quinta-feira, 5 de abril de 2007

Mais do que dar um show de tecnologia, Audi Q7 é divertido


O que mais empolga ao dirigir o utilitário esportivo Audi Q7 nem sempre são atributos como segurança, conforto e tecnologia. Para quem gosta de novidades eletrônicas, andar nesse jipão da marca alemã é, acima de tudo, uma grande diversão. Razões não faltam. A primeira delas tem a ver com o porte avantajado, terror de quem cabulou as aulas de baliza na auto-escola.

São 5,09 metros de comprimento e 1,98 m de largura. Mas, para estacionar, há ajuda extra: uma câmera posicionada sobre a placa da tampa traseira mostra por uma tela no painel os obstáculos atrás. Ao esterçar o volante, o condutor é informado por meio de grafismos nessa mesma tela se tal manobra é viável ou não.


Para complementar a empreitada, existem os tradicionais avisos sonoros e luminosos. A câmera, no entanto, presta um serviço extra, o de avisar caso haja algum obstáculo ou mesmo uma criança, que num veículo como esse em condições normais estaria em um ponto cego.

Contudo é andando (e não ao estacionar) que o Q7 mistura qualidades de sedã com a de jipão fora-de-estrada e, de quebra, de cupê – basta dar uma olhadinha na curvatura do teto. O rodar macio durante o test-drive chega a nos fazer esquecer que se trata de um motor nada modesto, um 4.2 V8 (oito cilindros em “V”) a gasolina capaz de desenvolver 350 cv (cavalos) de potência.


É um propulsor semelhante ao que equipa a perua RS4, incluindo o sistema de injeção FSI, que rendeu à marca com o R8 cinco vitórias na lendária 24 Horas de Le Mans. A transmissão é Tiptronic de seis velocidades, com trocas seqüenciais no volante. A tração é permanente, a consagrada quattro. A Audi informa que o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos e atinge velocidade máxima de 248 km/h. O consumo, medido com gasolina “premium”, é de 7,24 km/l em média.

Outro “brinquedo” interessante é a suspensão a ar. Basta apertar a tecla “car” e regular, em um botão redondo no console central (os comandos foram inspirados no A6), a altura desejada – a 240 milímetros do solo para condução “off-road” até 165 mm, no modo “dinâmico” (velocidade considerável numa boa estrada, por exemplo), entre outras opções intermediárias. É divertido sentir o carro na rua, subindo e descendo a suspensão.


Há ainda o sofisticado “side assist”, que alerta o motorista que pretende mudar de faixa. Funciona assim: se o condutor der seta, uma luz acende no retrovisor indicando que há um veículo ao lado – os sensores alcançam até 50 m. Caso ele esteja de fato em um local que não pode ser visualizado pelo retrovisor, essa luz de alerta começa a piscar de forma intermitente. O dispositivo pode ser desativado em um botão na porta.


Por falar em porta, a tampa do porta-malas é aberta por um simples toque de botão na cabine. Até aí nada de novo, dirão os mais exigentes. Mas seu fechamento se dá por um botão na própria tampa. Isso mesmo, nada de puxar com toda a força. O Q7 poupa o motorista até de contorcionismos para abrir o porta-luvas. De novo isso é feito pressionando um botão.


Voltando à segurança, o modelo traz controlador de velocidade e um sistema que evita batidas em veículos que estão à frente, com alcance de até 180 m. Ao detectar o perigo de uma colisão, primeiro há um aviso sonoro, acompanhado de um sinal luminoso no painel. Depois um solavanco chama a atenção do motorista. Se necessário, o equipamento pára o carro completamente.


É possível transportar sete pessoas em três fileiras de bancos. Os assentos da segunda fila são ajustáveis individualmente para frente e para trás. Há opção de mesas nos encostos dos bancos dianteiros (devidamente instaladas na unidade avaliada por Interpress Motor). Há quatro ajustes individuais para o ar-condicionado: para os ocupantes dos bancos dianteiros e para quem está atrás.


O espaço para as pessoas não sacrifica o das bagagens. Na configuração para cinco assentos, o modelo leva 775 litros e, mesmo com sete assentos em uso, sobram 330 litros. Existe ainda um compartimento para volumes menores ou molhados sob o assoalho. Para prevenir acidentes, há sistemas ESP (controle de estabilidade), ABS (antitravamento) e EBD (distribuidor eletrônico da força de frenagem), além do RSP (anticapotamento). Traz airbags laterais dianteiros e traseiros de série e cortinas infláveis nas janelas para proteção da cabeça.


Boa notícia para quem tem planos de colocar um utilitário como esse na garagem é que seu preço foi reduzido desde o lançamento. Quando chegou ao país, em 2006, custava R$ 379.950. Mas a concorrência resolveu reposicionar os preços, obrigando a marca alemã a baixar o Q7 para R$ 349 mil. Mas atenção: alguns itens instalados no veículo que avaliamos são opcionais, caso do teto solar panorâmico (R$ 13.140) e do piloto automático adaptativo (R$ 12.360).


Logo que peguei o Q7 no escritório da Audi em São Paulo, fui cortar o cabelo, que já estava um tanto crescido – não o aparava havia uns cinco meses. Naquele dia lembro que todos olhavam muito para mim (homens, mulheres, motoqueiros, outros motoristas...). Pois é, o corte deve ter ficado bom.

FICHA TÉCNICA
Audi Q7

Motor: dianteiro, longitudinal, V8 (oito cilindros em “V”), 32V, a gasolina, 4.163 cm³ de cilindrada

Potência: 350 cv a 6.800 rpm
.
Torque: 44,9 kgfm a 3.500 rpm

Câmbio: Tiptronic, de seis velocidades
.
Direção: hidráulica
.
Suspensão: dianteira independente “doublé wishbone”; traseira independente, com braços sobrepostos
.
Freios: a disco nas quatro rodas, com ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da frenagem), ESP (controle de estabilidade) e RSP (dispositivo anticapotamento)

Dimensões: 5,09 m de comprimento; 1,98 m de largura; 1,74 m de altura; 3 m de entreeixos
.
Tanque: 100 litros

Porta-malas: 775 litros (configuração para cinco pessoas)
.
Preço: R$ 349 mil

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O que mais empolga ao dirigir o utilitário esportivo Audi Q7 nem sempre são atributos como segurança, conforto e tecnologia. Para quem gosta de novidades eletrônicas, andar nesse jipão da marca alemã é, acima de tudo, uma grande diversão. Razões não faltam. A primeira delas tem a ver com o porte avantajado, terror de quem cabulou as aulas de baliza na auto-escola.

São 5,09 metros de comprimento e 1,98 m de largura. Mas, para estacionar, há ajuda extra: uma câmera posicionada sobre a placa da tampa traseira mostra por uma tela no painel os obstáculos atrás. Ao esterçar o volante, o condutor é informado por meio de grafismos nessa mesma tela se tal manobra é viável ou não.


Para complementar a empreitada, existem os tradicionais avisos sonoros e luminosos. A câmera, no entanto, presta um serviço extra, o de avisar caso haja algum obstáculo ou mesmo uma criança, que num veículo como esse em condições normais estaria em um ponto cego.

Contudo é andando (e não ao estacionar) que o Q7 mistura qualidades de sedã com a de jipão fora-de-estrada e, de quebra, de cupê – basta dar uma olhadinha na curvatura do teto. O rodar macio durante o test-drive chega a nos fazer esquecer que se trata de um motor nada modesto, um 4.2 V8 (oito cilindros em “V”) a gasolina capaz de desenvolver 350 cv (cavalos) de potência.


É um propulsor semelhante ao que equipa a perua RS4, incluindo o sistema de injeção FSI, que rendeu à marca com o R8 cinco vitórias na lendária 24 Horas de Le Mans. A transmissão é Tiptronic de seis velocidades, com trocas seqüenciais no volante. A tração é permanente, a consagrada quattro. A Audi informa que o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos e atinge velocidade máxima de 248 km/h. O consumo, medido com gasolina “premium”, é de 7,24 km/l em média.

Outro “brinquedo” interessante é a suspensão a ar. Basta apertar a tecla “car” e regular, em um botão redondo no console central (os comandos foram inspirados no A6), a altura desejada – a 240 milímetros do solo para condução “off-road” até 165 mm, no modo “dinâmico” (velocidade considerável numa boa estrada, por exemplo), entre outras opções intermediárias. É divertido sentir o carro na rua, subindo e descendo a suspensão.


Há ainda o sofisticado “side assist”, que alerta o motorista que pretende mudar de faixa. Funciona assim: se o condutor der seta, uma luz acende no retrovisor indicando que há um veículo ao lado – os sensores alcançam até 50 m. Caso ele esteja de fato em um local que não pode ser visualizado pelo retrovisor, essa luz de alerta começa a piscar de forma intermitente. O dispositivo pode ser desativado em um botão na porta.


Por falar em porta, a tampa do porta-malas é aberta por um simples toque de botão na cabine. Até aí nada de novo, dirão os mais exigentes. Mas seu fechamento se dá por um botão na própria tampa. Isso mesmo, nada de puxar com toda a força. O Q7 poupa o motorista até de contorcionismos para abrir o porta-luvas. De novo isso é feito pressionando um botão.


Voltando à segurança, o modelo traz controlador de velocidade e um sistema que evita batidas em veículos que estão à frente, com alcance de até 180 m. Ao detectar o perigo de uma colisão, primeiro há um aviso sonoro, acompanhado de um sinal luminoso no painel. Depois um solavanco chama a atenção do motorista. Se necessário, o equipamento pára o carro completamente.


É possível transportar sete pessoas em três fileiras de bancos. Os assentos da segunda fila são ajustáveis individualmente para frente e para trás. Há opção de mesas nos encostos dos bancos dianteiros (devidamente instaladas na unidade avaliada por Interpress Motor). Há quatro ajustes individuais para o ar-condicionado: para os ocupantes dos bancos dianteiros e para quem está atrás.


O espaço para as pessoas não sacrifica o das bagagens. Na configuração para cinco assentos, o modelo leva 775 litros e, mesmo com sete assentos em uso, sobram 330 litros. Existe ainda um compartimento para volumes menores ou molhados sob o assoalho. Para prevenir acidentes, há sistemas ESP (controle de estabilidade), ABS (antitravamento) e EBD (distribuidor eletrônico da força de frenagem), além do RSP (anticapotamento). Traz airbags laterais dianteiros e traseiros de série e cortinas infláveis nas janelas para proteção da cabeça.


Boa notícia para quem tem planos de colocar um utilitário como esse na garagem é que seu preço foi reduzido desde o lançamento. Quando chegou ao país, em 2006, custava R$ 379.950. Mas a concorrência resolveu reposicionar os preços, obrigando a marca alemã a baixar o Q7 para R$ 349 mil. Mas atenção: alguns itens instalados no veículo que avaliamos são opcionais, caso do teto solar panorâmico (R$ 13.140) e do piloto automático adaptativo (R$ 12.360).


Logo que peguei o Q7 no escritório da Audi em São Paulo, fui cortar o cabelo, que já estava um tanto crescido – não o aparava havia uns cinco meses. Naquele dia lembro que todos olhavam muito para mim (homens, mulheres, motoqueiros, outros motoristas...). Pois é, o corte deve ter ficado bom.

FICHA TÉCNICA
Audi Q7

Motor: dianteiro, longitudinal, V8 (oito cilindros em “V”), 32V, a gasolina, 4.163 cm³ de cilindrada

Potência: 350 cv a 6.800 rpm
.
Torque: 44,9 kgfm a 3.500 rpm

Câmbio: Tiptronic, de seis velocidades
.
Direção: hidráulica
.
Suspensão: dianteira independente “doublé wishbone”; traseira independente, com braços sobrepostos
.
Freios: a disco nas quatro rodas, com ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da frenagem), ESP (controle de estabilidade) e RSP (dispositivo anticapotamento)

Dimensões: 5,09 m de comprimento; 1,98 m de largura; 1,74 m de altura; 3 m de entreeixos
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Tanque: 100 litros

Porta-malas: 775 litros (configuração para cinco pessoas)
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Preço: R$ 349 mil
Postado por Igor Viana Marcadores: , ,

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