inauguração do Hospital foi em 1886, com 550 leitos. Hoje, são 120.

CEARÁ - Seca e fome ligadas à loucuraPor onde se olhe, por onde se pesquise, há sempre um ponto ligando a história do Ceará aos momentos de seca e migração. O início da atenção à saúde mental no Estado também está atrelado a um desses períodos: às secas ocorridas no final do século XIX. A seca entre 1877 e 1879 deu um susto na elite cearense que viu Fortaleza, à época com cerca de 30 mil habitantes, ter de abrigar, num curto espaço de tempo, mais de 100 mil pessoas.

As políticas higienistas começaram a surgir e a calamidade da seca como forma de atrair recursos federais tiveram também início nesse período. Em 1878 foram doados 13 hectares de terra na “Estrada Empedrada do Arroches” para a construção do “Asilo dos Alienados”. A Parangaba era uma das áreas da cidade onde os flagelados da seca se aglomeravam ao chegar em Fortaleza.

A seca não foi utilizada para conseguir apenas o “Asilo dos Alienados”. Na segunda metade do século XIX, afirma José Borzacchiello da Silva, no livro “Os incomodados não se retiram”, Fortaleza recebeu uma série de melhoramentos urbanos e sociais. Entre eles, a construção da Santa Casa de Misericórdia, em 1861; da Cadeia Pública, em 1866; a introdução da linhas de navios a vapor ligando a Capital cearense ao Rio de Janeiro e à Europa no ano de 1866; e o “Asilo da Mendicidade”, justamente entre os anos de 1877 e 1879.

Já o “Asilo dos Alienados” só foi inaugurado em 1886. Mesmo assim, entre seus primeiros usuários, havia muitos dos flagelados oriundos do Interior do Estado e que chegando à Capital no período da seca, não conseguiram condições dignas de sobrevivência. Ficaram pelas ruas, debaixo de árvores, encostados nas casas, numa situação de miséria e fome que acabou levando-os para o Asilo.

Só recentemente, no seu relatório sobre saúde mental de 2001, a Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou a miséria e a fome como fortes indutores dos distúrbios psicológicos no mundo. Esses motivos permanecem até hoje levando pessoas para os hospitais psiquiátricos no Ceará. “O nosso paciente é muito pobre, não tem dinheiro para comprar remédio caro”, diz o professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFC, Antônio Mourão Cavalcante.

Segundo ele, a psiquiatria pode até ter um núcleo básico comum, mas tem particularidades de atenção para cada contexto social ou sócio-estrutural. “Ninguém tira doido dos hospitais do Ceará, como faz em Londres ou Nova Iorque”. Além da questão social, há o lado cultural, o quebranto, o encosto, as promessas de fé.

ANÁLISE: ERILENE FIRMINO - Reforma ainda desconhecida da população

Era sempre assim. Comecinho da década de 1980, quando tocava o sino do Ginásio Nordeste indicando o fim da aula, na Avenida João Pessoa, em frente ao “Asilo da Parangaba”, era grande a carreira dos meninos, loucos para chegar em casa. Só havia três motivos que faziam as crianças ficarem no colégio: o grito da diretora, a Irmã Lucinda; o tráfego de veículos da estreita João Pessoa; e o aviso de que um doido estava pulando o muro.

Hoje, quase três décadas depois, “asilo” e “doido” se transformaram em palavras politicamente incorretas. O Ginásio Nordeste é a escola municipal Cláudio Martins. E o antigo asilo se transformou no Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paulo, baixou os muros, está se adequando ao tratamento humanizado, mas mesmo assim, ainda dá medo andar na sua calçada.

Um medo, talvez, até mais histórico do que provocado pela situação atual. O problema é que a Reforma Psiquiátrica, hoje em ebulição, ainda não chegou à comunidade. Na Parangaba, onde está o hospital desde 1886, ainda há receio do “ pulo do doido”.

Ao mesmo tempo, há famílias com parentes viciados em álcool ou outras drogas dentro de casa, sem saber que Fortaleza agora possui Centros especializados para esse tipo de assistência, os Caps. A ignorância, às vezes, também pode ser uma forma de tortura. E o pior é que a desinformação continua, mesmo agora com o Brasil completando neste mês seis anos da Reforma. É tempo demais tentando desfazer a relação entre problema psicológico e segregação asilar, sem conseguir integrar a população na luta.

Talvez, uma das dificuldades seja as contradições que marcam a adoção da Reforma no Ceará. Há portadores de transtornos mentais voltando para casa e conseguindo reinserção social, mais ainda há denúncias de maus tratos a pacientes, famílias rejeitando o retorno para o lar e muito preconceito.

HISTÓRICO

1603 Início do processo colonial no Ceará

1877/1879 A maior seca do século XVIII. Fortaleza, tinha 30.372 habitantes. Durante a seca, a população supera a marca de 100 mil pessoas

1886 Inauguração do Asilo de São Vicente de Paulo - ASVP. Até então, nenhuma iniciativa formal de assistência havia no Estado. O lugar do louco era a rua, a cadeia e nos movimentos messiânicos

1936 Criação do hospital particular, a Casa de Saúde São Gerardo

1962 Inauguração do Hospital de Saúde Mental de Messejana, primeiro hospital psiquiátrico público do Ceará

1962 a 1991 A Ditadura Militar desenvolveu uma política de criação de hospitais privados e o Ceará acompanhou o processo, foram inaugurados o Manicômio Judiciário e seis hospitais psiquiátricos privados, conveniados com a Previdência Pública, inclusive o Hospital Guararapes, de Sobral

1982 Criação do CAPS da cidade de Iguatu (a 400 km de Fortaleza) e início da tramitação da Lei Estadual de Reforma Psiquiátrica, aprovada em 2003

1986 Começa implantação do SUS, iniciado em 1986, com pioneirismo cearense

1991 O Ceará antecipa o Programa de Agentes Comunitários de Saúde-PACS, o Programa de Saúde da Família-PSF e o Planejamento Estratégico com Programação Pactuada Integrada-PPI e criação de três macrorregiões de saúde, contendo 21 microrregiões de saúde

1999 Morre Damião Fernandes, na Casa de Saúde Mental Guararapes, em Sobral. A partir daí, acelera-se a adoção dos CAPS no Estado, com o governo induzindo o crescimento da rede de CAPS

2001 Entra em vigor a Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira

2005 A Rede Assistencial à Saúde Mental de Fortaleza começa a ser construída. Até então, a cidade possuía apenas três CAPS Geral
Postado por Igor Viana Marcadores:

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