domingo, 22 de abril de 2007

FORTALEZA das antigas: Vista em meados de 1910/1920, já contando c/ o T. José de Alencar

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Vista aérea de Fortaleza, já contando com o Theatro José de Alencar - Praça Marques de Herval (que viria a se chamar Praça José de Alencar) no centro da Foto e a Igreja do Patrocínio à sua frente.

A Festa de Inauguração do Theatro José de Alencar.

O Theatro José de Alencar foi inaugurado oficialmente no dia 17 de Junho de 1910. A banda sinfônica do Batalhão de Segurança, regida pêlos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge fez o espetáculo musical.

Na praça, rodas de fogo, morteiros, foguetes e girândolas num verdadeiro milagre pirotécnico, abrilhantavam a festa.

A Belle Époque Cearense No final do século XIX, com a substituição da pecuária extensiva pelo algodão, como produção básica da economia agraria cearense.

Fortaleza conheceu seu primeiro fluxo real de crescimento, na condição de porto escoadouro do comércio algodoeiro, principalmente com a Inglaterra.

Como nas demais cidades nordestinas, onde o fenômeno ocorreu, as elites rurais fixaram residência no centro urbano, de Fortaleza, e cresceu uma camada de pequenos comerciantes, profissionais autônomos e funcionários públicos, demandando toda uma rede de serviços e melhoramentos públicos.

"A exportação do algodão também forçou uma melhoria da infra-estrutura urbana - particularmente nas instalações portuárias e no sistema de circulação e transportes."

Fortaleza, então, já possuía uma economia relativamente diversificada, com atividades "como manufaturas e pequenos estabelecimentos industriais para abastecimento do mercado local, prestação de serviços diversos e um comercio varejista de maior porte."

" Formou-se na cidade uma burguesia comercial importadora-exportadora que, sem se desligar do latifúndio rural, estabeleceu uma vivência urbana, em ligação com os grandes centros do Brasil e da Europa.

Este segmento de altos comerciantes, muitos deles assíduos frecüentadores do Velho Continente, sonhava limpar sua rústica ascendência sertaneja, com o lustro refinado das luzes civilizadoras.

Paris e não mais Lisboa era agora o modelo a ser imitado. Hábitos e costumes deveriam ser mudados.

A ordem era apagar a arquitetura austera herdada das casas-grandes e mesmo o neoclassicismo singelo dos nossos primeiros prédios urbanos.

Para alcançar a civilização, era necessário respirar o ambiente sofisticado da helle époque.

Inspirado nas ideias positivistas de ordem c progresso, defendidas pelo Governo da República, seu projeto de modernização buscava não apenas oferecer "elementos de asseio e boa higiene à população", como também promover o embelezamento e aformoseamento da cidade.

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Vista aérea de Fortaleza, já contando com o Theatro José de Alencar - Praça Marques de Herval (que viria a se chamar Praça José de Alencar) no centro da Foto e a Igreja do Patrocínio à sua frente.

A Festa de Inauguração do Theatro José de Alencar.

O Theatro José de Alencar foi inaugurado oficialmente no dia 17 de Junho de 1910. A banda sinfônica do Batalhão de Segurança, regida pêlos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge fez o espetáculo musical.

Na praça, rodas de fogo, morteiros, foguetes e girândolas num verdadeiro milagre pirotécnico, abrilhantavam a festa.

A Belle Époque Cearense No final do século XIX, com a substituição da pecuária extensiva pelo algodão, como produção básica da economia agraria cearense.

Fortaleza conheceu seu primeiro fluxo real de crescimento, na condição de porto escoadouro do comércio algodoeiro, principalmente com a Inglaterra.

Como nas demais cidades nordestinas, onde o fenômeno ocorreu, as elites rurais fixaram residência no centro urbano, de Fortaleza, e cresceu uma camada de pequenos comerciantes, profissionais autônomos e funcionários públicos, demandando toda uma rede de serviços e melhoramentos públicos.

"A exportação do algodão também forçou uma melhoria da infra-estrutura urbana - particularmente nas instalações portuárias e no sistema de circulação e transportes."

Fortaleza, então, já possuía uma economia relativamente diversificada, com atividades "como manufaturas e pequenos estabelecimentos industriais para abastecimento do mercado local, prestação de serviços diversos e um comercio varejista de maior porte."

" Formou-se na cidade uma burguesia comercial importadora-exportadora que, sem se desligar do latifúndio rural, estabeleceu uma vivência urbana, em ligação com os grandes centros do Brasil e da Europa.

Este segmento de altos comerciantes, muitos deles assíduos frecüentadores do Velho Continente, sonhava limpar sua rústica ascendência sertaneja, com o lustro refinado das luzes civilizadoras.

Paris e não mais Lisboa era agora o modelo a ser imitado. Hábitos e costumes deveriam ser mudados.

A ordem era apagar a arquitetura austera herdada das casas-grandes e mesmo o neoclassicismo singelo dos nossos primeiros prédios urbanos.

Para alcançar a civilização, era necessário respirar o ambiente sofisticado da helle époque.

Inspirado nas ideias positivistas de ordem c progresso, defendidas pelo Governo da República, seu projeto de modernização buscava não apenas oferecer "elementos de asseio e boa higiene à população", como também promover o embelezamento e aformoseamento da cidade.
Postado por Igor Viana Marcadores:

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