segunda-feira, 23 de abril de 2007

Saiba por que gatos sobrevivem a quedas de alturas elevadas

Gato de Doris Giesse
Não foi só a ex-apresentadora de TV Doris Giesse que sobreviveu à queda da janela de seu apartamento no 8º andar de um edifício em São Paulo.

Tigrinho, um gato de 8 meses, responsável pelo acidente, caiu junto com Doris e também sobreviveu.

As chances de Tigrinho sobreviver, no entanto, eram maiores do que as de Doris, sua dona.

Isso porque os gatos têm um mecanismo que os protege em grandes quedas.

Quanto mais alto for o tombo, maiores as chances que um gato tem de sair ileso, afirma Archivaldo Reche, médico veterinário e professor da Universidade de São Paulo (USP).

"Isso é verdade. Quanto maior a altura que o gato cair, maior será o tempo que ele terá para assumir uma postura correta e diminuir o impacto da queda. Ele aumenta o atrito com o ar para diminuir a velocidade de queda esticando as patinhas", disse Reche.

O veterinário contou que, apesar do mecanismo de proteção do gato, o animal sofre lesões e pode até morrer na queda ou depois de socorrido.

"Ele funcionaria como um planador. Quando cai de altura superior a 6 ou 7 metros de altura, o gato consegue fazer esse amortecimento.

Mesmo assim, ele pode sofrer lesões, como acúmulo de ar na pleura, fraturas de maxilar, da mandíbula e da face.

" Reche explica que, quando a altura é menor, o animal pode cair mais rápido e não conseguir se preparar para o impacto.

"O gato não tem tempo para reagir. Ele pode cair de lado, o que não é bom, pois aumentam as possibilidades de lesão."

Natureza felina

"Certamente isso é instintivo. O gato é um animal sensível, ágil, flexível e tem uma musculatura extremamente potente, características natas para fugir dos seus predadores.

Os nossos gatos domésticos carregam muito das características dos seus ancestrais, dos ascendentes mais selvagens", disse Reche.

As condições para conseguir escapar ileso de uma queda podem estar relacionadas com o recente crescimento da domesticação de gatos. "Tudo isso pode ser inerente à raça.

Não sei quando isso surgiu, mas de um tempo para cá é que essa característica foi descoberta. Foi algo paralelo ao crescimento do número de moradias verticais nas grandes cidades", explicou o professor da USP.

"O gato costuma ficar mais rígido nos primeiros instantes de uma queda e, por isso, tende a se machucar mais se cair de uma altura pequena.

Muitas vezes ele acaba morrendo, porque fica com medo, se contrai e o impacto da queda é mais forte", disse a veterinária Carla Berl, do hospital Pet Care, em São Paulo.

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Gato de Doris Giesse
Não foi só a ex-apresentadora de TV Doris Giesse que sobreviveu à queda da janela de seu apartamento no 8º andar de um edifício em São Paulo.

Tigrinho, um gato de 8 meses, responsável pelo acidente, caiu junto com Doris e também sobreviveu.

As chances de Tigrinho sobreviver, no entanto, eram maiores do que as de Doris, sua dona.

Isso porque os gatos têm um mecanismo que os protege em grandes quedas.

Quanto mais alto for o tombo, maiores as chances que um gato tem de sair ileso, afirma Archivaldo Reche, médico veterinário e professor da Universidade de São Paulo (USP).

"Isso é verdade. Quanto maior a altura que o gato cair, maior será o tempo que ele terá para assumir uma postura correta e diminuir o impacto da queda. Ele aumenta o atrito com o ar para diminuir a velocidade de queda esticando as patinhas", disse Reche.

O veterinário contou que, apesar do mecanismo de proteção do gato, o animal sofre lesões e pode até morrer na queda ou depois de socorrido.

"Ele funcionaria como um planador. Quando cai de altura superior a 6 ou 7 metros de altura, o gato consegue fazer esse amortecimento.

Mesmo assim, ele pode sofrer lesões, como acúmulo de ar na pleura, fraturas de maxilar, da mandíbula e da face.

" Reche explica que, quando a altura é menor, o animal pode cair mais rápido e não conseguir se preparar para o impacto.

"O gato não tem tempo para reagir. Ele pode cair de lado, o que não é bom, pois aumentam as possibilidades de lesão."

Natureza felina

"Certamente isso é instintivo. O gato é um animal sensível, ágil, flexível e tem uma musculatura extremamente potente, características natas para fugir dos seus predadores.

Os nossos gatos domésticos carregam muito das características dos seus ancestrais, dos ascendentes mais selvagens", disse Reche.

As condições para conseguir escapar ileso de uma queda podem estar relacionadas com o recente crescimento da domesticação de gatos. "Tudo isso pode ser inerente à raça.

Não sei quando isso surgiu, mas de um tempo para cá é que essa característica foi descoberta. Foi algo paralelo ao crescimento do número de moradias verticais nas grandes cidades", explicou o professor da USP.

"O gato costuma ficar mais rígido nos primeiros instantes de uma queda e, por isso, tende a se machucar mais se cair de uma altura pequena.

Muitas vezes ele acaba morrendo, porque fica com medo, se contrai e o impacto da queda é mais forte", disse a veterinária Carla Berl, do hospital Pet Care, em São Paulo.
Postado por Igor Viana Marcadores: ,

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