domingo, 28 de janeiro de 2007

Terapia do brincar

Tirar um sorriso de uma criança não é tarefa tão difícil. O problema, entretanto, aparece quando há o encontro com a dor. Já que não se pode evitar a sensação, a solução é atrelá-la com o lúdico, elemento fundamental no tratamento de crianças com câncer.
Se eu não ficasse brincando, ia chorar´. A revelação de Mário Lincoln Lemos comprova que não é fácil se submeter à quimioterapia aos 4 anos de idade. Paciente da Associação Peter Pan, há mais de dois anos, Mário é portador de leucemia e, com freqüência, precisa retornar à Instituição para receber a medicação. Os incômodos causados pela substância são amenizados devido às opções de lazer oferecidas no local.
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Nosso protagonista é apenas um exemplo das 1.180 crianças e jovens, de 0 a 19 anos, atendidos no local. De acordo com Olga Freire Maia, presidente da Associação Peter Pan, o teatro, a música, os jogos e os brinquedos são obrigatórios para tratar as crianças, quando se pretende desviar a atenção da dor. “O câncer não se trata só com medicamentos. Hoje, é unânime a necessidade de brincadeiras, jogos, enfim, do lúdico. Ele é um remédio transcendental e indispensável”, reforça.
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Olga explica que a relevância das brincadeiras se atribui à forma como as crianças vêem o processo. “O adulto sabe que é ruim e resulta em fortes efeitos. A criança só pensa e sente que será maltratada”, explica. Para ela, o lúdico possibilita também o retorno mais feliz. “A humanização do tratamento pinta de alegria a paisagem traumatizante do tratamento oncológico e garante a volta mais alegre”, diz.A costureira Josefa Amaro Lemos, avó de Mário, 60 anos, afirma que os brinquedos “o entretém”. Seja jogando totó, montado no cavalinho de plástico ou apertando botões que emitem sons o menino esquece, por alguns momentos, das dores pelas quais precisa enfrentar ao longo do tratamento.
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“Se não fosse isso, ele ficaria muito nervoso. Aqui, Mário se distrai, relaxa e nem lembra da injeção que deve tomar, só na hora de entrar na sala”. Segundo a avó, apesar da idade, ele compreende o processo. “É ruim, mas é para minha saúde né, vó?”, recorda a costureira, cujo sorriso reflete a satisfação de ver o neto se divertir com outras crianças. “Ele vem para cá feliz”, afirma.A costureira Maria Liduína Lima, 42 anos, também compartilha a alegria de assistir à sua filha Emanuele Lima, de 3 anos, aproveitando as brincadeiras. Ela possui Síndrome de Down e leucemia, ambas diagnosticadas quando tinha 1 ano e 11 meses. “Foi muito doloroso para ela e para mim”.
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Maria Liduína reconhece a dificuldade de ambas em encarar a doença de frente. Porém, brincar, ouvir música, assistir aos teatrinhos e conviver com outras crianças faz bem não apenas à filha. Ela mesma consegue enfrentar o tratamento por conta das distrações e do convívio com outras mães. “A medicação cansa muito a criança. Ela fica tão satisfeita com as brincadeiras e me emociono com a cena´.
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Mais informações:
Associação Peter Pan: (85) 3101.4058 - 3227.4707 - 3088.0366.
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domingo, 28 de janeiro de 2007 às 6:56:00 AM |  
Tirar um sorriso de uma criança não é tarefa tão difícil. O problema, entretanto, aparece quando há o encontro com a dor. Já que não se pode evitar a sensação, a solução é atrelá-la com o lúdico, elemento fundamental no tratamento de crianças com câncer.
Se eu não ficasse brincando, ia chorar´. A revelação de Mário Lincoln Lemos comprova que não é fácil se submeter à quimioterapia aos 4 anos de idade. Paciente da Associação Peter Pan, há mais de dois anos, Mário é portador de leucemia e, com freqüência, precisa retornar à Instituição para receber a medicação. Os incômodos causados pela substância são amenizados devido às opções de lazer oferecidas no local.
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Nosso protagonista é apenas um exemplo das 1.180 crianças e jovens, de 0 a 19 anos, atendidos no local. De acordo com Olga Freire Maia, presidente da Associação Peter Pan, o teatro, a música, os jogos e os brinquedos são obrigatórios para tratar as crianças, quando se pretende desviar a atenção da dor. “O câncer não se trata só com medicamentos. Hoje, é unânime a necessidade de brincadeiras, jogos, enfim, do lúdico. Ele é um remédio transcendental e indispensável”, reforça.
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Olga explica que a relevância das brincadeiras se atribui à forma como as crianças vêem o processo. “O adulto sabe que é ruim e resulta em fortes efeitos. A criança só pensa e sente que será maltratada”, explica. Para ela, o lúdico possibilita também o retorno mais feliz. “A humanização do tratamento pinta de alegria a paisagem traumatizante do tratamento oncológico e garante a volta mais alegre”, diz.A costureira Josefa Amaro Lemos, avó de Mário, 60 anos, afirma que os brinquedos “o entretém”. Seja jogando totó, montado no cavalinho de plástico ou apertando botões que emitem sons o menino esquece, por alguns momentos, das dores pelas quais precisa enfrentar ao longo do tratamento.
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“Se não fosse isso, ele ficaria muito nervoso. Aqui, Mário se distrai, relaxa e nem lembra da injeção que deve tomar, só na hora de entrar na sala”. Segundo a avó, apesar da idade, ele compreende o processo. “É ruim, mas é para minha saúde né, vó?”, recorda a costureira, cujo sorriso reflete a satisfação de ver o neto se divertir com outras crianças. “Ele vem para cá feliz”, afirma.A costureira Maria Liduína Lima, 42 anos, também compartilha a alegria de assistir à sua filha Emanuele Lima, de 3 anos, aproveitando as brincadeiras. Ela possui Síndrome de Down e leucemia, ambas diagnosticadas quando tinha 1 ano e 11 meses. “Foi muito doloroso para ela e para mim”.
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Maria Liduína reconhece a dificuldade de ambas em encarar a doença de frente. Porém, brincar, ouvir música, assistir aos teatrinhos e conviver com outras crianças faz bem não apenas à filha. Ela mesma consegue enfrentar o tratamento por conta das distrações e do convívio com outras mães. “A medicação cansa muito a criança. Ela fica tão satisfeita com as brincadeiras e me emociono com a cena´.
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Mais informações:
Associação Peter Pan: (85) 3101.4058 - 3227.4707 - 3088.0366.
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Postado por Igor Viana

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