sexta-feira, 13 de abril de 2007

Mundo das marcas: Casas Pernambucanas


De família sueca, Herman Theodor Lundgren foi para a cidade de Recife em 1855 para abastecer navios que passavam pelo porto.

Como falava alemão e inglês, servia de intérprete para comandantes, tripulantes e passageiros, e isso fez seu negócio prosperar.

Abriu fábricas de pólvora e fertilizantes, exportou cera de carnaúba e sal para a Europa e assumiu o controle de uma indústria têxtil em Olinda.

Em 1906, Lundgren fundou a primeira loja de varejo, para vender os tecidos que fabricava. No ano seguinte, com a sua morte, seus negócios começaram a ser tocados pelos filhos, principalmente por Frederico João e Arthur.

Em 1913, foi aberta a primeira filial do Rio de Janeiro, as CASAS PERNAMBUCANAS, lembrando o estado onde o grupo nasceu.

No ano de 1916, quando os carros ainda eram importados, e os bondes e charretes os meios de transporte mais utilizados, a marca dava mais um exemplo de pioneirismo, instalando uma loja no coração da então provinciana São Paulo.

Impondo-se pela qualidade, preço e excelência no atendimento aos clientes, a PERNAMBUCANAS, de São Paulo, em pouco tempo dominou o mercado, tornando-se o embrião daquela que veio a ser uma das maiores redes de comércio varejista.

Na década de 30, utilizava as pedras e barrancos das estradas brasileiras, porteiras de fazendas e postes de iluminação das cidades como meios de comunicação.

Até que um dia veio o protesto. Num domingo, a PERNAMBUCANAS deixou sua inscrição completa na porteira principal de um sítio na cidade de Itú.

Na segunda-feira, quando a loja foi aberta, lá estava o sitiante com tinta, pincel e escada na mão, perguntando onde poderia pintar o nome da sua propriedade.

Outro marco na vida da marca foi o “olho grande”. Esse logotipo, usado durante anos pela empresa, foi capaz de identificá-la nos quatro extremos do país, inclusive no exterior, por causa das lojas abertas nas cidades fronteiriças, onde o povo de língua espanhola ia comprar os tecidos “con la marca del ojo”.

Num passado bastante próximo, em 1959, Cascavel (Paraná) e região eram identificadas por muitos como o “velho oeste brasileiro”.

Em meio a tantas batalhas, bang-bang, heróis e bandidos, a marca, como sempre corajosa e pioneira, instalou-se definitivamente nesta cidade para “fornecer munição” e apaziguar possíveis ânimos alterados.

A loja, feita de madeira, material ainda hoje utilizado na construção de casas locais, foi um marco na história deste velho oeste pacífico.

Ficava localizada às margens da entrada onde Cascavel foi fundada, em 1951.

Com o passar dos anos a rede cresceu muito, se modernizou, tornou-se uma marca ao mesmo tempo popular e fashion para a camada mais baixa da população.

* A Arthur Lundgren Tecidos S/A - Casas Pernambucanas, é uma empresa totalmente informatizada, operando com tecnologia de ponta com todas as lojas ligadas em rede ao escritório central.

* Possui um centro de distribuição automatizado desde a recepção e conferência dos produtos até a distribuição de mais de 8000 itens, o que garante agilidade, segurança e pronto abastecimento dos 238 pontos de vendas espalhados pelo Brasil.

Sucesso

Quem não se lembra daquele comercial de TV onde o frio, em forma de “fantasminha”, batia à porta de uma casa querendo entrar? E das famosas musiquinhas: “não adianta bater, eu não deixo você entrar...”, ou ”Dezembro vem o Natal, os presentes mais bonitos, as lembranças mais humanas...”. São essas campanhas que ao longo de décadas fizeram parte do universo da propaganda brasileira.

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sexta-feira, 13 de abril de 2007 às 9:15:00 AM |  

De família sueca, Herman Theodor Lundgren foi para a cidade de Recife em 1855 para abastecer navios que passavam pelo porto.

Como falava alemão e inglês, servia de intérprete para comandantes, tripulantes e passageiros, e isso fez seu negócio prosperar.

Abriu fábricas de pólvora e fertilizantes, exportou cera de carnaúba e sal para a Europa e assumiu o controle de uma indústria têxtil em Olinda.

Em 1906, Lundgren fundou a primeira loja de varejo, para vender os tecidos que fabricava. No ano seguinte, com a sua morte, seus negócios começaram a ser tocados pelos filhos, principalmente por Frederico João e Arthur.

Em 1913, foi aberta a primeira filial do Rio de Janeiro, as CASAS PERNAMBUCANAS, lembrando o estado onde o grupo nasceu.

No ano de 1916, quando os carros ainda eram importados, e os bondes e charretes os meios de transporte mais utilizados, a marca dava mais um exemplo de pioneirismo, instalando uma loja no coração da então provinciana São Paulo.

Impondo-se pela qualidade, preço e excelência no atendimento aos clientes, a PERNAMBUCANAS, de São Paulo, em pouco tempo dominou o mercado, tornando-se o embrião daquela que veio a ser uma das maiores redes de comércio varejista.

Na década de 30, utilizava as pedras e barrancos das estradas brasileiras, porteiras de fazendas e postes de iluminação das cidades como meios de comunicação.

Até que um dia veio o protesto. Num domingo, a PERNAMBUCANAS deixou sua inscrição completa na porteira principal de um sítio na cidade de Itú.

Na segunda-feira, quando a loja foi aberta, lá estava o sitiante com tinta, pincel e escada na mão, perguntando onde poderia pintar o nome da sua propriedade.

Outro marco na vida da marca foi o “olho grande”. Esse logotipo, usado durante anos pela empresa, foi capaz de identificá-la nos quatro extremos do país, inclusive no exterior, por causa das lojas abertas nas cidades fronteiriças, onde o povo de língua espanhola ia comprar os tecidos “con la marca del ojo”.

Num passado bastante próximo, em 1959, Cascavel (Paraná) e região eram identificadas por muitos como o “velho oeste brasileiro”.

Em meio a tantas batalhas, bang-bang, heróis e bandidos, a marca, como sempre corajosa e pioneira, instalou-se definitivamente nesta cidade para “fornecer munição” e apaziguar possíveis ânimos alterados.

A loja, feita de madeira, material ainda hoje utilizado na construção de casas locais, foi um marco na história deste velho oeste pacífico.

Ficava localizada às margens da entrada onde Cascavel foi fundada, em 1951.

Com o passar dos anos a rede cresceu muito, se modernizou, tornou-se uma marca ao mesmo tempo popular e fashion para a camada mais baixa da população.

* A Arthur Lundgren Tecidos S/A - Casas Pernambucanas, é uma empresa totalmente informatizada, operando com tecnologia de ponta com todas as lojas ligadas em rede ao escritório central.

* Possui um centro de distribuição automatizado desde a recepção e conferência dos produtos até a distribuição de mais de 8000 itens, o que garante agilidade, segurança e pronto abastecimento dos 238 pontos de vendas espalhados pelo Brasil.

Sucesso

Quem não se lembra daquele comercial de TV onde o frio, em forma de “fantasminha”, batia à porta de uma casa querendo entrar? E das famosas musiquinhas: “não adianta bater, eu não deixo você entrar...”, ou ”Dezembro vem o Natal, os presentes mais bonitos, as lembranças mais humanas...”. São essas campanhas que ao longo de décadas fizeram parte do universo da propaganda brasileira.

Postado por Igor Viana Marcadores:

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