quarta-feira, 18 de abril de 2007

Peças para o futuro


A Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, a Automec, realizada em São Paulo durante cinco dias, foi um sucesso tanto de público como de lançamentos. Ao todo, 100 mil visitantes dividiram espaço entre 1.350 expositores, nacionais (950) e internacionais (400)


Veja algumas novidades do setor automobilístico que, anualmente, dimensiona um faturamento de US$ 29,8 bilhões e uma geração de 200 mil empregos no País.

O grande destaque ficou com a Delphi - empresa especializada em multicombustível para veículos de passeios e comerciais – ao levar a tecnologia flex para o mercado de duas rodas, as motos.

Batizada de Multifuel, o invento deve chegar ao mercado em cerca de dois anos e permitirá a utilização de álcool e/ou gasolina em qualquer proporção no tanque, assim como já ocorre nos carros nacionais.

O lançamento está vinculado à legislação que determina a redução da emissão de poluentes por motos que entra em vigor no País no início de 2009.

Segundo a Delphi, foram feitas algumas alterações para as motos rodarem com álcool. Entre eles houve adequação da taxa de compressão, desenvolvimento de bombas de combustível e atualização do software de calibração do sistema de injeção eletrônica.

Roberto Stein, diretor de Engenharia da Delphi na América do Sul, garante que o aumento de consumo com a utilização de álcool é similar ao dos carros flexíveis: entre 20% e 30%. “A utilização de injeção eletrônica nos ajudou no desenvolvimento do sistema. Como as motos não possuem tanque de partida a frio, recomendamos duas formas de evitar problemas quando a temperatura estiver abaixo de 10ºC. Em modelos pequenos o condutor deve adicionar meio litro de gasolina ao abastecer com álcool. Já para motos maiores, teremos um aquecedor de combustível”, frisa.

Já a Valeo mostrou dois produtos na Automec: o beep-park e as novas palhetas que informam a hora da troca. O primeiro produto são sensores ultrassônicos instalados nos pára-choques, capazes de detectar objetos, pessoas ou veículos.


Isso, pela intensidade intermitente diante da aproximação de qualquer obstáculo. Por exemplo, à medida que a distância se reduz, o som ganha intensidade e, ao atingir 30 centímetros, torna-se contínuo para indicar a iminência da colisão.


As palhetas de limpador de pára-brisas Cibié Plus e Silêncio X-TRM formam a chamada família de inovação tecnológica para a reposição de peças da Valeo. O diferencial da linha, de acordo com a empresa, está no inédito selo indicador da hora de troca. A empresa avisa que essas duas novidades só estarão prontas no segundo semestre.


O produto da BorgWarner demonstrado na ocasião foi um turbo de duplo estágio para a Fórmula -Truck , o R2S, destinados a caminhões. Trata-se de uma sugestão da BorgWarner para a categoria. O desenvolvimento será específico para cada motor.

Os preparadores dos motores da F-Truck tiram até 1.400 cv de seus propulsores. Mas o que faz a diferença é o turbo. Com este R-2S, os motores ganharão torque também em baixas velocidades.

Quando o assunto é vidro, especificamente o pára-brisa, o anti-embaçante é uma das atrações da empresa Saint-Gobain Sekurit. Com imperceptível resistência elétrica de microfilamentos de tungstênio, aplicada entre as lâminas de vidro, garante absoluta visibilidade para o motorista e impede o seu embaçamento em dias de frio e de chuva. De acordo com a empresa, o invento está em fase avançada de desenvolvimento para breve aplicação no mercado brasileiro e estará no mercado no segundo semestre.


No entanto, o novo produto já tem nome: aquacontrol. Ele poderá ser aplicado em pára-brisas e nas janelas laterais dos veículos. Isto em circunstâncias de velocidade a partir de 60 km/h, diminuindo a necessidade do uso dos limpadores, proporcionando visão perfeita sob qualquer condição climática, especialmente, à noite. A empresa garante que o aquacontrol tem ação efetiva durante até 20 mil quilômetros. O objetivo é dar mais visibilidade ao motorista.

Chineses

E os chineses, como aparecem na Automec, no Anhembi, em São Paulo? Com estandes organizados em três blocos, a maioria com cerca de 6m2, eles ofereceram uma série de componentes para a indústria automobilística, como borrachas e rodas de alumínio.Sessenta empresas de “olhos puxados” ocuparam 540 m2. Discretos, nem sempre tinham catálogos para oferecer aos visitantes. Sobre as pequenas mesas dos estandes padronizados não escondem pequenas marmitas ou frutas. Marketing? Nem pensar. Tudo é muito simples e improvisado. Mas o poder de atração, afinal, é grande: poucos visitantes da Automec deixam de dar uma passada por lá.

A invasão chinesa acontece aos poucos também nesse setor da economia.

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quarta-feira, 18 de abril de 2007 às 10:12:00 AM |  

A Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, a Automec, realizada em São Paulo durante cinco dias, foi um sucesso tanto de público como de lançamentos. Ao todo, 100 mil visitantes dividiram espaço entre 1.350 expositores, nacionais (950) e internacionais (400)


Veja algumas novidades do setor automobilístico que, anualmente, dimensiona um faturamento de US$ 29,8 bilhões e uma geração de 200 mil empregos no País.

O grande destaque ficou com a Delphi - empresa especializada em multicombustível para veículos de passeios e comerciais – ao levar a tecnologia flex para o mercado de duas rodas, as motos.

Batizada de Multifuel, o invento deve chegar ao mercado em cerca de dois anos e permitirá a utilização de álcool e/ou gasolina em qualquer proporção no tanque, assim como já ocorre nos carros nacionais.

O lançamento está vinculado à legislação que determina a redução da emissão de poluentes por motos que entra em vigor no País no início de 2009.

Segundo a Delphi, foram feitas algumas alterações para as motos rodarem com álcool. Entre eles houve adequação da taxa de compressão, desenvolvimento de bombas de combustível e atualização do software de calibração do sistema de injeção eletrônica.

Roberto Stein, diretor de Engenharia da Delphi na América do Sul, garante que o aumento de consumo com a utilização de álcool é similar ao dos carros flexíveis: entre 20% e 30%. “A utilização de injeção eletrônica nos ajudou no desenvolvimento do sistema. Como as motos não possuem tanque de partida a frio, recomendamos duas formas de evitar problemas quando a temperatura estiver abaixo de 10ºC. Em modelos pequenos o condutor deve adicionar meio litro de gasolina ao abastecer com álcool. Já para motos maiores, teremos um aquecedor de combustível”, frisa.

Já a Valeo mostrou dois produtos na Automec: o beep-park e as novas palhetas que informam a hora da troca. O primeiro produto são sensores ultrassônicos instalados nos pára-choques, capazes de detectar objetos, pessoas ou veículos.


Isso, pela intensidade intermitente diante da aproximação de qualquer obstáculo. Por exemplo, à medida que a distância se reduz, o som ganha intensidade e, ao atingir 30 centímetros, torna-se contínuo para indicar a iminência da colisão.


As palhetas de limpador de pára-brisas Cibié Plus e Silêncio X-TRM formam a chamada família de inovação tecnológica para a reposição de peças da Valeo. O diferencial da linha, de acordo com a empresa, está no inédito selo indicador da hora de troca. A empresa avisa que essas duas novidades só estarão prontas no segundo semestre.


O produto da BorgWarner demonstrado na ocasião foi um turbo de duplo estágio para a Fórmula -Truck , o R2S, destinados a caminhões. Trata-se de uma sugestão da BorgWarner para a categoria. O desenvolvimento será específico para cada motor.

Os preparadores dos motores da F-Truck tiram até 1.400 cv de seus propulsores. Mas o que faz a diferença é o turbo. Com este R-2S, os motores ganharão torque também em baixas velocidades.

Quando o assunto é vidro, especificamente o pára-brisa, o anti-embaçante é uma das atrações da empresa Saint-Gobain Sekurit. Com imperceptível resistência elétrica de microfilamentos de tungstênio, aplicada entre as lâminas de vidro, garante absoluta visibilidade para o motorista e impede o seu embaçamento em dias de frio e de chuva. De acordo com a empresa, o invento está em fase avançada de desenvolvimento para breve aplicação no mercado brasileiro e estará no mercado no segundo semestre.


No entanto, o novo produto já tem nome: aquacontrol. Ele poderá ser aplicado em pára-brisas e nas janelas laterais dos veículos. Isto em circunstâncias de velocidade a partir de 60 km/h, diminuindo a necessidade do uso dos limpadores, proporcionando visão perfeita sob qualquer condição climática, especialmente, à noite. A empresa garante que o aquacontrol tem ação efetiva durante até 20 mil quilômetros. O objetivo é dar mais visibilidade ao motorista.

Chineses

E os chineses, como aparecem na Automec, no Anhembi, em São Paulo? Com estandes organizados em três blocos, a maioria com cerca de 6m2, eles ofereceram uma série de componentes para a indústria automobilística, como borrachas e rodas de alumínio.Sessenta empresas de “olhos puxados” ocuparam 540 m2. Discretos, nem sempre tinham catálogos para oferecer aos visitantes. Sobre as pequenas mesas dos estandes padronizados não escondem pequenas marmitas ou frutas. Marketing? Nem pensar. Tudo é muito simples e improvisado. Mas o poder de atração, afinal, é grande: poucos visitantes da Automec deixam de dar uma passada por lá.

A invasão chinesa acontece aos poucos também nesse setor da economia.
Postado por Igor Viana Marcadores: , ,

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