sábado, 14 de abril de 2007

Fabricado artesanalmente, Lobini H1 é nacional mais rápido

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Lobini H1 sem a capota

“É uma Ferrari?” “É um Lamborghini?” “De que marca é esse importado?” “Moço, posso tirar uma foto?” Naquele início de tarde alguém recebeu uma pizza mais fria do que deveria. É que o entregador parou encantado com o modelo, desceu de sua moto e começou a fazer fotos. O veículo, no caso, é o Lobini H1, fabricado artesanalmente em Cotia (SP), perto de Embu, cidade conhecida pela feira de arte, o que torna a analogia quase inevitável. Afinal são produzidas três unidades ao mês.

Modelo é inspirado em esportivos ingleses e carros de F-1 dos anos 60


Quem passa pelo imóvel fechado por um portão alto de ferro não imagina que o lugar esconde uma fábrica desse automóvel fora-de-série. Seu visual é o que mais chama a atenção – vide a reação do entregador, que não é diferente da de muitos motoristas que passam ao lado do veículo, cujo design é inspirado em esportivos ingleses e em carros de Fórmula 1 dos anos 60.

Saias laterais são novas no modelo; as rodas de liga leve têm 17 polegadas


Ajudam a completar o conjunto esportivo o farol, a lanterna e o pisca separados, o aerofólio e as saias laterais, o santantônio aparente e as portas que abrem para cima – tipo tesoura. O motor traseiro é o mesmo que equipa o antigo Volkswagen Golf GTI de 180 cv (cavalos). Eis por que a fábrica pode trocar esse pelo novo propulsor de 193 cv

Traseira: aerofólio, santantônio aparente e duas ponteiras de escapamento


Seu chassi é uma estrutura tubular, e a carroceria traz plástico reforçado com fibra de vidro. Por ser aproximadamente 300 kg mais leve, o Lobini virou o mais rápido automóvel nacional. Segundo a fábrica, com o motor atual, ele acelera de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos. O novo Golf GTI o faz em 7,5 s.

Modelo é fabricado em Cotia (SP), a cerca de 20 km da capital paulista


Por dentro o H1 parece familiar. É que, assim como o motor, vários de seus componentes são herdados de outros modelos conhecidos. Os mostradores são do Golf, os comandos do vidro elétrico, do Chevrolet Corsa, os do ar-condicionado, do Ford Ka e assim por diante. A posição de dirigir é, como manda o figurino esportivo, baixa.


No alto, portas tipo tesoura; acima, painel com componentes de vários carros

Já estava pronto para os solavancos, mas a grata surpresa foi uma suspensão bem mais macia do que se pode esperar de um veículo desses. A suspensão é independente nas quatro rodas, com braços triangulares. As molas ficaram mais macias em relação ao protótipo, que rodou durante quase dois anos. Como resultado, uma condução sem sustos e um interessante barulho de motor, sobretudo quando o turbo enche. A estabilidade é boa. Quem não está acostumado deve estranhar a visibilidade em um veículo assim.

No detalhe, caixa de som e botão que permite a abertura da porta

Entre os itens de série do modelo, que custa R$ 170 mil, estão direção hidráulica, ar-condicionado, painel com ajuste de altura e profundidade, toca-CDs, vidros elétricos, botão de partida e bancos do tipo concha reclináveis (há um pequeno espaço para bagagem). Como opcionais há controlador de velocidade, navegador e aproximadamente 16 mil opções de cores. Na unidade testada havia ainda sensor de estacionamento. A capota é fácil de remover de forma manual (pesa apenas 5 kg).

Entusiasmado com o modelo, entregador pede para tirar fotos com celular


“Uma das curiosidades é que o cliente pode visitar a fábrica e ver o carro que está sendo feito especialmente para ele”, afirma José Roberto Nogueira da Silva, chefe de produção da Lobini. Até agora foram produzidas 26 unidades, das quais 20 já rodam por aí (nenhuma foi comprada por mulher). Se você comprar um desses e parar ao lado de outro igual no sinal, trate de ir direto à casa lotérica mais próxima.

FICHA TÉCNICA

Lobini H1

Motor: traseiro, transversal, quatro cilindros em linha, 20V, a gasolina, 1.781 cm³ de cilindrada

Potência: 180 cv a 5.700 rpm

Torque: 23 kgfm a 2.100 rpm

Câmbio: manual, de cinco velocidades

Direção: hidráulica

Suspensão: independente nas quatro rodas, com braços triangulares em aço carbono e amortecedores hidráulicos JRZ tipo competição

Freios: a disco nas quatro rodas Dimensões: 3,72 m de comprimento; 1,80 m de

largura; 1,18 m de altura; 2,40 m de entreeixos

Peso: 1.030 kg

Tanque: 58 litros

Preço: R$ 170 mil




Lobini H1 estuda adotar motor de 193 cv do Golf GTI




O esportivo fora-de-série Lobini estuda adotar o motor de 193 cv (cavalos) do novo Volkswagen Golf GTI.

É que o modelo H1, fabricado de forma praticamente artesanal em Cotia (SP), já é equipado com o motor 1.8 turbo de 180 cv do Golf. “Tudo vai depender de análises de custos para uma nova homologação do carro”, afirma Alaor Espósito, responsável por testes e desenvolvimentos do veículo, que custa R$ 170 mil e já tem 20 unidades circulando pelo Brasil.

Caso adote mesmo o motor do Golf GTI, o Lobini será o carro mais rápido do país, uma vez que seu peso é de 1.030 kg, contra 1.302 kg do Golf GTI.

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Lobini H1 sem a capota

“É uma Ferrari?” “É um Lamborghini?” “De que marca é esse importado?” “Moço, posso tirar uma foto?” Naquele início de tarde alguém recebeu uma pizza mais fria do que deveria. É que o entregador parou encantado com o modelo, desceu de sua moto e começou a fazer fotos. O veículo, no caso, é o Lobini H1, fabricado artesanalmente em Cotia (SP), perto de Embu, cidade conhecida pela feira de arte, o que torna a analogia quase inevitável. Afinal são produzidas três unidades ao mês.

Modelo é inspirado em esportivos ingleses e carros de F-1 dos anos 60


Quem passa pelo imóvel fechado por um portão alto de ferro não imagina que o lugar esconde uma fábrica desse automóvel fora-de-série. Seu visual é o que mais chama a atenção – vide a reação do entregador, que não é diferente da de muitos motoristas que passam ao lado do veículo, cujo design é inspirado em esportivos ingleses e em carros de Fórmula 1 dos anos 60.

Saias laterais são novas no modelo; as rodas de liga leve têm 17 polegadas


Ajudam a completar o conjunto esportivo o farol, a lanterna e o pisca separados, o aerofólio e as saias laterais, o santantônio aparente e as portas que abrem para cima – tipo tesoura. O motor traseiro é o mesmo que equipa o antigo Volkswagen Golf GTI de 180 cv (cavalos). Eis por que a fábrica pode trocar esse pelo novo propulsor de 193 cv

Traseira: aerofólio, santantônio aparente e duas ponteiras de escapamento


Seu chassi é uma estrutura tubular, e a carroceria traz plástico reforçado com fibra de vidro. Por ser aproximadamente 300 kg mais leve, o Lobini virou o mais rápido automóvel nacional. Segundo a fábrica, com o motor atual, ele acelera de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos. O novo Golf GTI o faz em 7,5 s.

Modelo é fabricado em Cotia (SP), a cerca de 20 km da capital paulista


Por dentro o H1 parece familiar. É que, assim como o motor, vários de seus componentes são herdados de outros modelos conhecidos. Os mostradores são do Golf, os comandos do vidro elétrico, do Chevrolet Corsa, os do ar-condicionado, do Ford Ka e assim por diante. A posição de dirigir é, como manda o figurino esportivo, baixa.


No alto, portas tipo tesoura; acima, painel com componentes de vários carros

Já estava pronto para os solavancos, mas a grata surpresa foi uma suspensão bem mais macia do que se pode esperar de um veículo desses. A suspensão é independente nas quatro rodas, com braços triangulares. As molas ficaram mais macias em relação ao protótipo, que rodou durante quase dois anos. Como resultado, uma condução sem sustos e um interessante barulho de motor, sobretudo quando o turbo enche. A estabilidade é boa. Quem não está acostumado deve estranhar a visibilidade em um veículo assim.

No detalhe, caixa de som e botão que permite a abertura da porta

Entre os itens de série do modelo, que custa R$ 170 mil, estão direção hidráulica, ar-condicionado, painel com ajuste de altura e profundidade, toca-CDs, vidros elétricos, botão de partida e bancos do tipo concha reclináveis (há um pequeno espaço para bagagem). Como opcionais há controlador de velocidade, navegador e aproximadamente 16 mil opções de cores. Na unidade testada havia ainda sensor de estacionamento. A capota é fácil de remover de forma manual (pesa apenas 5 kg).

Entusiasmado com o modelo, entregador pede para tirar fotos com celular


“Uma das curiosidades é que o cliente pode visitar a fábrica e ver o carro que está sendo feito especialmente para ele”, afirma José Roberto Nogueira da Silva, chefe de produção da Lobini. Até agora foram produzidas 26 unidades, das quais 20 já rodam por aí (nenhuma foi comprada por mulher). Se você comprar um desses e parar ao lado de outro igual no sinal, trate de ir direto à casa lotérica mais próxima.

FICHA TÉCNICA

Lobini H1

Motor: traseiro, transversal, quatro cilindros em linha, 20V, a gasolina, 1.781 cm³ de cilindrada

Potência: 180 cv a 5.700 rpm

Torque: 23 kgfm a 2.100 rpm

Câmbio: manual, de cinco velocidades

Direção: hidráulica

Suspensão: independente nas quatro rodas, com braços triangulares em aço carbono e amortecedores hidráulicos JRZ tipo competição

Freios: a disco nas quatro rodas Dimensões: 3,72 m de comprimento; 1,80 m de

largura; 1,18 m de altura; 2,40 m de entreeixos

Peso: 1.030 kg

Tanque: 58 litros

Preço: R$ 170 mil




Lobini H1 estuda adotar motor de 193 cv do Golf GTI




O esportivo fora-de-série Lobini estuda adotar o motor de 193 cv (cavalos) do novo Volkswagen Golf GTI.

É que o modelo H1, fabricado de forma praticamente artesanal em Cotia (SP), já é equipado com o motor 1.8 turbo de 180 cv do Golf. “Tudo vai depender de análises de custos para uma nova homologação do carro”, afirma Alaor Espósito, responsável por testes e desenvolvimentos do veículo, que custa R$ 170 mil e já tem 20 unidades circulando pelo Brasil.

Caso adote mesmo o motor do Golf GTI, o Lobini será o carro mais rápido do país, uma vez que seu peso é de 1.030 kg, contra 1.302 kg do Golf GTI.
Postado por Igor Viana Marcadores: , ,

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