segunda-feira, 5 de março de 2007

Ô forrozinho caro. Prefeita de Fortaleza-Ce. faz festa de 2 milhões de reais e é acusada de superfaturar cachês de artistas

Luizianne: uma petista de verdade
.
Durante a sua campanha à prefeitura de Fortaleza, a petista Luizianne Lins trombou de frente com a cúpula do seu partido (leia-se, naquele tempo, José Dirceu, José Genoíno e companhia).

Boicotada pela direção nacional, que apoiava o candidato do PCdoB, ela chegou a ter sua renúncia "anunciada" por Genoíno, então presidente da sigla.

Teimou, concorreu e agora, vitoriosa, parece perfeitamente adaptada aos ditames do partido e seu modus operandi.

Em dezembro, a prefeita promoveu uma festança na cidade para comemorar a virada do ano.

Até aí, nada de mais – não fossem dois problemas.

O primeiro é que a farra foi quase toda bancada por dinheiro público.

Dos 2,2 milhões de reais que consumiu, apenas 200.000 reais não saíram de órgãos federais.

O resto veio do Ministério do Turismo, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil. O segundo problema não se resume a uma questão de ética (ou de falta dela): é de natureza criminal mesmo.

Ao analisarem a prestação de contas da festa, vereadores da oposição descobriram que ela estava flagrantemente superfaturada.



O show era de Elba; o preço era de Vênus
.
Um show de Elba Ramalho, por exemplo, que não cobra mais que 100 000 reais por apresentação, saiu por cinco vezes mais.

O do sanfoneiro Dominguinhos, cujo cachê é de 50.000 reais, foi contabilizado em 340.000 reais. "Queria saber onde foi parar o resto do dinheiro", disse o sanfoneiro.

A Estrutural, empresa escolhida pela prefeitura (sem licitação, claro) para organizar a festança, diz que tudo não passou de um "erro de lançamento", já que os valores não se referem só aos cachês – incluem passagens, hospedagem, iluminação, som e segurança.

O argumento não convenceu quem entende do negócio.

"Mesmo assim, um show como o da Elba não custaria mais do que 250.000 reais", diz um dos principais produtores de espetáculos do país.

E a prefeita, o que diz sobre o episódio?

"Nunca vi tanto estardalhaço.

Isso é política pura."

A história recente já mostrou a espantosa naturalidade com que petistas misturam o que é do Estado com o que é do governo e do partido.

Luizianne Lins, pelo que se vê, aprendeu rápido.
.

Nenhum comentário:

Luizianne: uma petista de verdade
.
Durante a sua campanha à prefeitura de Fortaleza, a petista Luizianne Lins trombou de frente com a cúpula do seu partido (leia-se, naquele tempo, José Dirceu, José Genoíno e companhia).

Boicotada pela direção nacional, que apoiava o candidato do PCdoB, ela chegou a ter sua renúncia "anunciada" por Genoíno, então presidente da sigla.

Teimou, concorreu e agora, vitoriosa, parece perfeitamente adaptada aos ditames do partido e seu modus operandi.

Em dezembro, a prefeita promoveu uma festança na cidade para comemorar a virada do ano.

Até aí, nada de mais – não fossem dois problemas.

O primeiro é que a farra foi quase toda bancada por dinheiro público.

Dos 2,2 milhões de reais que consumiu, apenas 200.000 reais não saíram de órgãos federais.

O resto veio do Ministério do Turismo, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil. O segundo problema não se resume a uma questão de ética (ou de falta dela): é de natureza criminal mesmo.

Ao analisarem a prestação de contas da festa, vereadores da oposição descobriram que ela estava flagrantemente superfaturada.



O show era de Elba; o preço era de Vênus
.
Um show de Elba Ramalho, por exemplo, que não cobra mais que 100 000 reais por apresentação, saiu por cinco vezes mais.

O do sanfoneiro Dominguinhos, cujo cachê é de 50.000 reais, foi contabilizado em 340.000 reais. "Queria saber onde foi parar o resto do dinheiro", disse o sanfoneiro.

A Estrutural, empresa escolhida pela prefeitura (sem licitação, claro) para organizar a festança, diz que tudo não passou de um "erro de lançamento", já que os valores não se referem só aos cachês – incluem passagens, hospedagem, iluminação, som e segurança.

O argumento não convenceu quem entende do negócio.

"Mesmo assim, um show como o da Elba não custaria mais do que 250.000 reais", diz um dos principais produtores de espetáculos do país.

E a prefeita, o que diz sobre o episódio?

"Nunca vi tanto estardalhaço.

Isso é política pura."

A história recente já mostrou a espantosa naturalidade com que petistas misturam o que é do Estado com o que é do governo e do partido.

Luizianne Lins, pelo que se vê, aprendeu rápido.
.

0 comentários: